Plenário

Sessão Ordinária/Lideranças

Na sessão ordinária desta quarta-feira (6/8), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos durante o período de Lideranças:

DEPÓSITO - Bernardino Vendruscolo (PROS) trouxe fotos da Rua Coronel Neves e afirmou que o local está virando um depósito de lixo. “Os vizinhos batem na minha porta e perguntam se eu ainda sou vereador. Me perguntam se não posso fazer nada!”, ressaltou Vendruscolo. De acordo com o vereador, o problema existe há três anos. “Imagino que tenha alguém responsável, o assunto já está se tornando algo constrangedor”, disse. (TA)

PADRÃO FIFA - “Acabou a Copa e os problemas de Porto Alegre estão ressurgindo”, afirmou o vereador Cláudio Janta (SDD). “Parece que durante a Copa estávamos vivendo dentro de um casulo”, disse. Durante sua fala, o vereador também criticou o mau estado das ruas da cidade. “Não existe uma rua sem buraco e sem sujeira. Gostaríamos que a nossa Capital também tivesse padrão Fifa em transporte, saúde e saneamento”, destacou. (TA)

NORMA I - Mônica Leal (PP) criticou a norma que impede as instituições de ensino, públicas e privadas, de expulsar, suspender ou afastar alunos com problemas disciplinares. A vereadora afirmou estar chocada com a situação e ressaltou que a proposta impediria que os educadores agissem em casos violentos. “O aluno infrator vai estar protegido, esta norma é um absurdo. É um exemplo da falência do papel da autoridade. Estamos vivendo a cultura do sem limite”, conclui a vereadora.  (TA)

NORMA II - Elizandro Sabino (PTB) afirmou que o tema trazido pela vereadora Mônica Leal é um assunto polêmico. “Ouvimos muito falar que o Estatuto da Criança e do Adolescente prega direitos, no entanto, não preconiza deveres”, disse. "Mas isso não é verdade", acrescentou. De acordo com o vereador, os jovens devem ser alvo de proteção. “Devemos ter cuidado, a adolescência é um momento transitório e merece atenção”, ressaltou.

GENOCÍDIO - Pedro Ruas (PSOL) defendeu a aprovação da Moção de Solidariedade ao povo palestino e se sensibilizou com a população do local. Segundo Ruas, a moção representa o sentimento de Porto Alegre, “uma cidade que sabe ser solidária sim, e, tanto quanto o mundo, se choca com as imagens das crianças mortas, das mulheres massacradas, dos homens e dos idosos”, disse. O vereador também classificou como um genocídio e um ataque à humanidade a situação na Faixa de Gaza. “Diga basta ao genocídio, diga que ele não pode continuar”, afirmou. (JM)

CCs - Engenheiro Comassetto (PT) criticou a fala da vereadora Mônica Leal (PP) sobre a situação dos trabalhadores da Fasc. Comassetto defendeu a redução do número de cargos de CCs. “Retirem-se os cargos de CCs que vai ter dinheiro para fazer a assistência social”, falou o vereador, afirmando que a medida reduziria o impacto na folha salarial. O vereador também se solidarizou ao povo palestino. “Não podemos permitir que um povo indefeso, uma sociedade toda seja aniquilada diante dos olhos do mundo. Essa Casa não se calará”, disse.(JM)

COPA - Tarciso Flecha Negra (PSD) lembrou de parte da população que perdeu casas com a realização da Copa do Mundo no Brasil. “Quem perdeu com essa Copa? Não foi o treinador, não foi o jogador, não foi o torcedor”, disse. O vereador disse se sentir triste por “não poder contribuir mais para essas pessoas”. Tarciso ainda citou a precariedade da saúde e outras áreas, o que dificulta ainda mais a situação. (JM)

PALESTINA - Jussara Cony (PCdoB) cobrou do governo as promessas feitas aos servidores municipais e saudou a luta dos trabalhadores da Fasc. Para a vereadora, os funcionários têm uma “visão estratégica do seu significado para a qualidade de vida do povo de Porto Alegre”. Cony também citou seu primeiro mandato como vereadora de Porto Alegre, em 1988, e a situação dos palestinos na época. A vereadora lembrou que Porto Alegre foi sede do Fórum Social Mundial pela Palestina Livre. “Viva a liberdade dos povos, nós só teremos paz com a paz da Palestina”, finalizou. (JM)
 
FASC I – Kevin Krieger (PP) defendeu Mônica Leal (PP), acusada por Engenheiro Comassetto (PT) de não apoiar o projeto da Fasc. “Durante o recesso parlamentar, Mônica, como líder do PP junto ao governo, foi fundamental para que este projeto pudesse andar e chegasse novamente nesta Casa. Comassetto falou que o governo está criando 43 cargos, mas estamos diminuindo de 47 para 43. São poucos os governos que colocam a direção técnica composta com o quadro de servidores. A verdade precisa ser dita. O governo do Estado criou 3 mil cargos de confiança”, afirmou. “As lutas e brigas não são simples. Os trabalhadores da Fasc também colaboraram muito com este projeto”, acrescentou o vereador. (MK)
 
PALESTINA II – Fernanda Melchionna (PSOL) destacou a importância da aprovação de uma Moção de Solidariedade à Palestina pela Câmara. “São 1.800 mortos até agora. Mais de 300 crianças falecidas. Temos aqui presentes o povo palestino que já viveu de 2008 a 2009 um dos maiores massacres contra o direito de um povo. Não podemos silenciar diante desta violência. Precisamos nos pronunciar novamente contra o genocídio. Queremos pedir o voto de cada um dos vereadores em solidariedade ao povo palestino. O povo palestino precisa ser livre e soberano." Melchionna também ressaltou a importância da aprovação do projeto do Executivo relativo ao Suas na Capital. “Nós queremos o compromisso do governo de que não vai tirar o quórum hoje e vai votar este projeto. Hoje não aceitaremos manobras.” (MK)
 
FASC III – Reginaldo Pujol (DEM) observou sobre a relevância de ser votado, hoje ainda, impreterivelmente, o projeto de reestruturação da Fasc. “Quero, em homenagem aos servidores da Fasc, dizer que a luta de vocês não será em vão. Vamos decidir tudo hoje, no limite da nossa responsabilidade. Precisamos votar conscientemente e coerentemente, fazendo as retificações necessárias e pensando nas consequências previsíveis desta construção política”, alertou. (MK)

FASC IV – Mário Fraga (PDT) pediu em Plenário para que todos os vereadores aguardassem a Mensagem Retificativa assinada pelo prefeito José Fortunatti nesta tarde. A Mensagem altera itens do projeto que reestrutura a Fasc. “Vamos aguardar esta Mensagem e iremos à votação. Não temos como votar algo na Ordem do Dia de hoje que não seja a Fasc”, ressaltou. (MK)

ARGENTINA - Valter Nagelstein (PMDB) falou sobre a viagem que fez ao país vizinho, onde um ato lembrou o atentado na sede da Asociación Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires. “Foi o maior atentado já realizado na América Latina. É uma tragédia que permanece aberta, porque até hoje os responsáveis não foram punidos. Eles estão refugiados no Irã, mesmo tendo uma ordem de prisão da Interpol”. Segundo ele, o ato organizado pelo Hezzbolah poderia ter sido feito no Brasil. “A escolha foi pela Argentina porque a comunidade israelita lá é maior do que aqui”. Criticou os partidos de esquerda por defenderem regimes que não prezam pelos direitos das mulheres e dos homossexuais. “Não há nenhum. É uma visão hipócrita da esquerda brasileira, que encerra um preconceito anti-semita”. (MM)

Texto: Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
          Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)
          Mariana Kruse (reg. prof. 12088)
          Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)