Sessão ordinária / Comunicações
Nos tempos de Grande Expediente e Comunicações da sessão desta segunda-feira (6/8), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:
REGULARIZAÇÃO Engenheiro Comassetto (PT) cobrou a regularização das cerca de 750 vilas irregulares da Capital. Na sua opinião, essas comunidades fazem parte de uma Porto Alegre invisível ao governo e aos meios de comunicação, mas nelas vivem cerca de 450 mil pessoas. Se são irregulares, não estão no mapa da cidade, disse. Conforme o vereador, as vilas irregulares participam do processo do Orçamento Participativo, mas os recursos não chegam, assim como os serviços de água, luz, esgoto. Não são computadas para as escolas, creches ou para a rede de saúde, e o transporte público não as atende, lamentou. O município não reconhece os direitos. (CB)
BAIRROS - Márcio Bins Ely (PDT) pediu a instalação de comissão especial sobre o anteprojeto de lei que trata da criação de bairros. Segundo o vereador, a Capital conta com 82 ou 83 bairros, e a Secretaria de Planejamento propôs a criação de mais cinco. Conforme Bins Ely, há vários problemas nessa área, como o fato de o aeroporto fazer parte de dois bairros, e o Rubem Berta sobrepor-se ao Mario Quintana, o que acontece também em várias áreas, como o Ipanema. Entre as propostas, como lembrou, está ampliação do Bom Fim e do Moinhos de Vento. Bins Ely anunciou que levará o assunto para as lideranças e a Mesa e informou que pede também a reinstalação da Frencoop. (CB)
DENÚNCIA - Fernanda Melchionna (PSOL) denunciou que o candidato a vereador Cássio Trogildo está prometendo aos moradores do condomínio Princesa Isabel que, se for eleito, levará luz para a comunidade. Quero denunciar essa demagogia. Isso é inaceitável, afirmou. Fernanda lembrou que o Princesa Isabel foi palco, em 8 de março, de um caso grave de violência policial. Até um menino de oito anos foi revistado, criticou. A vereadora contou que esteve com outros colegas na Secretaria de Justiça, o caso passou a ser investigado e foi criado um grupo de trabalho para acompanhar as reivindicações da comunidade. Segundo ela, foi enviada para a Smov a solicitação de iluminação pública, mas nunca houve resposta oficial, apesar de as pessoas pagarem taxa de iluminação. (CB)
REGULARIZAÇÃO II - João Antonio Dib (PP) disse que a solução dos problemas da cidade é emprego, não discurso, nem Bolsa Família. Agora vão à tribuna para pedir regularização fundiária, mas, durante 16 anos, não vi falarem disso, afirmou, em referência ao pronunciamento do petista Engenheiro Comassetto. Dib ainda comentou a reportagem Como nasce uma vila na Capital, publicada em jornal da Capital. É tudo organizado, com retroescavadeira, daí entra o vereador dizendo que a prefeitura tem de regularizar, mas, quando estavam no governo, não resolveram o problema, criticou. (CB)
OLIMPÍADAS - Tarciso Flecha Negra (PSD) lamentou o desempenho do Brasil nas Olimpíadas de Londres. Segundo o vereador, um país com dimensões continentais não poderia, a esta altura dos jogos, ter apenas seis medalhas no ranking geral. "E quero dizer que a culpa não é dos atletas, mas sim dos governantes que não dão condições para que nossos esportistas treinem e se aperfeiçoem", argumentou. Para Flecha Negra, é necessário descobrir novos talentos, incentivar o esporte na periferia e comunidades de baixa renda, assim como estabelecer uma política de incentivo ao esporte. "Não bastam os clubes privados, precisamos incentivar as crianças pobres da periferia." (ES)
REGULARIZAÇÃO - Valter Nagelstein (PMDB) disse que está na hora da cidade se debruçar sobre a regularização das atividades comerciais. Segundo o vereador, nos dois anos em que esteve à frente da Smic, foram mais de 57 mil alvarás concedidos. "O Estado deve ser o indutor de políticas que deem incentivo para o empresário. Só assim haverá fomento à atividade econômica e geração de empregos", frisou. Além disso, Nagelstein lamentou que o Estado tenha perdido a oportunidade de gerar mais segurança para o entorno do Shopping Total, em Porto Alegre. Conforme relatou o vereador, há dois anos o diretor do espaço ofereceu dois carros e um posto para a Brigada Militar, nos limites do Shopping, mas não foi aceito pelo governo estadual. "Até quando vamos perder a oportunidade de mudar esse país?" (ES)
Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)