Lideranças
Na sessão ordinária desta quinta-feira (27/5), em comunicações de Lideranças, foram abordados os seguintes assuntos:
IDEOLOGIA - Acredito que um dos maiores defeitos dos nossos legislativos é que, ao invés dos representantes ajudarem a encaminhar soluções aos problemas, vêm à tribuna para falar de ideologias, criticou Luiz Braz (PSDB). Para o vereador, o tema do trabalho infantil é abordado em uma legislação muito mais avançada do que está a sociedade hoje, a sociedade não está preparada para exercitar essa legislação". (CK)
SINALEIRAS - Paulinho Rubem Berta (PPS) classificou o trabalho infantil "como um tema preocupante". Sobre crianças encontradas diariamente nas sinaleiras da cidade, quando deveriam estar na escola, o vereador observou que a responsabilidade primeira é da família. "Mas uma família desestruturada não pode orientar e educar seus filhos. A responsabilidade não é de um governo específico, mas da situação estrutural do país." Segundo ele, os técnicos da Fasc se empenham, com poucos recursos, para cuidar das crianças carentes. (CS)
FASE I - Sofia Cavedon (PT) manifestou preocupação com a venda de áreas nobres da cidade por parte do governo do Estado, sem consulta ao Município. Lamentou que uma área da Fase, no Morro Santa Tereza, esteja sendo vendida para construir novas unidades para os jovens abrigados. "A cidade não foi consultada sobre a venda do terreno cuja venda a governadora Yeda Crusius está encaminhando. Há recursos públicos federais para construir casas para as crianças abrigadas da Fase. As sete comunidades que ocupam a área já têm direito à moradia." (CS)
FASE II - Nilo Santos (PTB) disse que o discurso em defesa da natureza "está em alta" e lamentou críticas ao projeto do governo do Estado que visa "oferecer condição melhor de atendimento" aos adolescentes internos da Fase. "A Fase é um depósito de meninos e meninas". Relatou que, quando foi diretor da Fase, tentou levar trabalho para jovens, por meio de parceria com uma metalúrgica, mas juiz não permitiu sob alegação de que seria desgastante demais para os adolescentes. "Se ficarem apenas dentro do prédio da Fase, não serão recuperados." (CS)
REAÇÃO I - João Dib (PP) disse que em 2000 o prefeito Raul Pont assinou diversos contratos emergenciais com a empresa Reação. Observou que, na administração Tarso Genro, de 2001 a 2003, foram assinados novos contratos e que o mesmo aconteceu com João Verle. Disse que nos anos seguintes, já com José Fogaça foram prorrogados contratos. "Em maio de 2009, o ex-secretário da Saúde, Eliseu Santos, após verificar irregularidades, mandou suspender o contrato e entregou o caso ao Ministério Público". "Esses fatos mostram que em outros governos a Reação já havia trabalhado para o Município", completou. (VBM)
REAÇÃO II - Maria Celeste (PT) disse que queria recompor a verdade dos fatos. Observou que a história apresentada por João Dib (PP) está correta, mas que faltou dizer que em 2007, a empresa Reação mudou de dono. E daí começaram os problemas, não se justificando o envolvimento dos governos anteriores, tentando encobrir os fatos, destacou. Lembrou que o dono da Reação, Renato Melo, falou à Câmara, através da Cosmam, quando reafirmou as denúncias que balizam as investigações do Ministério Público. (VBM)
REAÇÃO III - Bernardino Vendruscolo (PMDB) disse que o Ministério Público, a Polícia Civil, e a Polícia Federal já estão investigando os fatos que envolvem a possibilidade de irregularidades em contratos do município com a empresa Reação. Disse que não vê a necessidade dos vereadores entrarem no caso, pois isto se configura como falta de credibilidade a estas instituições, ressaltou. Afirmou, ainda, que os vereadores não devem usar a tribuna para campanha política. (VBM)
REAÇÃO IV - Reginaldo Pujol (DEM) disse que nunca alguém vai determinar o que ele deve fazer. Afirmou que respeita a oposição, mas que não vai aceitar pressões para assinar a CPI que envolve contrato da empresa Reação com a Secretaria Municipal da Saúde. Investigar o quê", indagou o parlamentar, lembrando que o Ministério Público é uma das instituições que investiga os fatos. "Não assinei a CPI porque se trata de uma perda de tempo, de demagogia e de campanha eleitoral". (VBM)
Carla Kunze (reg. prof. 13515)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)