Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Nos tempos de comunicações de Líder, na tarde desta quarta-feira (16/12), na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores discutiram os seguintes temas:

PROJETOS - Clàudio Janta (SD) falou sobre projetos votados, em relação ao transporte público da Capital. Janta destacou que a Câmara trabalha junto ao Executivo para que projetos sejam concretizados e a população porto-alegrense, beneficiada. "Trabalhamos sempre em prol do cidadão, dos direitos e que não haja injustiça para pessoas que pagam impostos", disse. O vereador citou ainda a ocupação realizada por moradores que correm risco de perder moradia. "Temos um Judiciário que não se preocupa com a vida do povo, em pleno dezembro, prestes a serem despejadas. Chega de trazer problemas para a Câmara, principalmente aqueles causados pelo poder Judiciário." (CPA)

PARADAS - Márcio Bins Ely (PDT) fez um apelo ao prefeito José Fortunati e ao vice-prefeito Sebastião Melo, ao destacar as paradas de ônibus localizadas na Avenida Padre Cacique. "Ao passar por diversas paradas nas ruas da cidade, vejo que, na Osvaldo Aranha, por exemplo, as paradas são pintadas de verde, na Perimetral, são pintadas de amarelo. Gostaria de pedir ao governo para que pintem as paradas próximo ao Beira-Rio de vermelho." Bins Ely destacou que, para caracterizar a rua, as paradas próximas ao estádios poderiam ser pintadas da cor do clube. (CPA)

OCUPAÇÕES - Engenheiro Comassetto (PT) destacou os problemas no setor habitacional de Porto Alegre. "Ontem, na Cuthab, tivemos duas reuniões para tratar sobre ocupações. Temos na Capital, mais de 700 vilas irregulares", disse. O vereador falou ainda que muitas famílias estão desabrigadas e perderam grande parte de móveis e roupas. "As máquinas entram dentro das comunidades e levam, como se fossem lixo, eletrodomésticos, fotos, lembranças e a esperança." (CPA)

AUDIÊNCIA - Jussara Cony (PCdoB) falou sobre a audiência pública realizada na Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira. "Estamos enfrentando problemas sérios nas questões habitacionais de Porto Alegre", disse. Jussara lamentou ainda a agressão sofrida pela vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) e representantes das ocupações durante manifestação. "Foram agredidas pessoas honestas, parlamentares e pais de família. Não é na base da violência que vamos resolver alguma coisa. Me sinto em tempos de ditadura." (CPA)

ESPORTE - Tarciso Flecha Negra (PSD) destacou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está convocando novas eleições para vice-presidente e que, no recesso do campeonato brasileiro de futebol, é preciso aproveitar esta eleição para acabar com a corrupção no esporte. "A corrupção faz manobras prejudiciais para o esporte brasileiro e devemos erradicar esta doença para que tenhamos um futebol bem sucedido e limpo", disse. O vereador ressaltou que os casos de corrupção na CBF são escandalosos e que servem de exemplo de como não se deve gerir os esportes. "Queremos uma profunda reforma desportiva, especialmente no futebol, para não ter mais que falar em corrupção", concluiu. (JD)

OCUPAÇÕES II - Idenir Cecchim (PMDB) afirmou que as desocupações e reintegrações de posse que vêm ocorrendo nos últimos dias mostram o momento grave vivido por Porto Alegre. "Contudo, acho que nós devemos ter muito juízo quando defendemos ocupações", disse. O vereador destacou que esteve presente em uma das ocupações de Porto Alegre e que a conversa da população com o governo foi tranquila e calma. "Não podemos partir para a violência e para a ameaça e acho que nós todos devemos aproveitar este espírito natalino para nos aproximarmos como pessoas e cidadãos", ressaltou. Cecchim disse que quem precisa de moradia terá o apoio dos governos federal, estadual e municipal, mas não se pode nunca partir para a violência. (JD)

VIOLÊNCIA - Alberto Kopittke (PT) afirmou que a Praça da Matriz, em Porto Alegre, é palco de grandes conflitos com governos que abrem mão do diálogo e partem para a violência. "É uma violência o que aconteceu na frente da Assembleia Legislativa, pois não se resolvem problemas sociais com violência policial", disse. O vereador destacou que já foi preso durante três horas, acusado de ter desacatado a polícia, sendo que estava apenas exercendo o seu papel de cidadão. "Os atos violentos da Brigada Militar são inadmissíveis, e eu não quero que o Rio Grande do Sul vire São Paulo, onde jovens são fuzilados pela polícia", ressaltou. Kopittke afirmou que não é possível que se avance com a violência contra o povo, pois, com esses atos, quem sofre é a democracia brasileira. (JD)   

AGRADECIMENTO - Fernanda Melchionna (PSOL) agradeceu a todos que mandaram mensagens de apoio a ela, após ter se envolvido em um conflito com a Brigada Militar na Assembleia Legislativa. "É pela luta do povo, que clama por moradia, que eu enfrento a polícia, e não vamos aceitar violência policial sem justificativa plausível", disse. A vereadora destacou que há 40 reintegrações de posse em iminência no Rio Grande do Sul e que é preciso lutar para que os cidadãos não tenham as suas casas invadidas. "Eu estou verdadeiramente cansada da criminalização dos movimentos sociais, cansada do discurso daqueles que não sabem o sofrimento que o povo passa", lamentou. Fernanda afirmou que não irá silenciar frente aos abusos policiais e que continuará na luta com os movimentos sociais pelos direitos do povo. (JD)

Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
          Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)