Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Durante o período destinado às comunicações de Lideranças, na sessão ordinária desta quinta-feira (12/3), os vereadores trataram dos seguintes temas:

MANIFESTAÇÕES – Sofia Cavedon (PT) disse estar com orgulho dos movimentos sociais e sindicais, que se concentraram nas manifestações desta quinta-feira (12/3) em defesa da Petrobras. Ressaltou que cada um dos grupos ligados a esses movimentos protestou de acordo com as suas especificidades, mas todos foram unânimes em cobrar a realização de uma reforma política que liberte os mandatos políticos do poder econômico. Que não torne os governos reféns de um sistema que elege bancadas milionárias, que desvirtuam o conjunto das instituições brasileiras. Sofia destacou que é legítimo o combate às políticas de arrocho fiscal e ao Estado mínimo. (MG)

REDES - Lourdes Sprenger (PMDB) disse que as redes sociais têm demonstrado a intensidade da divisão e da participação da população em protestos. Que isso é fruto da realidade que se encontra nos postos de combustíveis, na conta de energia elétrica, na disparada do dólar e na realidade da corrupção da Petrobras. Citou números do jornal Folha de S. Paulo, que analisou o twitter e constatou 320 milhões de impressões contrárias e 266 milhões a favor, depois da manifestação da presidente Dilma. Ainda, que a palavra panelaço apareceu em 162 milhões de comentários. Apelou para os atos sejam pacíficos e democráticos e elogiou a atuação da Polícia Federal e demais instituições envolvidas na investigação. (MG)

IOGA - Rodrigo Maroni (PCdoB) disse que apresentará projeto de lei instituindo o ensino de ioga nas escolas da rede municipal. Disse que, em alguns países que implementam a meditação, com um mínimo de 20 minutos diários, como parte do processo educacional, as crianças rendem mais em notas e concentração. Ainda solicitou a atenção do Legislativo para a necessidade de apoio às instituições Amparo Santa Cruz e Instituto do Câncer Infantil, que visitou na tarde de quarta-feira (11/3) e na manhã desta quinta (12/3). No Amparo, relatou, são atendidas 250 crianças carentes e 50 idosos residentes há mais de 70 anos, no bairro Belém Velho. No Instituto do Câncer Infantil, que atende 2 mil crianças, o custeio também vem de doações e eventos beneficentes. (MG)

PROTESTO - Cláudio Janta (SDD) anunciou que participará do protesto de domingo. “Meu partido é de oposição, mas, em nenhum momento, falamos em impeachment”, disse. “Queremos que a presidente volte para o prumo. Ela pegou um rumo ruim. No Acre ontem tentaram conter as vaias e não conseguiram.” De acordo com o vereador, a popularidade da presidente está em 3%, na melhor das hipóteses. “Também não somos a favor de nenhuma ditadura, inclusive a da Venezuela, onde os líderes sindicais têm que andar de colete à prova de bala”, afirmou. Janta ainda disse que é contra a privatização da Petrobras, mas defende que os dirigentes da estatal tenham seus nomes aprovados pelo Legislativo. “Vamos para a rua exigir a moralidade. Chega de ver ladrão solto por aí.” (CB)

PETROBRAS - Reginaldo Pujol (DEM) disse que se solidariza com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “que não quer entrar nessa onda nacional de terceiro turno, de impeachment”, mas garantiu que o Democratas “não vai ficar inerte à realidade”. Na sua opinião, a manifestação de domingo é em resposta ao ex-presidente Lula, que, “irresponsavelmente, convocou os sem-terras” para irem para as ruas defender o governo Dilma e a Petrobras. Conforme Pujol, a estatal nem poderia ser vendida. “Ninguém compra hoje a Petrobras. Seu valor caiu em mais de 50%. Seus papéis na bolsa apodreceram”, declarou. Pujol ainda disse que a passeata de domingo não será um ato pela deposição de Dilma e sim contra a corrupção. (CB) 

LAVA JATO - Delegado Cleiton (PDT) chamou de canalha a ação de um dos envolvidos na operação Lava Jato que colocou dinheiro roubado do país na conta da sua filha. O detalhe, segundo Cleiton, é que a filha dele tem na sua conta no Facebook um apelo em verde amarelo condenando os corruptos. O vereador lamentou o fechamento dos postos da Brigada Militar nos bairros, em nome da contenção de despesas do governo do Estado. “A comunidade doa material como bicicleta, gasolina ou moto e, quando menos espera, vê seu sentimento de segurança desaparecer com o fechamento destes postos”. (FD)

DEFESA - Carlos Casartelli (PTB) chamou a atenção para a divisão que vem ocorrendo no Brasil e entende que se está brincando com o futuro do país. “Passamos por uma eleição para presidente, governadores e deputados, e os votos foram colocados nas urnas; portanto, tem validade.” Lembra que crianças e adolescentes não acompanharam o período de ditadura militar no país e agora concordam com o retorno dos militares ao poder. “É uma minoria, mas existe”, observa. Finalizou afirmando que defende a democracia e a Petrobras como empresa nacional e pelo o que ela representa. (FD)

BURACOS - Bernardino Vendrusculo (PROS) aconselhou as pessoas a fazerem um vídeo de um buraco em alguma rua da cidade e publicar nas redes sociais para que o pedido seja atendido. “Os homens responsáveis pelos consertos não enxergam estes problemas”, afirmou. Chamou a atenção para "os verdadeiros criatórios de morcegos e baratas" que são os prédios antigos e abandonados no Centro Histórico de Porto Alegre. “São construções que oferecem riscos à população e se constituem numa ameaça à saúde pública”, concluiu. (FD)

DELAÇÃO - Sofia Cavedon (PT) disse que o Brasil está vivendo um marco de nacionalidade muito importante. Elogiou os partidos de oposição ao governo brasileiro, citando DEM e PSOL, que condenam qualquer tipo de golpe ou violência. “Nós não temos guerrilha, temos democracia”, afirmou. Disse que a delação premiada faz com que os bandidos, lamentavelmente, encurtem suas penas, mas permite que, pela primeira vez, corruptores e corruptos sejam levados à prisão. “Empresários desonestos tem que ir para a cadeia e devolver dinheiro, e é isto que está acontecendo no Brasil”, afirmou Sofia. (FD) 


Textos: Milton Gerson (reg. prof. 6539)
           Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
           Flávio Damiani (reg. prof 6180)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)