Sessão ordinária / Comunicações
Durante o período de Comunicações, na sessão ordinária desta segunda-feira (14/3), os vereadores trataram dos seguintes temas:
IMPEACHMENT Reginaldo Pujol (DEM) disse que está em discussão, no país, o prosseguimento ou não do processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef. Pujol disse ter estado no Parcão, ontem, juntamente com milhares de pessoas, para pedir o impeachment de Dilma e ressaltou que a mobilização teve a característica de "traduzir a espontaneidade da participação das pessoas". Destacou a forma pacífica como a manifestação ocorreu em todo o Brasil, "num momento de radicalização no país". Para Pujol, é possível atingir objetivos sem radicalizações. "Como cidadão brasileiro, desejo que a mobilização de ontem tenha desdobramentos positivos para o país, terminando com situação de crise." (CS)
DESPEDIDA - Fernanda Melchionna (Psol), ao se despedir do vereador Alberto Kopittke (PT), afirmou que ele trouxe para dentro da Câmara Municipal a ideia inovadora do Mapa de Segurança Pública, um debate profundo que, segundo ela, aponta a responsabilidade dos governos neste tema. Melchionna reafirmou que o legado deixado por Kopittke leva a pensar no desmonte da segurança por parte do governador do Estado e do prefeito da Capital, que não dão respostas à escalada da violência, o que ficou claro durante a procissão iluminada na semana passada cobrando politicas efetivas de segurança pública. Concluiu condenando a lamentável política dos empresários do transporte público que anunciaram um locaute para os próximos dias. É crime constitucional, concluiu (FD).
LAMENTÁVEL - Jussara Cony (PCdoB) lamentou as manifestações deste domingo pelo país. Não há indícios contra a presidenta e condenou a falta de imparcialidade da mídia, que nada noticia e insiste em incriminá-la. Nada é noticiado pela mídia golpista ou formadores de opinião, que, segundo ela, trabalham de forma seletiva contra um projeto de desenvolvimento. Cony lembrou que as desigualdades sociais vinham aumentando no Brasil e um projeto representado por um operário e uma mulher estava devolvendo cidadania. Concluiu dizendo que nenhum governo deu mais condições para combater a corrupção mas querem sangrar o poder para interromper o processo de combate à corrupção, concluiu.(FD)
INDEPENDENTE - Bernardino Vendruscolo (Pros) deu boas vindas ao vereador Adeli Sell (PT), que agora retorna para a Casa na vaga deixada por Alberto Kopittke (PT). Disse que Adeli sempre foi um crítico e se mostra independente em suas ideias. Analisou que as manifestações deste domingo foram organizadas e apartidárias. Bernardino disse que sempre criticou os partidos e entende que não tem nenhum que seja totalmente limpo e que desonestos há em toda a parte. Finalizou criticando a demora na retirada de troncos de árvores que ainda restam pela cidade, trancando ruas e passeios públicos, resultados da última catástrofe de 19 de janeiro.
MANIFESTAÇÕES - Idenir Cecchim (PMDB) condenou as manifestações em plenário a favor da presidenta Dilma e do ex-presidente Lula. Disse que é preciso ter respeito com quem foi às ruas. Afirmou que as verdadeiras coxinhas estavam sendo vendidas no Parque da Redenção a R$ 2,00 cada uma. É uma fortuna, segundo ele. Exploraram até na venda das coxinhas, emendou. Finalizou dizendo que a demonstração das manifestações foi de civilidade usando roupas com as cores do Brasil. (FD)
MANIFESTAÇÕES II - Mônica Leal (PP) fez um resumo das manifestações no Parcão na tarde de domingo (13/3). Todos na mesma sintonia verde amarela por um Brasil menos corrupto. Disse estranhar a defesa da vereadora Jussara Cony (PCdoB) à sigla do Partido dos Trabalhadores. Não aguento mais o estado de coisas que vive a nação, desabafou. Finalizou relacionando os envolvidos do PT nos esquemas de corrupção, apontando nomes dos coordenadores das operações de desvios de dinheiro público. O que falta neste momento é um comando sério, concluiu. (FD)
REFLEXÃO Tarciso Flecha Negra (PSD) destacou que as manifestações populares do domingo (13/3) o fizeram crer que a mobilização foi do povo brasileiro, cansado da corrupção, e não dos políticos. Disse esse problema está em todo lugar, como no futebol, lembrando os casos que envolvem a CBF e a Fifa, e a luta do senador Romário. Lembrou que ao ver uma entrevista à noite, no programa Fantástico, de um pai com os dois filhos no protesto, pedindo um país melhor para a futura geração, ficou emocionado. Afirmou que tem consciência de que é preciso que o governo esteja mais atento à segurança, à educação e ao esporte, que juntos podem levar o Brasil para uma nova fase de desenvolvimento econômico e social. (MG)
CIVISMO Para Cláudio Janta (SD), o domingo (13/3) demonstrou o civismo da população brasileira que foi às ruas protestar contra a corrupção. Destacou que teve oportunidade de participar de atos semelhantes como o das Diretas Já e o Fora Collor, e que esse, além do maior número de pessoas, teve o diferencial de não contar com a presença protagonista de políticos, artistas e entidades como a UNE, UBEs, CGT, CUT e de outras que surgiram ao longo dos anos. Disse que no domingo estavam lá os desempregados, os ameaçados de perder as suas aposentadorias, o trabalhador que vai ao supermercado e ironizou: Tinha coxinha, empadinha, croquete, rapadura, um verdadeiro banquete gastronômico contra a corrupção e não de pessoas que estavam lá para pedir proteção aos seus bandidos de estimação. Avaliou que matematicamente foram nove contra o governo para cada um a favor. (MG)
Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Flávio Damiani (reg prof 6180)
Milton Gerson (reg.prof. 6539)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)