Plenário

Sessão ordinária / Comunicações

Durante o período de Comunicações, na sessão ordinária desta segunda-feira (14/3), os vereadores trataram dos seguintes temas:

ANIMAIS – Lourdes Sprenger (PMDB) saudou o Dia dos Animais, comemorado hoje. Lamentou que as ações públicas para os animais estejam aquém da realidade desejada para que sejam minimizados problemas como superpopulação de cães e gatos, abandono e maus tratos de animais e uso de cavalos para tração de carroças. Lembrou que a primeira secretaria especial pelo bem estar dos animais foi criada em 2000, no Rio, pelo ator Cláudio Cavalcanti. Segundo ela, apesar da criação da Seda, em 2011, na Capital, a inércia dos gestores públicos impede o aumento do número de mutirões de castrações de cães e gatos. "É preciso 10 mil castrações para Porto Alegre, pois a procriação de cães e gatos é geométrica, além de microchipagem e cadastro municipal de animais. A fiscalização tem de ser imediata." (CS)

IMPEACHMENT – Reginaldo Pujol (DEM) disse que está em discussão, no país, o prosseguimento ou não do processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef. Pujol disse ter estado no Parcão, ontem, juntamente com milhares de pessoas, para pedir o impeachment de Dilma e ressaltou que a mobilização teve a característica de "traduzir a espontaneidade da participação das pessoas". Destacou a forma pacífica como a manifestação ocorreu em todo o Brasil, "num momento de radicalização no país". Para Pujol, é possível atingir objetivos sem radicalizações. "Como cidadão brasileiro, desejo que a mobilização de ontem tenha desdobramentos positivos para o país, terminando com situação de crise." (CS)

DESPEDIDA - Fernanda Melchionna (Psol), ao se despedir do vereador Alberto Kopittke (PT), afirmou que ele trouxe para dentro da Câmara Municipal a ideia inovadora do “Mapa de Segurança Pública”, um debate profundo que, segundo ela, aponta a responsabilidade dos governos neste tema. Melchionna reafirmou que o legado deixado por Kopittke leva a pensar no desmonte da segurança por parte do governador do Estado e do prefeito da Capital, “que não dão respostas” à escalada da violência, o que ficou claro durante a “procissão iluminada na semana passada” cobrando politicas efetivas de segurança pública. Concluiu condenando a lamentável política dos empresários do transporte público que anunciaram um locaute para os próximos dias. “É crime constitucional”, concluiu (FD).  
 
LAMENTÁVEL - Jussara Cony (PCdoB) lamentou as manifestações deste domingo pelo país. “Não há indícios contra a presidenta” e condenou a falta de imparcialidade da mídia, que nada noticia e insiste em incriminá-la. “Nada é noticiado pela mídia golpista ou formadores de opinião”, que, segundo ela, trabalham de forma seletiva contra um projeto de desenvolvimento. Cony lembrou que as desigualdades sociais vinham aumentando no Brasil e um projeto representado por um operário e uma mulher estava devolvendo cidadania. Concluiu dizendo que nenhum governo deu mais condições para combater a corrupção “mas querem sangrar o poder para interromper o processo de combate à corrupção”, concluiu.(FD)
 
INDEPENDENTE - Bernardino Vendruscolo (Pros) deu boas vindas ao vereador Adeli Sell (PT), que agora retorna para a Casa na vaga deixada por Alberto Kopittke (PT). Disse que Adeli sempre foi um crítico e se mostra independente em suas ideias. Analisou que as manifestações deste domingo foram organizadas e apartidárias. Bernardino disse que sempre criticou os partidos e entende que não tem nenhum que seja “totalmente limpo e que desonestos há em toda a parte”. Finalizou criticando a demora na retirada de troncos de árvores que ainda restam pela cidade, trancando ruas e passeios públicos, resultados da “última catástrofe de 19 de janeiro”.
 
MANIFESTAÇÕES - Idenir Cecchim (PMDB) condenou as manifestações em plenário a favor da presidenta Dilma e do ex-presidente Lula. Disse que é preciso ter respeito com quem foi às ruas. Afirmou que as verdadeiras coxinhas estavam sendo vendidas no Parque da Redenção a R$ 2,00 cada uma. “É uma fortuna”, segundo ele. “Exploraram até na venda das coxinhas”, emendou. Finalizou dizendo que a demonstração das manifestações foi de civilidade “usando roupas com as cores do Brasil”. (FD)
 
MANIFESTAÇÕES II - Mônica Leal (PP) fez um resumo das manifestações no Parcão na tarde de domingo (13/3). “Todos na mesma sintonia verde amarela por um Brasil menos corrupto.” Disse estranhar a defesa da vereadora Jussara Cony (PCdoB) à sigla do Partido dos Trabalhadores. “Não aguento mais o estado de coisas que vive a nação”, desabafou. Finalizou relacionando os envolvidos do PT nos esquemas de corrupção, apontando nomes dos coordenadores das operações de desvios de dinheiro público. “O que falta neste momento é um comando sério”, concluiu. (FD)

REFLEXÃO – Tarciso Flecha Negra (PSD) destacou que as manifestações populares do domingo (13/3) o fizeram crer que a mobilização foi do povo brasileiro, cansado da corrupção, e não dos políticos. Disse esse problema está em todo lugar, como no futebol, lembrando os casos que envolvem a CBF e a Fifa, e a luta do senador Romário. Lembrou que ao ver uma entrevista à noite, no programa Fantástico, de um pai com os dois filhos no protesto, pedindo um país melhor para a futura geração, ficou emocionado. Afirmou que tem consciência de que é preciso que o governo esteja mais atento à segurança, à educação e ao esporte, que juntos podem levar o Brasil para uma nova fase de desenvolvimento econômico e social. (MG) 

CIVISMO – Para Cláudio Janta (SD), o domingo (13/3) demonstrou o civismo da população brasileira que foi às ruas protestar contra a corrupção. Destacou que teve oportunidade de participar de atos semelhantes como o das Diretas Já e o Fora Collor, e que esse, além do maior número de pessoas, teve o diferencial de não contar com a presença protagonista de políticos, artistas e entidades como a UNE, UBEs, CGT, CUT e de outras que surgiram ao longo dos anos. Disse que no domingo estavam lá os desempregados, os ameaçados de perder as suas aposentadorias, o trabalhador que vai ao supermercado e ironizou: “Tinha coxinha, empadinha, croquete, rapadura, um verdadeiro banquete gastronômico contra a corrupção e não de pessoas que estavam lá para pedir proteção aos seus bandidos de estimação”. Avaliou que matematicamente foram nove contra o governo para cada um a favor. (MG)

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
          Flávio Damiani (reg prof 6180)
          Milton Gerson (reg.prof. 6539)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)