Plenário

Sessão ordinária / Grande Expediente, Comunicações e Lideranças

Durante os períodos de Grande Expediente, Comunicações e Lideranças na sessão desta quinta-feira (7/5), os vereadores de Porto Alegre falaram dos seguintes temas:

METROPOLITANO - O presidente da Câmara, vereador Mauro Pinheiro (PT), fez um relato sobre as atividades do Parlamento Metropolitano e de tudo o que foi feito desde o seu lançamento em janeiro deste ano. Afirmou que “trata-se de um espaço institucional das câmaras que tem por meta o debate e a resolução dos problemas comuns dos municípios”, observando que “os assuntos que interessam a Porto Alegre e Viamão, por exemplo, tornam-se passiveis de debate no Parlamento”. Para dimensionar a sua importância, revelou que os municípios que participam deste movimento correspondem a mais de 40% do Produto Interno Bruto gaúcho. Adiantou que o próximo passo vai ser o de reunir vereadores e prefeitos para que, de forma pluripartidária, participem na busca de soluções a nível estadual ou nacional para seus pleitos. Concluiu dizendo que a partir de setembro os assuntos comuns começam a ser tratados. Pinheiro é o atual presidente e um dos criadores do Parlamento. (FD)

AGRESSÃO - Jussara Cony (PCdoB) lamentou a violência contra a deputada Jandira Feghali proporcionada pelos deputados Roberto Freire e Alberto Fraga no Congresso Nacional. Disse que a deputada além de ser agredida fisicamente, ouviu do deputado Fraga “que quem fala como homem deve apanhar como homem”. Jussara Cony afirma que é preciso acabar com “esta cultura machista que gosta de destilar seu ódio”. Disse que embora Freire tivesse pedido desculpa, um gesto de grandeza, reconhecido pela própria Jandira, o deputado Fraga, da bancada armamentista da Câmara Federal, não teve a mesma atitude. “Nós mulheres fomos forjadas de uma luta muito difícil, e o homens, como os dois deputados agressores, têm uma certa dificuldade de entender isso”, concluiu, dizendo que está enviando uma moção de repúdio aos agressores. (FD) 

GOLPE - Cláudio Janta (SDD) se solidarizou com a deputada Jandira Feghali pela agressão sofrida por parte de dois deputados no Congresso Nacional. Por outro lado, lamentou a retirada do direito dos trabalhadores quando votou o fim do seguro desemprego e do PIS/Pasep na sessão de ontem. “O governo usou sua máquina para esmagar os trabalhadores com esta medida”. Disse que o reajuste das contas públicas não se faz nas costas dos trabalhadores. Finalizou dizendo que “todos os reajustes que o governo fez ontem foram em cima do Fundo de Garantia, ao tempo que destina bilhões para o BNDES”. (FD)

CRISE - Mônica Leal (PP) disse que em 1º de maio os brasileiros não tiveram muito que comemorar, pois, segundo o IBGE, aumentou a taxa geral de desemprego no Brasil. “Os jovens são os primeiros afetados”, lamentou. “O desemprego ameaça nossa melhor geração. Jovens preparados, com escolaridade, não conseguem trabalho”, afirmou. “São dias difíceis. A repercussão da crise é tão forte que afeta a saúde mental das pessoas.” Mônica ainda lamentou as altas taxas cobradas pelos bancos. “Os bancos fazem o que querem. 220% de juros na utilização do cheque especial é agiotagem institucionalizada”, criticou. (CB)

TRAFICANTES - Delegado Cleiton (PDT) disse que não lembra de episódio como o ocorrido hoje no Condomínio Princesa Isabel, quando a comunidade do local comemorou a morte do traficante Teréu, suspeito de ter matado o traficante Xandi. Recordou que Teréu foi morto dentro da prisão de Charqueadas e que Xandi foi homenageado com um grafite no Condomínio Princesa Isabel. “Já estamos vendo aqui cenas que vemos no Rio”, lamentou. “A Polícia Civil tem feito muito”, afirmou. “Mas queremos, do governo que aqui está e do que entrar, mais investimentos em segurança pública.” (CB)

REGISTRO - Professor Garcia (PMDB) informou que apresentou projeto para obrigar todos os hospitais com maternidade a realizarem convênio com os cartórios de registros de pessoas para que todos os bebês saiam já com seu Registro Civil. “Cada criança tem esse direito. É obrigatório, mas quantas não são registradas? Com a preocupação do bem-estar dessas crianças, queremos discutir com a sociedade, com os cartórios, com as gestantes e com os hospitais”, justificou. “Tem um hospital que já faz isso, e queremos estender o serviço. Porto Alegre quer ser a primeira cidade do país a ter uma lei como essa.” (CB)

ELETRÔNICO - Lembrando que uma das suas metas, ao assumir a presidência da Casa neste ano, era a de instalar um processo eletrônico que permitisse maior agilidade e eficiência à Câmara, Mauro Pinheiro (PT) disse ter ficado surpreendido positivamente ao ser apresentado, nesta semana, ao novo sistema E-proc, desenvolvido pelo setor de Informática. O presidente disse que, ao contrário do que imaginara no início da gestão, a Casa conseguirá implantar um novo sistema de informatização sem nenhum custo adicional, já que o E-proc foi completamente desenvolvido por servidores da Informática da própria Câmara. Ele fez questão de parabenizar a coordenadora do Setor de Informática, Márcia Almeida, e toda a sua equipe, ressaltando o excelente trabalho realizado. "O novo sistema será um grande avanço para a Câmara." (CS)

Textos: Flávio Damiani (reg. prof. 6180)
           Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
           Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)