Plenário

Lideranças

Nos tempos de Liderança da sessão desta quarta-feira (18/6), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:

ATOR - João Dib (PP) voltou a lamentar o comportamento do lutador e ator franco-argelino que compareceu ao plenário na segunda-feira. Conforme Dib, ele foi desrespeitoso ao chamar a atenção dos vereadores, alegando que esses não estavam prestando atenção no que dizia. Dib garantiu que ouviu muito bem o orador, tanto que lembra de ele ter dito duas vezes ter sido morador de rua recuperado pelo esporte. Dib também lamentou a conotação distorcida dada pela imprensa ao episódio. (CB)

BRIZOLA - Ervino Besson (PDT) lembrou que, em 21 de junho, completam-se cinco anos da morte de Leonel Brizola, líder trabalhista que, na sua opinião, deve ser homenageado por sua trajetória de luta, trabalho e sofrimento e pelo amor extremo ao Brasil. "Foi um homem que sofreu as amarguras da ditadura, mas jamais esqueceu seu amor pelo país", disse. Besson recordou da dedicação de Brizola à educação do povo. "Em seu governo teve a grandeza de construir milhares de escolas pelo interior do Estado", afirmou. "Nossa eterna gratidão por tudo que Brizola representa." (CB)

MAIORIDADE - Maristela Maffei (PCdoB) alertou para a tramitação de um "projeto perigoso para a nação" no Congresso, relativo à redução da maioridade penal. Conforme a vereadora, a maioria dos crimes não é cometida por adolescentes, mas a imprensa confere ênfase desmedida aos atos cometidos por eles. Também criticou o fato de os crimes de pessoas de classes média e alta serem sempre atribuídos a problemas psicológicos, ao contrário dos cometidos por habitantes da periferia. "Espero que o Congresso não envergonhe a nação aprovando um projeto como esse", pediu. (CB)

POSTO I - Engenheiro Comassetto (PT) fez um apelo aos vereadores para que protestem contra o fechamento do posto de pronto atendimento do bairro Belém Novo. Segundo o vereador, o posto foi fechado no dia 4 de junho pela Secretaria Municipal de Saúde sob a alegação de rachaduras. Conforme Comassetto, o fechamento ocorreu sem aviso à comunidade e com a orientação de que as pessoas procurem os postos do Lami, de Ipanema ou da Restinga. O vereador contou que esteve hoje pela manhã no local e presenciou diversas pessoas se desesperarem frente ao posto fechado, entre elas uma menina de nove anos, com febre alta, que chegou no colo de um parente e teve de ser levada pela Samu a outro posto. (CB)

SAÚDE - Haroldo de Souza (PMDB) reconheceu que a situação da saúde pública é ruim, mas observou que o mesmo acontecia na gestão de 16 anos do PT em Porto Alegre. "A saúde está terrível, mas está igualzinha quando na época do PT." Haroldo também contestou críticas da imprensa à suposta falta de atenção dos vereadores aos oradores em Plenário. Para ele, não é porque é jornalista que pode falar o que bem entende. Criticou ainda o lutador de muay thai, Dida Diafat, que pediu atenção aos vereadores enquanto falava na sessão de segunda-feira (15/6). "Respeito é bom e nós aqui na Casa gostamos." (MAM)

DEFESA - Valter Nagesltein (PMDB) saiu em defesa da Câmara diante das críticas do jornalista André Machado publicadas no jornal Zero Hora de hoje. Segundo ele, Machado "errou um pouquinho a mão" ao criticar os vereadores por supostamente não prestarem atenção aos oradores durante as sessões plenárias. "Virou moda bater em parlamentos, mas precisamos distingui-los. Não serve a ninguém enxovalhar todos os políticos, colocar todos na vala comum, pois não há saída fora da política." (MAM)

POSTO II - Aldacir Oliboni (PT) lembrou a Haroldo de Souza que, quando o PT assumiu, havia 12 serviços de saúde na cidade e, quando o partido deixou a Prefeitura, existiam 148 postos. "Apenas quatro cidades municipalizaram a saúde no RS. O PT teve a coragem de fazer isso em Porto Alegre." Oliboni criticou o fechamento do posto de saúde do Belém Novo, classificando o ato como irresponsabilidade política do secretário municipal de Saúde. "O posto foi fechado sem consulta à comunidade." (MAM)

POSTO III - Nilo Santos (PTB) rechaçou as críticas do vereador Engenheiro Comassetto (PT) ao fechamento do posto de saúde de Belém Novo. Nilo observou que o local foi fechado por recomendação da Smov, pois havia o risco de o prédio desabar. "Comassetto é engenheiro e sabe muito bem que seria doentio deixar as pessoas num prédio que pode desabar. Acho que a vontade dele é que o prédio caísse na cabeça das pessoas para que ele pudesse criticar a Prefeitura." (MAM)

POSTO IV – Luiz Braz (PSDB) disse também concordar que a área da saúde do município não era satisfatória no governo anterior e nem é neste governo. De acordo com ele, desmerecer um ou outro não leva a solução alguma. "Precisamos reconhecer e enfrentar os problemas juntos, independente de partido, para que as pessoas que estão passando por dificuldades com o fechamento do posto de saúde de Belém Novo tenham um novo local para consultar". Braz lembrou também que a liberação dos jogos em cassinos poderá arrecadar recursos para investir nas áreas necessitadas. “Hoje os brasileiro viajam para jogar e acabam deixando muito dinheiro nos paises vizinhos”, argumentou. (RT)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481) 
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)