Sessão Ordinária / Lideranças e Grande Expediente
Nos períodos destinados ao Grande Expediente e às Lideranças, na sessão desta segunda-feira (23/5), os vereadores trataram dos seguintes temas:
ADOÇÃO - Elizandro Sabino (PTB) falou sobre a Semana Municipal de Incentivo à Adoção de Crianças e Adolescentes, lei aprovada de sua autoria. “O tema da adoção é extremamente importante e não deve ser debatido somente na semana alusiva ao evento”, declarou Sabino. O vereador também informou dados sobre o assunto: “Segundo os dados do Conselho Nacional de Adoção, em Porto Alegre, cerca de 90% pretendiam adotar crianças entre 0 a 5 anos; apenas 4,61% das crianças se encaixavam nesse perfil. Querem uma criança branca, de olhos azuis e loira”. Por fim, Sabino comentou sobre o apadrinhamento afetivo, que é permitir que a criança passe um tempo com a pessoa sem implicar qualquer vínculo jurídico. (AZ)
GOLPE - Jussara Cony (PCdoB) comentou sobre a conversa vazada do ministro do Planejamento, Romero Jucá, com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que o político sugere pacto para deter avanço da Lava-Jato. “Exigimos a exoneração de Jucá e a prisão de Temer”, bradou Jussara. A vereadora chamou o atual governo de “golpista, corrupto e corruptor”, e fez críticas aos políticos no suposto esquema: “esses homens têm que ser presos”. (AZ)
ZOOLÓGICOS - Rodrigo Maroni (PR) defendeu a extinção dos zoológicos. “Temos a cultura de que devemos ensinar sobre os animais sob a perspectiva do zoológico. Isso pode acabar com a sensibilidade dos seres humanos. Temos que ampliar essa discussão”, afirmou Maroni. Como exemplo, o vereador falou sobre uma tentativa de suicídio que ocorreu no Chile no último sábado (21/5): “O rapaz se jogou em uma jaula e dois leões foram mortos. Isso gera um “desensinamento” sobre os animais”. (AZ)
RELATÓRIO - Valter Nagelstein (PMDB) esteve em São Paulo para participar do 1º Seminário Instrumentos Urbanos Inovadores, realizado na Câmara Municipal da cidade. Uma das questões abordadas foi a da requalificação urbana, e um dos exemplos que o vereador deu foi a da capital de Minas Gerais: “Em Belo Horizonte, a prefeitura de lá desenvolveu um projeto de intervenção urbana simplificada que está dando certo”. Depois, a comparou com Porto Alegre, em questão de infraestrutura. “Espero que possamos aplicar esse tipo de intervenção aqui na cidade. Há muito por ser feito”, declarou Nagelstein. O vereador encaminhou seu Relatório de Viagem à Escola do Legislativo. (AZ)
PAÍS - Idenir Cecchim (PMDB) criticou discurso de Jussara Cony (PCdoB) e afirmou que "PCdoB talvez seja o partido que mais ganhou dinheiro do governo com ONGs que lhe pertencem". Refutou qualquer insinuação de que o governo interino do vice-presidente Michel Temer seja golpista e afirmou que presidenta Dilma Roussef não tem mais chances de voltar à presidência. "No Brasil, os (manifestantes) pagos vão para as ruas. O PT é partido que deixou o país com 12 milhões de desempregados, quebrou a Petrobras, os Correios, os fundos de pensão e o Banco do Brasil. Quebrou essas instituições porque desviou dinheiro. Tem de prender todos. Quando eles ainda eram amiguinhos do (Eduardo) Cunha, vim a essa tribuna pedir a expulsão dele do meu partido. Se ele for preso, não vou defender. Todos tem de falar e cobrar de quem tem culpa no cartório. Mas não se pode esquecer dos que estão presos e que iludiram os eleitores. Se eu fosse o Temer, pediria investigação para todos os ministros." Ao final de seu discurso, Cecchim ainda elogiou a Brigada Militar e a Polícia Civil, "que estão defendendo a sociedade e enfrentando bandidos como eles precisam ser enfrentados". (CS)
DENÚNCIAS - Sofia Cavedon (PT) criticou o teor das gravações da conversa do Ministro do Planejamento, Romero Jucá, do PMDB, com o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. Para ela, "houve um golpe contra a presidente Dilma, orquestrado por Romero Jucá, Eduardo Cunha, Michel Temer e outros políticos corruptos. A vereadora afirmou que houve um "complô de lideranças do PMDB com outros partidos para derrubar a presidenta Dilma e barrar a Operação Lava-Jato". (JC)
EXPLICAÇÕES - Jussara Cony (PCdoB) cobrou explicações do PMDB, partido de Jucá, sobre a conversa do ministro do Planejamento. Os caciques do PMDB, juntamente com alguns aliados, orquestraram o golpe. Ela cobrou que o vereador Idenir Cechim (PMDB) explique o "golpe para derrubar Dilma, tramado pelo PMDB, seu partido". "É difícil defender o indefensável, mas aguardo explicações", ponderou. Jussara também criticou a ação da Rede Globo, classificando a empresa como mídia golpista. A vereadora ainda afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) também está comprometido nas suas ações para "compactuar, permitir o golpe e blindar políticos ficha suja". (JC)
LAVA-JATO - Para Claudio Janta (SD), é muito importante que as denúncias na mídia, como as veiculadas nesta segunda-feira, sigam acontecendo no país. "É importante seguir havendo investigações e denúncias da imprensa, seja contra quem for. Quem deve precisa ser punido", afirmou. Janta também disse que ele e seu partido vão seguir fiscalizando os governantes, independente do partido. "O que precisamos é que este país cresça e se desenvolva. Nós do Solidariedade não vamos admitir que a Operação Lava-Jato pare. Todas as investigações de corrupção devem seguir adiante. Nós não defendemos bandido nenhum, por isso fomos a favor do impeachment", disse o vereador. (JC)
REFORMA - Mauro Pinheiro (Rede) lembrou as manifestações populares ocorridas no Brasil nos últimos anos e observou que a forma como está sendo conduzido o processo de impeachment não era a que o povo esperava. Ele defendeu a queda do ministro do Planejamento, Romero Jucá. "Afinal, o presidente interino Michel Temer precisa dar explicações para a sociedade e trocar o ministro Jucá o quanto antes". Pinheiro defendeu a reforma política, garantindo ser necessário "um novo modelo constituinte, passando o Brasil a limpo. Não adianta apenas trocar o governo, pois na situação que está não basta trocar os nomes, mas sim rever o sistema político", disse. (JC)
Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Jonathan Colla
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)