Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Durante o período de Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (12/5), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

TRANSPORTE - Pedro Ruas (PSOL) denunciou irregularidades no sistema de transporte coletivo de Porto Alegre. Segundo o vereador, existe uma formação de cartéis entre as empresas participantes. Ruas apresentou a matéria do jornalista Carlos Rollsing na Zero Hora de hoje que “mostra que essas empresas tratam a concessão pública como um negócio privado. Compram e vendem empresas entre si”. O vereador classificou a ação como estelionato e questionou a fiscalização da EPTC e da prefeitura. Lembrou também do pedido de CPI para o transporte, que conta com 10 assinaturas – enquanto são necessárias 12 para iniciar o inquérito.(JM)

RESISTÊNCIA - Tarciso Flecha Negra (PSD) lembrou da sanção da Lei Áurea no Brasil no dia 13 de maio e a luta pela liberdade do povo negro. “O que derrubou a escravidão foi a resistência de heróis e heroínas negros”, falou Tarciso. O vereador também convidou os demais colegas e a população em geral para o evento Resgatando o Treze de Maio: O orgulho de quem somos, que reunirá duas exposições – uma fotográfica e outra em painéis – sobre o tema na Câmara Municipal. (JM)

SERVIÇO PÚBLICO - Clàudio Janta (SDD) reafirmou a importância da CPI do Transporte Coletivo em Porto Alegre a partir dos fatos noticiados na imprensa e a fala do vereador Pedro Ruas (PSOL). “Eu acho que é imprescindível que esta Casa tome uma postura. Não podemos esperar a Justiça ou qualquer outro órgão abrir essa Caixa de Pandora que é o transporte coletivo”, disse. Janta também apresentou seu projeto para criação de uma agência reguladora de serviços públicos e reclamou dos grandes fundos de pensão, que estão com déficit e que “foram pedir ajuda” ao governo.(JM)

CORRUPÇÃO - Bernardino Vendruscolo (PROS) cumprimentou seu companheiro de partido, Ciro Gomes, que denunciou no jornal O Sul de sábado o PROS por “querer colocar um corrupto em Ministério”. “É assim que temos que agir, temos que ter coragem de nos indignar e denunciar”, argumentou o vereador. Vendruscolo também afirmou que os focos de corrupção estão em todos os segmentos da sociedade. “O que há na sociedade é uma grande covardia em denunciar esses corruptos”, falou.(JM)

FORTALECIMENTO - Delegado Cleiton (PDT) lembrou que é preciso fortalecer as comemorações que dignifiquem a raça negra. Ao fazer referência à data da Abolição da Escravidão no Brasil, 13 de maio de 1888, o vereador citou a luta do movimento negro por direitos básicos de convivência. Delegado Cleiton afirmou que é preciso combater o racismo com políticas públicas abrangentes. (JD)

LEITE - Airto Ferronato (PSB) citou a cobertura da mídia gaúcha nas denúncias contra produtores de leite, os quais estariam misturando substâncias tóxicas aos laticínios. O vereador apresentou um projeto que estipula a todos os estabelecimentos que comercializam leite que deixem de vender os produtos denunciados ou coloquem um cartaz informando aos clientes quais são as marcas delatadas.(JD)

BOLSA FAMÍLIA - Sofia Cavedon (PT) elogiou o programa federal Bolsa Família. "As demandas dos mais pobres foram incluídas na economia brasileira por causa do Bolsa Família", afirmou. A vereadora relatou que o Brasil não poderia mais continuar acumulando riquezas enquanto muitos brasileiros estavam passando fome e lembrou que o Bolsa Família proporcionou a muitas famílias uma revolução estrutural.(JD)

SEGURANÇA - Mônica Leal (PP) afirmou que a segurança pública está deixando a desejar nas esferas municipal, estadual e federal. "A falência do Estado está declarada", atestou. A vereadora lembrou que é dever do Estado prestar segurança a todos os cidadãos para que não ocorra a descrença total da população com as autoridades. Mônica encerrou afirmando que a sociedade brasileira está expondo suas denúncias nas redes sociais, em vez de procurar os órgãos públicos competentes para fazerem seus relatos.(JD)

ALVARÁS – Idenir Cecchim (PMDB) lamentou que o Município tenha diminuído em 71% o número de alvarás concedidos em Porto Alegre. Ele alertou que a lei estadual que trata da prevenção a incêndios ainda não foi regulamentada e não está em vigência. "A Procuradoria do Município está abrindo mão de arrecadar recursos. A lei estadual só entra em vigor depois de regulamentada. É uma covardia que os municípios se utilizem dessa lei para não concederem alvarás. É hora de cuidar de quem deseja empreender."(CS)

Textos: Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)
           Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
           Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)