Plenário

Sessão ordinária / Grande Expediente, Comunicações e Lideranças

  • Aldacir Oliboni Foto: Mariana Fontoura
    Vereador Aldacir Oliboni (PT)
  • Na foto: Vereador Alvoni Medina
    Vereador Alvoni Medina (PRB) (Foto: Carolina Andriola/CMPA)

Nos períodos de Grande Expediente, Comunicações e Lideranças da sessão plenária de hoje (19/2), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

CIDADE BAIXA - Dr. Thiago (DEM) manifestou preocupação com a situação da Cidade Baixa. Para ele, são problemas que "ladeiam a urbanidade" e que vão causar um sinistro grave dentro de pouco tempo. "É preciso ajustar as liberdades para evitar o retrocesso na vida de muitas pessoas. É preciso juntar as forças de segurança, Ministério Público, Judiciário, comerciantes e moradores para chegar a um denominador comum para que a vida em sociedade se torne factível, o que não acontece hoje." (MAM)

CIDADE BAIXA II - Valter Nagesltein (PMDB) lembrou que quando foi secretário da Indústria e Comércio, em 2009, tentou estabelecer uma ordem mínima de convivência na Cidade Baixa e que até hoje ficou marcado como "fascista" por causa disso. "Na época, havia casas noturnas ali que colocavam 600 jovens, sem as condições de segurança necessárias." Nagesltein explicou que houve então fiscalização que cobrava exigências de acessibilidade, de prevenção a incêndios e de isolamento acústico. Segundo ele, um ano depois disso, houve a tragédia de Santa Maria e todos aqueles que o criticaram à época pelas medidas adotadas na Cidade Baixa, silenciaram. "Temos que estar preparados para enfrentar resistências, porque desde aquela época tenho a imagem de fascista pelas medidas tomadas." (MAM)

SEGURANÇA - Marcelo Sgarbossa (PT) disse que há dois anos atrás não se imaginaria que um presidente da República usaria politicamente as Forças Armadas como agora faz Michel Temer. Criticou o uso do Exército para combater a crise de segurança do Rio de Janeiro. "A lógica de um Exército é para atuar numa guerra e não para o combate ao crime, em meio à população civil." Sgarbossa acrescentou que este uso político das Forças Armadas, porém, parece estar virando moda. "Aqui, o prefeito quis usar as Forças Armadas para impedir manifestações durante o julgamento de Lula. Quiseram assustar a população, mas não houve a invasão prevista pelo prefeito." (MAM)

MERCADO - Mendes Ribeiro (PMDB) propôs ao prefeito Nelson Marchezan Jr. que transfira a administração do Mercado Público para os próprios permissionários. "Hoje, os comerciantes já pagam até R$ 100 mil por mês para manter o Mercado. Por que então não entregar a eles a gestão do espaço?" Mendes lembrou que há problemas antigos do local que hoje se somam a novos: tráfico de drogas no entorno e vendedores ambulantes ocupando calçadas e até paradas de ônibus. "Em visita que vereadores fizeram ao Mercado na última sexta (16/2), ouvimos permissionários e frequentadores. E ficou claro que é preciso sentar, conversar e resolver a situação do local." (MAM)

INTERVENÇÃO - João Bosco Vaz (PDT) afirmou que os problemas do transporte público em Porto Alegre começaram no final da década de 1980, quando com Olívio Dutra como prefeito, houve uma intervenção nas empresas de ônibus. "Foi uma intervenção desnecessária, o município perdeu na Justiça e ficou obrigado a indenizar as empresas em R$ 300 milhões, na época", salientou o vereador ao dizer que essa dívida não foi cobrada pelos empresários do setor, que passaram então a aumentar o preço das passagem: "De la para cá, as passagens não parraram de subir". O pagamento da indenização só começou a ser feito, conforme Bosco, no governo de José Fogaça. (HP)

CRIMINALIDADE - Clàudio Janta (SD) afirmou que a repressão à criminalidade no Rio de Janeiro deverá ter reflexo em outras grandes cidades do país. "O crime é organizado", afimou e salientou: "Já vimos vários tiroteios aqui em Porto Alegre, e ataquues que vimos aqui e em outras cidades não é politica de nossos bandidos". Conforme Janta, com o inicio da repressão no Rio de Janeiro, a criminalidade em outras cidades deverá aumentar. O vereador também criticou o embargo enconomico na Venezuela, que esta causando exodo de pessoas para o Brasil, entre outros países. "Depois não adianta colocar o Exército para combater a crimilalidade", disse ao explicar que é nmecessario combater as drogas e oferecer oportunidades de emprego ao povo. (HP)

CRIMINALIDADE II - Sofia Cavedon (PT) lamentou o fechamento da Escola Estadual Albero Bins, na Vila Cruzeiro, e disse ser esta uma anti-política de segurança e combate à criminalidade. "esta escola poderia ser uma alternativa, ampliando atividades culturias parra a gurizada da Cruzeiro", afirmou. A vereadora também afirmou ser necessario discutir a ques~toa das drogas como fonte de criminalidade: "pessoas de bem compram drogas e financiam isso". Para Sofia, a intervenção militar na questã da segurança não resolve. "Isso tem a ver com drogas, com o sistema penitenciário, com a hipocrisia da sociedade", destacou. (HP)

ATENDIMENTO - Aldacir Oliboni (PT) ressaltou seu descontentamento com a questão dos postos de Pronto Atendimento estendido. Informou que realizou uma visita aos dois Pronto Atendimento criados pelo Executivo e que garantem o horário estendido das 7h às 22h. Oliboni relatou, porém, que presenciou situações delicadas nos locais. “As fichas são distribuídas ao longo do dia e pessoas que chegam pela manhã só são atendidas por volta das 17h30min; muitas vezes, as fichas não são suficientes para a quantidade de pessoas que aguardam”, explica. O vereador destacou ainda que o papel do vereador é fiscalizar e que, como parlamentar, foi comprovar se o programa criado pelo Executivo, através do atendimento estendido funciona de fato e fez um apelo. “Pedimos a ampliação do atendimento e a humanização da população que carece de uma atenção de qualidade.” Conforme o vereador, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) afirma que faltam 215 médicos na Capital e 275 leitos foram fechados, enquanto no HPS faltam 180 técnicos de enfermagem; nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), faltariam 465 enfermeiros. (PB)

ACESSIBILIDADE - Alvoni Medina (PRB) apontou que a falta de piso podotátil, o nivelamento da travessia, a ausência de sinaleiras sonoras e a falta de gradil nas ruas de Porto Alegre foram alguns dos motivos avaliados na visita técnica da acessibilidade promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, presidida por ele. Segundo ele a visita se iniciou nas proximidades do Instituto de Educação e se estendeu até o corredor de ônibus que fica na frente do auditório Araújo Viana, na avenida Osvaldo Aranha. Durante o percurso, os representantes das entidades ligadas às pessoas com deficiência visual e física apontaram “erros” na obra, destacaram como principal problema a retirada do meio-fio, impossibilitando que a pessoa cega caminhe com autonomia, de forma segura pelo local. Medina se mostrou bastante apreensivo com a falta de direcionamento na travessia. “Antes das obras serem finalizadas, é necessária uma fiscalização para prevenir possíveis acidentes nesta via de grande movimento”, destacou, ao frisar que a antiga travessia era mais segura do que a atual. "Vemos equívocos existentes na execução das obras e na maneira de fazer acessibilidade a cadeirantes e a deficientes visuais." (PB)

Textos: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
            Priscila Bittencourte (reg. prof 14806)
            Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)