Sessão Ordinária / Grande Expediente e Lideranças
Nos períodos destinados ao Grande Expediente e às comunicações de Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (6/2), os vereadores debateram sobre os seguintes temas:
COMISSÃO - Aldacir Oliboni (PT) discursou sobre a gestão municipal de Porto Alegre, afirmando que a administração dos últimos 12 anos é, praticamente, a mesma que assumiu no início de janeiro. “O ideal seria que auditores independentes fizessem uma auditoria para sabermos qual a real situação financeira do município.” Para Oliboni, os primeiros 30 dias da gestão de Nelson Marchezan Júnior deixaram a desejar pela falta de foco dos atuais gestores, que não estariam preocupados em resolver os problemas presentes nas comunidades que mais precisam do poder público. Ele disse que apresentará um requerimento para a criação de uma comissão especial com o objetivo de averiguar o andamento das obras em Porto Alegre. “Se aprovada, teremos muito trabalho e também satisfação por saber que esta Casa está contribuindo para resolver o problema do trânsito na cidade, que é reflexo do atraso das obras.” (CM)
EMPATIA – “Muitos cidadãos deixaram de acreditar na humanidade”, expôs o vereador Alvoni Medina (PRB), ao comentar sobre os discursos de ódio que foram difundidos pelas redes sociais após as mortes do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, e da ex-primeira dama Marisa Letícia. “Eles banalizam a vida. Nós devemos ter o mínimo de solidariedade com a dor do outro, ela não pode virar palco para múltiplas performances.” Conforme Medina, “estamos vivendo o fim dos tempos, o ódio atingiu o coração dos seres humanos, tornando-os frio e céticos.” Ao finalizar, o vereador disse que quer dedicar o seu mandato para melhorar a vida dos cidadãos da cidade. (CM)
DEMOCRACIA – Sofia Cavedon (PT) cumprimentou todos os vereadores e agradeceu pelas “palavras profundas e bonitas” do colega Alvoni Medina (PRB). “O país vive a descredibilidade do Judiciário, do Executivo e do Legislativo. Estamos em um momento muito grave da democracia, mas o mais grave é a degradação ética e humanitária que atinge mulheres e homens no Brasil.” Relembrando a morte da ex-primeira dama Marisa Letícia, Sofia Cavedon disse que os comportamentos de preconceito e ódio “foram soltos e legitimados por um país que momentaneamente parou a sua democracia”. “Marisa Letícia foi uma guerreira, lutadora e militante. Vamos honrar a memória dessa mulher brasileira, trabalhadora e mãe de família”, terminou a vereadora. (CM)
SATISFEITA - Mônica Leal (PP) iniciou seu discurso dizendo estar honrada por ser líder da bancada progressista. Ela abordou a questão das obras atrasadas na gestão anterior, defendendo a atual gestão do governo. De acordo com ela, o prefeito vem cumprindo com suas promessas de campanha, como a reestruturação de secretarias municipais e a diminuição dos cargos em comissão, entre outras medidas adotadas nos últimos 30 dias. Por último, lastimou a reação nas mídias sociais sobre a morte da ex- primeira dama do Brasil, Marisa Letícia. "A crise moral é que falece o quadro do país nos últimos tempos", encerrou. (MF)
PREOCUPAÇÃO - José Freitas (PRB) inicialmente desejou um bom mandato a todos os vereadores neste ano. Ressaltou também uma preocupação muito grande com a limpeza da cidade, em especial, na Orla do Guaíba. "Nossa querida Porto Alegre está jogada às traças", lamentou. José Freitas ainda disse ser perigoso transitar no local, onde investiu bastante para a questão da limpeza, quando secretário municipal de Segurança. O vereador encerrou sua participação pedindo por mais atenção e cuidado com as ruas da cidade. "Nós somos fiscalizadores e estamos atentos. Peço para que todos tenham um olhar para a orla e as avenidas de Porto Alegre." (MF)
CRÍTICA - "Nem governista, nem de oposição." Assim se declarou o vereador Rodrigo Maroni (PR), "para votar com coerência tanto para assinar uma CPI como para assinar um projeto na Casa". Maroni falou sobre seu descontentamento com a atual gestão do governo, no qual elogiou apenas as partes de publicidade e marketing, classificando a parte política como “um momento lastimável”. Afirmou também problemas de interlocução pela falta de canais de diálogo. “A política é a arte da relação”, disse. Ele também defendeu a antiga Secretaria dos Direitos dos Animais (Seda) e afirmou ser contra a forma de administração dada ao tema, não sendo possível realizar os devidos atendimentos aos animais na cidade. (MF)
RESPOSTA – Ao retomar o assunto da reestruturação da Seda, o Moisés Maluco do Bem (PSDB) falou o sobre o déficit do município, que não torna possível a contratação de profissionais e a manutenção da antiga Secretaria. “Espero que as pessoas entendam que não é uma bandeira eleitoreira, o serviço continuará a ser prestado”, explicou, ainda dizendo que o serviço de saúde que atende a população é mais urgente no momento. (MF)
TARIFA - Ao saudar o prefeito Nelson Marchezan Júnior pela promoção do controle sobre a bilhetagem eletrônica do transporte público individual, Fernanda Melchionna (PSOL) cobrou mais transparência e auditoria no processo que trata do aumento da tarifa de ônibus. Criticou a previsão de aumento "abusivo" e a falta de qualidade dos serviços e benefícios, "a exemplo do ar-condicionado". Defendeu a manutenção do meio passe aos estudantes e a isenção da tarifa aos idosos. Fernanda Melchionna ressaltou, ainda, que o PSOL insistirá na tese da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar questões que envolvem patrimônio e recursos públicos, ao citar o caso que envolve o Departamento de Esgoto Pluvial (DEP). (AS)
OPERADORA - Adeli Sell (PT) ressaltou a importância de estar atento aos problemas das empresas de telecomunicações, ao criticar a operadora Oi, que não estaria oferecendo sinal de telefonia no bairro Belém Velho. "Mas (a Oi) vende serviços inexistentes à população dessa região." Na oportunidade, o vereador destacou a necessidade da escolha isenta do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ao elogiar a conduta do ministro Luiz Roberto Barroso, com relação às exigências para a prestação de serviços das empresas de telecomunicações. (AS)
PROBLEMAS - Cláudio Janta (SDD) criticou as cobranças feitas ao Governo Municipal, lembrando que "35 dias não é tempo suficiente para resolver problemas de décadas". O vereador considera desnecessária a "estrutura monstruosa" no Executivo para oferecer serviços aos munícipes, ao citar temas que envolvem os animais e as pessoas que cuidam dos animais. Com relação ao aumento das passagens de ônibus, o vereador defendeu os trabalhadores, "os quais pagam integralmente o serviço", ressaltando a importância de avaliar alternativas que possibilitem a redução de custos e melhor atendimento aos usuários do transporte coletivo, a exemplo da revisão de itinerários dos ônibus e novas linhas para atender a população. (AS)
TRANSPARÊNCIA - Felipe Camozzato (Novo) reforçou a importância da transparência na discussão sobre o aumento na tarifa do transporte coletivo, ressaltando que o Executivo já se manifestou favoravelmente à disponibilidade das informações pertinentes. Camozzato falou do problema chamado "estado de regulação estatal", ao defender o estímulo da concorrência para prestação dos serviços e a possibilidade de escolha dos usuários. (AS)
Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Angélica Sperinde (reg. prof. 7862)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)