Lideranças
Na reunião desta segunda-feira (2/3), os vereadores e vereadoras de Porto Alegre se manifestaram sobre os seguintes assuntos no período de Lideranças:
MST I Ervino Besson (PDT) colocou sua posição a respeito do Movimento dos Sem-Terra (MST). Segundo o vereador, existem hoje 230 invasões em propriedades privadas no Brasil. Contrário às invasões, afirmou estar acompanhado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que teria colocado a público sua preocupação quanto à ilegalidade do repasse de recursos públicos para entidades ligadas ao MST. Esses recursos, dinheiro do contribuinte, deveriam ser investidos diretamente na reforma agrária e não serem repassados a essas entidades, disse. (CK)
MST II Maristela Maffei (PCdoB) lembrou época em que os escravos tinham mais valor que a terra e afirmou que, posteriormente, quando a terra passou a ser mais valorizada, ela passou a ser invadida por aqueles que provocaram o empobrecimento do homem do campo. Dirigindo-se ao vereador Ervino Besson (PDT), Maristela afirmou que o PDT lutou sim pela reforma agrária. Quanto às invasões, porém, a vereadora disse que lutar pela democracia, pela inclusão, às vezes tem que ser pela pressão. Se não fosse a luta do MST, este país não teria avançado na reforma agrária. (CK)
JAGUARÃO Sofia Cavedon (PT) fez relato de viagem a Jaguarão, representando a Câmara Municipal, em encontro com professores municipais e estaduais. O evento teve o objetivo de discutir os desafios que a rede de ensino tem agora de pensar a escola de Jaguarão. Sofia alertou para o fato de que a secretaria da Educação criou testes externos e agora precisa controlar os conteúdos que os professores irão ministrar aos seus alunos nas escolas públicas para que eles possam fazer os testes. Segundo a vereadora, a preocupação do prefeito de Jaguarão, que também é professor, é de que o conteúdo proposto pela secretaria da Educação deixaria de fora o ensino da história e da cultura local. (CK)
CHUVAS - Luiz Braz (PSDB) afirmou que com as chuvas desta segunda-feira (2/3), foi possível constatar que o Conduto Álvaro Chaves resolveu o problema de uma parcela grande da população. "Agora muitos porto-alegrenses estão protegidos das enchentes", frisou. No entanto, Braz disse que as proximidades do Camelódromo, na galeria central, ainda sofrem com o excesso de água. "Hoje os comerciantes tiveram que fechar lojas e retirar a água para impedir que seus estoques fossem afetados", anunciou. Segundo o vereador, é preciso ação conjunta dos vereadores com a prefeitura para solucionar o problema. (ES)
SAÚDE I - Aldacir Oliboni (PT) criticou o governo municipal por deixar a saúde pública de Porto Alegre abandonada. De acordo com Oliboni, a prefeitura ainda não conseguiu municipalizar os postos de saúde do Complexo Murialdo na região leste da cidade. "Os moradores do Morro da Cruz precisam deslocar-se até a Bento Gonçalves para conseguir atendimento em Posto de Saúde e, mesmo assim, ficam esperando em filas enormes", disse ao revelar que apenas nove fichas tem sido distribuídas por dia para um total de 80 mil moradores. "É um crime do governo municipal deixar as pessoas sem atendimento". (ES)
CIÚME - Nilo Santos (PTB) leu na tribuna opinião de um jornalista da cidade dizendo que o PT sofre de dor de cotovelo por não ter construído o Camelódromo em Porto Alegre. "O ciúme dos petistas não tem como disfarçar. Para eles parece inaceitável que um rival político possar ter encaminhado em quatro anos a resolução de um problema que a administração popular não conseguiu resolver em 16". Segundo Nilo, o CPC é uma medida positiva para reorganizar o perímetro urbano da cidade e precisa ser valorizado com seriedade. "Não se pode aceitar a crítica pela crítica, é preciso reconhecimento", exigiu. (ES)
SAÚDE II - João Dib (PP) reconheceu que a saúde em Porto Alegre não anda bem, mas reiterou que as condições dos serviços já estiveram pior. Segundo Dib, Porto Alegre recebia muito mais dinheiro na época do governo de Fernando Henrique do que hoje. "O Governo Lula levou cinco anos para superar o valor de R$ 307 milhões que FHC enviou em 2002", informou. Conforme o vereador, mesmo o PT tendo cobertura financeira para atingir um bom patamar de saúde pública, não conseguiu resolver problemas básicos. "Agora só sabem reclamar e criticar qualquer iniciativa do governo atual". (ES)
MURIALDO - Carlos Todeschini (PT) falou sobre matéria divulgada na imprensa que informa que postos de saúde do Complexo Murialdo estão fechados. "A saúde piorou e piorou muito. O governo não tem competência e o povo está sofrendo", disse. Sobre o Centro Popular de Compras (CPC), Todeschini ponderou: "Precisamos produzir soluções para que dê certo e os comerciantes não tenham prejuízos. Estive lá e mais da metade dos comerciantes não está ganhando o suficiente para pagar aluguel, condomínio e taxas", disse, explicando proposta sua que isenta por um ano os comerciantes do CPC do pagamento do aluguel. (TG)
SAÚDE III - Dr. Raul (PMDB) considerou que, durante o governo do PT, a saúde avançou pouco na Capital. Ele citou como exemplo a Central de Marcação de Consultas que, conforme o vereador, "foi criada sem a mínima estrutura e está sendo melhorada pelo governo atual". Para Dr. Raul, faltam recursos para a saúde pública no país. "Temos uma gestão competente, mas precisamos de recursos para viabilizar as ações". O vereador sugeriu ainda que uma Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA) seja instalada em Porto Alegre no Eixo Baltazar. "Nossas emergências hospitalares não ficariam superlotadas", avaliou. (TG)
SAÚDE IV - João Antônio Dib (PP), pela liderança da situação, considerou que é o presidente Lula quem "deixa a saúde mal no país". De acordo com Dib, os jornais anunciam diariamente que em Porto Alegre o prefeito José Fogaça chama enfermeiros e médicos concursados para exercerem suas funções. Sobre o camelódromo, o vereador observou: "Temos dificuldades no CPC, mas o secretário Idenir Cecchim está disposto a estudar caso a caso". Dib criticou projeto do vereador Carlos Todeschini (PT) que isenta, por um ano, os comerciantes do CPC do pagamento de aluguel. "Não podemos fazer gastos para o Executivo sem dizer de onde sairão os recursos". (TG)
Carla Kunze (reg. prof. 13515)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)
Taidje Gut (reg. prof. 13614)