Plenário

Sessão ordinária / Comunicações

Durante o período destinado às Comunicações, na sessão ordinária desta quinta-feira (17/3), os vereadores trataram dos seguintes temas:

CIDADE – Adeli Sell (PT) disse que os assuntos da cidade não podem ser esquecidos. Demonstrou preocupação com o estado de abandono de muitas ruas de Porto Alegre e afirmou que o lixo tomou conta de várias vias. "Há um galpão aberto em plena Rua Uruguai. Em torno do City Hotel há um verdadeiro acampamento e, em frente ao antigo Guaspari, os camelôs tomam conta de toda a calçada." Adeli também reclamou da falta de segurança na Borges de Medeiros e da venda clandestina de óculos solar nas esquinas. "A Rua da Praia virou um acampamento. Onde está a administração pública municipal? Antes de criarmos novas leis, precisamos fiscalizar o Executivo. Pessoas drogadictas e com problemas mentais estão jogadas pela cidade. Temos uma cidade abandonada." (CS)

RUA – Kevin Krieger (PP) disse que a cidade vem trabalhando bastante para melhorar e qualificar os serviços públicos. No entanto, destacou, há grandes dificuldades para resolver a situação da população de rua. "Na época do PT, centenas de crianças e adolescentes moravam e viviam nas ruas, usando drogas e mendigando. O governo da época dizia que a rua era lúdica. Mudamos este conceito, pois lugar de criança e adolescente é em casa. Esta política foi construída com várias secretarias, casas lares e outros parceiros." Segundo Kevin, foram abertos diversos equipamentos e aumentadas as equipes. (CS)

MEA-CULPA - Idenir Cecchim (PMDB) disse que o Brasil está cansado de ver os “malfeitores” sendo compensados pela “mesma trupe” que faz tanto mal ao país. Segundo ele, o que se assistiu nestes últimos dois dias foi um “menosprezo à consciência do povo brasileiro”. Calculou que apenas 10% da população aplaude o que está acontecendo porque é a parte beneficiada. Condenou a economia que alimenta os banqueiros e disse que “todos nós temos a ver com a atual situação”, reconhecendo que o próprio PMDB, que faz parte do governo, também é culpado. (FD)
 
MEA-CULPA II - João Bosco Vaz (PDT) afirmou que é preciso ter coragem de ser político ao condenar o linguajar chulo de Lula, “no qual eu votei”, da maneira com que se dirigiu às mulheres, entre elas a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Bosco desafiou a vereadora Sofia Cavedon (PT) a defender a colega, que foi agredida verbalmente pelo ex-presidente. (FD)
 
MAUS SERVIÇOS - Bernardino Vendruscolo (PROS) reclamou dos serviços prestado pelo Município de Porto Alegre por meio das suas secretarias. “É uma dificuldade para se conseguir alguma coisa”, disse o vereador, referindo-se à burocracia do serviço público na Capital. (FD) 
 
DESABAFO - Mônica Leal (PP) manifestou-se contra a possibilidade de nomeação de João Sem Medo como diretor administrativo da Casa. Justificou que “ele foi um dos que invadiram a Câmara Municipal de Porto Alegre em 2013”, lembrando que o grupo hostilizou equipes de TV e jornalistas, bem como servidores e vereadores. “É inadmissível que esta Casa tenha pensado em alguém ficha suja para um cargo público”, concluiu. (FD)

COLETIVO – Sofia Cavedon (PT) defendeu osintegrantes dos movimentos sociais que participaram da invasão do plenário daCâmara Municipal em 2013. De acordo com ela, naquele momentoela aprendeu que não havia uma liderança, mas uma coordenação horizontal, de ummovimento coletivo, que dialogou com os vereadores e com a Justiça, saindopacificamente da Casa. Sofia disse que não se pode criminalizar os movimentos sociaise que aceita discutir a questão de exigência de ficha limpa para cargos na Câmara,mas que esse debate não pode ter dois pesos e duas medidas, havendo anecessidade de ser estendido para as funções de comando do Legislativo,inclusive das presidências de comissões permanentes. Ainda defendeu o governofederal e a indicação do ex-presidente Lula para o ministério e lamentou queestejam tentando rasgar a Constituição. (MG)

PRONUNCIAMENTO - Lourdes Sprenger (PMDB) gravou nos anais da Câmara a íntegra do pronunciamento feito hoje nasessão do pleno do Superior Tribunal Federal (STF) pelo ministro Celso de Mello.Decano do STF, ele repudiou veementemente as notícias publicadas na imprensa,as quais classificou de injustas e grosseiras, de que Suprema Corte estaria“acovardada" perante o cenário político e institucional do país. Aafirmação a qual o ministro se referiu foi feita pelo ex-presidente Lula em conversa telefônica interceptada por ordem judicial. Oministro afirmou que “ninguém, absolutamente ninguém, está acima da autoridadedas leis e da Constituição de nosso país. Felizmente o povo levantou", disseLourdes. (MG)

TRADIÇÃO – Reginaldo Pujol (DEM) apelou aos seus pares para que o Legislativo de Porto Alegre faça o que considera uma linhademarcatória em relação aos fatos lamentáveis que estão ocorrendo na políticanacional. Destacou que, ao longo dos anos, a Câmara Municipal da Capital tem tidoum padrão de honradez de seus membros e de sua atuação. Falou que acordos foramfeitos para serem cumpridos, mas que isso não significa compactuar com determinadassituações que possam diminuir, que não protegem, a integridade do Parlamento,em valores que não podem ser atingidos. Lembrou que presidiu a CPI da Invasão e que os atos praticados pelos invasores enxovalharam a tradição da Casa. (MG)

CRIMINALIZAÇÃO – Marcelo Sgarbossa (PT) destacouque o momento é de opiniões contrárias, ideologicamente, da sociedade e dospartidos. Ressaltou que as conquistas democráticas estão em xeque e a disputajudicial prevista para o início desse milênio, que vem acontecendo agora comonunca antes havia se visto no país, está adotando uma perigosa linha decriminalização da política. Alertou que tanto quem tem mandato, de qualpartido for, como quem não é vereador e pretende concorre na próximaeleição sentirá a hostilidade dos cidadãos na hora de buscar o voto. "O espetáculomidiático vai atingir a todos." Ele afirmou que as razões para a condução coercitivado ex-presidente Lula para depoimento foram de que poderia provocar convulsãosocial, mas a divulgação dos áudios de escutas seguem na mesma linha,portanto, com dois pesos e duas medidas. (MG)

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
          Flávio Damiani (reg. prof. 6180)
          Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)