Plenário

Sessão Ordinária / Grande Expediente e Comunicações

Durante o período destinado ao Grande Expediente e às Comunicações, na sessão ordinária desta segunda-feira (9/7), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

FRAUDE - Pedro Ruas (PSOL) denunciou o que chamou de fraude no Hospital Conceição. Disse que existe uma empresa, a Plansul Planejamento e Consultoria, que presta serviço de limpeza e higienização hospitalar que teria sido contratada em 2009 por 12 meses por R$ 529 mil/mês. “Dois meses depois o contrato foi reajustado em 10% e hoje, depois de 10 aditamentos, está em R$ 918.575,97 mensais.” Ruas disse que o que chama atenção é que o limite máximo para aumento ou reajuste é de 25% e, neste caso, chegou a 73%. Falou que levou o assunto à Procuradoria do Tribunal de Contas e marcou visita à Controladoria da União e ao Ministério Público para tratar do tema. “Não é possível que se continue com essa situação absurda em um hospital público.” (RA)

TRANSPARÊNCIA - Professor Garcia (PMDB) disse que não concorda com a divulgação de nomes e salários de funcionários públicos concursados pela Internet. Para ele, a divulgação de vencimentos de parlamentares e de CCs, porém, é correta. "Até que ponto a transparência pode ir? Estamos vendo milhares de servidores no país sendo expostos, sem segurança." Garcia sugere que se divulgue apenas a matrícula e o salário do servidor, preservando o nome. "Do jeito que está sendo feita a divulgação, só falta revelar o endereço e o CPF do servidor e informar o horário em que ele chega em casa." (MAM)

CHUVA - Nelcir Tessaro (PSD) falou sobre a chuva do último fim de semana em Porto Alegre. Disse que a cidade precisa estar preparada tanto para os períodos de seca como para as grandes quantidades de chuva. Informou que, ao passar perto da ponte do Guaíba, constatou uma grande quantidade de lixo próximo aos trilhos dos trens da Trensurb. Salientou que falta limpeza e que o mesmo problema ocorreu na Rua Dona Margarida, que, segundo ele, ficou completamente alagada, muito em função do lixo não recolhido, que acaba entupindo as bocas-de-lobo. (VBM)

LIXO - Alceu Brasinha (PTB) criticou quem só enxerga as coisas ruins, principalmente quem fez parte do atual governo municipal. Elogiou o trabalho desenvolvido pelo DMLU. Disse que, assim como se cobra do Poder Público, deve-se cobrar da população. Observou que, muitas vezes, passa o caminhão do lixo e, em seguida, alguém está jogando o lixo na rua. Informou que, muitas vezes, já cobrou das pessoas o lixo depositado em local errado ou fora do horário, sem preocupações eleitorais. “É preciso ter coragem para cobrar da população”, concluiu. (VBM)

TRANSPARÊNCIA II - Elói Guimarães (PTB) pediu para que se tenha cuidado aos termos permissivos da lei ao se usar a tribuna da Câmara, sob pena de a TV Câmara ser retirada do ar, referindo-se aos ânimos exaltados de alguns vereadores. Quanto à transparência, com base na Constituição, que assegura o direito à informação do setor público, entende que expor, da forma como está sendo feito, os salários dos servidores compromete a intimidade das pessoas, extrapolando o direito. Disse que não é contra a divulgação dos salários, mas esta deve seguir critérios. (FD)

LIXO II - Paulinho Rubem Berta (PPS) disse que entende que a administração de Porto Alegre é responsável pelo recolhimento de lixo e não se deve responsabilizar a população pela sujeira. Defendeu um trabalho educacional para cobrar de quem suja a cidade, mostrando que, num dia de chuva, os detritos lançados no meio ambiente, principalmente sacos plásticos, entopem os bueiros e acabam dentro dos canais de escoamento de água, entre eles o Arroio Dilúvio. (FD)

LIXO III - Fernanda Melchionna (PSOL) lembrou que não existe projeto transversal de campanhas educativas para recolhimento e separação do lixo. Entende que o Departamento Esgotos Pluviais (DEP), o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e a Secretaria Municipal de Educação (Smed) deveriam estar empenhadas em um planejamento global de coleta e encaminhamento do lixo. Disse que existem contratos milionários para o recolhimento na cidade, mas o serviço deixa a desejar. Finalizou dizendo que só 15% do lixo reciclado e recolhido. (FD)

CHUVA II - João Dib (PP) disse que já fez quase tudo na prefeitura, mas nunca trabalhou no DEP, e entende que é muito fácil chegar à tribuna e falar dos problemas de alagamentos nos dias de chuva provocados pelo acumulo de lixo nas bocas-de-lobo, nos arroios e riachos. “É preciso dizer ao cidadão para cuidar da sua cidade porque ela é minha também”, afirmou Dib. Justificando os transtornos causados à cidade na última sexta-feira (6/7), garantiu que a quantidade de água “foi acima do normal; não pode ser tratado como um dia de chuva normal”. (FD)   

Textos: Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)
Flávio Damiani (reg. prof. 6180)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)