Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Sessão ordinária
Movimentação em plenário na primeira sessão do ano (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Na primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre no ano Legislativo de 2017, após o recesso de verão, nesta quarta-feira (1º/2), os vereadores falaram no período de Comunicação de Lideranças sobre os seguintes temas:

TRABALHO –  Falando sobre a primeira gestão do Partido Novo no Legislativo municipal, Felipe Camozzato disse que é necessário que todos os vereadores trabalhem juntos para entender o momento crítico que a cidade está passando e buscar superá-lo. Ele dedicou o tempo na tribuna para falar sobre o fato de Porto Alegre ser um dos piores lugares entre as capitais brasileiras para abrir negócios. “Espero que possamos mudar isso para nos tornarmos uma referência nesse segmento no país. Independentemente de partido ou bancada, que nós possamos avançar nas melhorias para a cidade”. Camozzato ainda citou que o Paraguai flexibilizou a legislação e tem atraído investimentos e empreendedores de todo o mundo e, assim, aumentado o fluxo de capital. Por fim, ele desejou que “daqui a quatro anos possamos admirar ainda mais Porto alegre”. (CM)

INSATISFAÇÃO - Rodrigo Maroni (PR) afirmou que está insatisfeito com o início da nova gestão municipal no Executivo. “Infelizmente, essa mudança administrativa não tem me agradado em nada, principalmente pela causa que eu defendo”. Maroni se refere à extinção da Secretaria dos Direitos dos Animais (Seda) ocorrida com a reforma administrativa sugerida por Marchezan Jr e aprovada na Câmara Municipal no início de janeiro. Conforme os dados apresentados pelo vereador, depois da mudança os animais ficaram praticamente sem receber atendimento. “São vidas perdidas em todos os estágios de saúde. Este é um momento profundamente triste para os animais”. Maroni comunicou que na próxima quarta-feira ocorrerá um ato de repúdio em frente à Prefeitura Municipal e convidou os colegas da Casa a participar do ato. (CM)

BOAS VINDAS – “Quero dar as boas-vindas ao colega Matheus Ayres (PP), um sociólogo com bastante conteúdo que será um incremento de qualidade para esta Casa”, iniciou o Professor Wambert (PROS). O vereador explicou o que para ele é o verdadeiro significado da política citando frases de São João Paulo II que dizia que “a política é a forma mais elevada de exercer o amor e a caridade” e do Papa Francisco, que afirma que ela “é uma forma excepcional de oferecer um serviço”. Wambert frisou que o papel do político é a busca pelo bem comum, um bem que é para todos e para cada um. “Ainda que tenhamos o nosso nicho de eleitorado, cada um de nós representa aqui toda a cidade, representamos aqueles que, talvez, jamais votariam em nós. Estamos aqui para prestar um serviço de qualidade à Porto Alegre”, encerrou. (CM)

PROPOSTA- Roberto Robaina (PSOL) iniciou seu discurso propondo uma demanda de investigação no Departamento de Esgotos Pluviais (DEP). Robaina pretende conseguir apoio do legislativo para uma CPI e lembrou da operação deflagrada pela Polícia Civil, que incide em investigações de irregularidades apontadas no departamento. Citou também o incêndio no DEP e clamou para que a Câmara não fique fora do caso. Disse estar buscando apoio de vereadores para encarar um dever dos parlamentares para que a Casa contribua com investigação de finanças públicas. “É uma luta e não disputa política, nós vamos lutar para convencer o maior número de vereadores”, concluiu. (MF)

CIDADE - Após saudar a posse de Matheus Ayres (PP), Adeli Sell (PT) destacou a importância de iniciar debatendo problemas da cidade. Em sua observação, hoje está mais difícil em conseguir alvarás para empresas. “Temos que focar em legalizar empresas, mostrar como se faz, como se articula e os processos que têm", disse. Adeli também falou a respeito do diálogo para exercer um bom trabalho na Casa. “Temos que dialogar entre nós, que temos visões comuns sobre esses temas”, constatou. O vereador encerrou sua participação afirmando que não faltará forças para trabalhar pela cidade. (MF)

AGRADECIMENTOS – Em seu primeiro pronunciamento na Câmara, Moisés Maluco do Bem (PSDB) agradeceu aos colegas presentes. Ao relembrar sua trajetória, ele falou sobre a rede de ação social "Malucos do Bem”, na qual atuou realizando trabalhos sociais e afirmou ser a bola precursora que o colocou no lugar em que está hoje. O vereador também falou sobre a questão da Seda, dizendo acreditar na atual gestão para as medidas que foram tomadas. Ainda agradeceu a todos aqueles que acreditaram nele e nos valores éticos e morais. Encerrou seu discurso defendendo uma ação contra o populismo. (MF)

COMÉRCIO – Idenir Cecchim (PMDB) falou sobre a importância da qualidade de vida para a população e sobre a dificuldade de empresas em conseguir alvarás. Cecchim criticou a demora em conseguir o documento. De acordo com o vereador, já foi um processo mais ágil e hoje não tem tanta facilidade. Ele fez também uma constatação em relação ao comércio no centro da Capital, onde esteve testemunhando comerciantes com produtos irregulares, destacando imigrantes. (MF)

CRISE - Fernanda Melchionna (PSOL) disse que o cenário econômico atual é de crise e arrocho salarial sobre os trabalhadores, com desemprego recorde. Defendeu que a Câmara discuta projetos e demandas que ajudem o povo e lamentou o que considera "desmonte de serviços públicos" promovido pelos governos federal e estadual. Também criticou que o governo do Estado esteja utilizando o Banrisul como "moeda de troca" em negociações com o governo federal para futura privatização. Fernanda disse ainda que a oposição exigirá explicações sobre as finanças do município, em função da "guerra de números" entre o governo atual e a administração anterior. Criticou o "discurso de catástrofe" feito pelo prefeito Nelson Marchezan Jr e informou que, na próxima segunda-feira (6/2), deverá ser votado o requerimento para convocação do secretário municipal da Fazenda prestar contas sobre as finanças municipais. Também defendeu a aprovação de requerimento propondo uma investigação no DEP, em função do "escândalo de corrupção que envolve ao menos R$ 5 milhões". (CS)

Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
           Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
           
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)