Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Durante os discursos de Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (17/11), os vereadores da Capital trataram dos temas abaixo.

LAVA-JATO - Clàudio Janta (SDD) destacou as prisões de “27 tubarões, 27 financiadores de campanha, grandes empresários”. “Pensei que nunca veria isso na minha vida. Parece o começo de uma Operação Mãos Limpas no Brasil”. O vereador defendeu o fim do financiamento de empresas nas campanhas eleitorais e também das emendas parlamentares no Congresso. “A Operação Lava-Jato vem fazendo um grande bem ao país. Esperamos que esse juiz do Paraná continue convencendo o Supremo a expedir os mandados de prisão e que as investigações prossigam”, ressaltou Janta. (MM)

LAVA-JATO II - Airto Ferronato (PSB) começou relembrando a trajetória política dele, que conta com mais de duas décadas como vereador da Capital. Seguiu falando sobre a Operação Lava-Jato. “Uma roubalheira escancarada. Que democracia é essa, na qual grandes empresas se unem e dão milhões para as campanhas políticas?", indagou. O vereador também classificou de “vergonhosa” a democracia brasileira. “De democracia não tem nada. É uma oligarquia dos capitães das indústrias. Doze mega empresas decidem quem se elege no país todo. É uma vergonha nacional.” (MM)

LAVA-JATO III - Fernanda Melchionna (PSOL) lembrou que o partido dela não tem nenhum parlamentar envolvido nas denúncias, pois não recebe doações de bancos e empreiteiras. “São 59 bilhões de reais em contratos com grandes empresas”, salientou. Disse, ainda, que foram poucas vezes na história de corrupção do Brasil em que os corruptores foram presos. “Queremos a punição deles, dos corruptos e a devolução dos recursos desviados. E também queremos o fim do financiamento privado de campanha.” (MM)

PERDAS - Engenheiro Comassetto (PT) deu continuidade ao debate do período de Comunicações sobre a questão do salário do funcionalismo municipal, que pode ter redução pelos efeitos da aplicação da Emenda Constitucional 19. Disse que isso é consequência da prefeitura não ter um plano de carreira. Sugeriu a criação de uma comissão liderada pelo presidente do Legislativo, que receba as lideranças dos municipários e busque, em audiência com o prefeito, o encaminhamento de um projeto de lei que regularize no salário, o que é percebido pelas gratificações. Reiterou a urgência para que não ocorram surpresas negativas aos servidores na folha de dezembro. (MG)

DIFICULDADES - Cassio Trogildo (PTB) disse que é atribuição dos vereadores fiscalizar os atos do Executivo, mas que cada parlamentar tem sua maneira de atuar. Trogildo afirmou que, antes de ocupar a tribuna para reclamar de alguma secretaria, procura fazer um contato direto com administração, diferentemente do que alguns colegas fazem na Casa. "E prefiro fazer assim porque sei o quanto é difícil gerir um órgão público. E acredito que a maioria dos gestores busca sempre o melhor resultado." (MAM)

GESTÃO – Em nome da oposição, Mauro Pinheiro (PT) disse ter constatado que os vereadores da base do governo municipal também têm ido à tribuna para reclamar da falta de eficiência de algumas secretarias municipais. Lembrou que os secretários municipais foram obrigados pelo prefeito a assinar um contrato de gestão, no início do governo, se comprometendo com a eficiência, e se disse preocupado com a cidade. "Seria mais fácil ficar batendo no governo, mas estou preocupado com a cidade e com a falta de gestão no Município. Está na hora do prefeito José Fortunati cobrar eficiência, pois há muitas obras inauguradas e que não foram realizadas." (CS)

SILÊNCIO – Idenir Cecchim (PMDB) disse que Mauro Pinheiro (PT), ao demonstrar preocupação com a cidade, está se somando ao governo. Lembrou que o atual presidente da Procempa é ligado ao PT. Disse estranhar, no entanto, o silêncio "sepulcral" da bancada petista sobre as denúncias que recaem sobre o governo federal. "A cada dia aparecem mais denúncias contra o governo federal e os partidos que o integram. As obras do PAC eram feitas para arrecadar. A eleição passou, mas o momento é de esperar pelo pior. Está na hora de descobrir tudo que há de podre no reino." (CS)

PROJETOS – Delegado Cleiton (PDT) defendeu a gestão do prefeito José Fortunati e ressaltou que nem sempre os projetos do Executivo coincidem com o que os vereadores da base governista defendem. Lembrou que o próprio governador Tarso Genro foi autor da Lei do Piso do magistério, quando ainda era ministro da Educação, e depois não cumpriu a legislação durante o seu mandato como governador do Estado. "O povo poderá avaliar o governo do prefeito José Fortunati daqui a dois anos." (CS)

DENÚNCIAS – Reginaldo Pujol (DEM) disse que a presidenta Dilma Rousseff será mantida na presidência apesar de mais de 50% dos brasileiros não concordarem com a situação do país, que, segundo ele, está dividido. Pujol lamentou que rotulem de golpistas aqueles que pregam que as denúncias de desvios envolvendo pessoas ligadas ao governo federal sejam apuradas. "Há desmandos e desvios de recursos, um assalto aos cofres públicos." O vereador avalia que muitas outras denúncias ainda deverão surgir a partir de agora. (CS)

Texto: Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
          Milton Gerson (reg.prof. 6539)
          Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
  Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)