Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário.
Movimentação de plenário na sessão desta quarta-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Na tarde desta quarta-feira (14/2), nos tempos de Lideranças, vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos:

EDUCAÇÃO -  “O secretário (municipal de Educação) tem feito bobagem, coisa de quem não conhece a realidade”. Ao fazer esta afirmação, em referência a Adriano Naves de Brito, o vereador Prof. Alex Fraga (PSOL) lamentou notícia do fim da chamada hora-atividade, período no qual professores usavam para preparar aulas e provas, sem estarem na escola. “O secretário obriga todos a cumprirem essa parte da jornada de trabalho dentro das escolas”, destacou e completou: “Quem conhece sabe que as salas de professores mal têm espaço para descanso na hora do recreio”. O vereador lembrou que, em casa, os professores contam com recursos próprios, como computador e livros, que nem sempre estão disponíveis nas escolas. “Fica o alerta. Não é racional nem produtivo obrigar a fazer o planejamento semanal num local que não tem espaço físico e nem equipamentos”. (HP)

CAPINA – Com a presença de Ramiro Rosário, secretário de Serviços Urbanos da Capital, no Plenário Otávio Rocha, Aldacir Oliboni (PT) solicitou a atenção para a necessidade de serviços de capina na cidade. “A impressão é de que Porto Alegre está abandonada. Em algumas regiões, o mato é muito alto”, lamentou. “Reforço aqui apelo para um esforço maior (de capina e roçada) e pela renovação dos contratos (de limpeza), e que se ofereça ao cidadão uma cidade mais aprazível”. Oliboni também lembrou que os políticos e gestores públicos foram temas de críticas em desfiles de escolas de samba no Rio de Janeiro. “Foi uma exposição da dura e triste realidade brasileira, mostrando a insatisfação do povo”, disse ele. “Jamais se viu esta enorme rejeição à classe política”, destacou, ao dizer que alguns governantes deixam a desejar ao trabalharam para retirar direitos e conquistas de trabalhadores. (HP)

RINHAS – Rodrigo Maroni (PODE) lamentou que ainda existam, mesmo em Porto Alegre, locais sediando arenas para rinhas de galos e de cães pitbull. “Quem está envolvido são grandes empresários e grandes traficantes e pessoas de grandes poderes”, disse o vereador, ao citar os bairros Chácara das Pedras e Tristeza como alguns dos locais da Capital onde, em casas alugadas ou compradas, funcionam estas arenas. “A estimativa, hoje, é de que existam 8 mil rinhadeiros no Rio Grande do Sul”, disse Maroni, ao lembrar que esta prática é ilegal, mas envolve altas somas de dinheiros, na criação de animais ou em apostas. “Não são pobres de colônia (que fazem isto). Existem galos que custam de R$ 15 a R$ 20 mil”, disse, lamentando ainda a dificuldade de se conseguir mesmo mandatos judiciais para entrar nesses locais. (HP)

CARNAVAL – Clàudio Janta (SD) lamentou que Porto Alegre não tenha figurado no noticiário nacional, e mesmo local, dos finais de semana, quando o carnaval em várias cidades foi destaque. “O Rio de Janeiro recebeu quase 2 milhões de pessoas”, lembrou, ao citar ainda Salvador, Recife e São Paulo, além de cidades do interior de Minas Gerais, Florianópolis e o Estado do Maranhão. “Se calcularmos que cada turista, nessas cidades, gastou R$ 200, olhe o que foi movimentado na economia”, estimou Janta. “Em compensação, vimos nossa cidade não ter nada”. O vereador recordou também que cidades do Estado, como Jaguarão, Alegrete, Rio Grande e Pelotas, igualmente figuraram em notícias por conta do carnaval. “Inclusive cidades que não usam recursos públicos”, destacou ao salientar: “Não defendo o uso de recursos públicos, mas parcerias para realizar este evento reconhecido no mundo inteiro”, Conforme Janta, o poder público deve buscar parcerias, com o objetivo de movimentar a economia. “Na nossa cidade, isso não vem ocorrendo. Aqui está abandonado (o carnaval)”. (HP) 

CARNAVAL II - Marcelo Sgarbossa (PT) considera que a Prefeitura não tentou minimamente organizar ou fornecer condições para a realização dessa festa tão popular por todo o Brasil, que é o carnaval. O vereador ainda lamentou que alguns veículos da imprensa deram mais ênfase à sujeira em detrimento à imagem da Prefeitura ociosa. “Foi assim no réveillon e foi assim no carnaval. Lógico que não estamos defendendo o lixo, queremos defender uma opção não paga”, disse. “Muitas vezes, as forças para organização e realização destes eventos já estão na sociedade. Gostaríamos que a Prefeitura tivesse um papel proativo, não continuando esse discurso de crise, que só atesta falta de ação", concluiu. (AM) 

EVENTOS - Moisés Barboza (PSDB) lembrou da importância de considerar todos os aspectos que envolvem um evento como o carnaval. Apesar dos ganhos capitais, não é possível desconsiderar a quantidade de lixo produzida e outras problemáticas de eventos desta magnitude. O vereador também reiterou a disponibilidade dos secretários do Executivo municipal para prestarem esclarecimentos ao Legislativo, caso os parlamentares considerem necessário. Destacando a reforma penal proposta pelo governo argentino, o parlamentar concluiu lembrando da importância da segurança jurídica necessária para o correto desempenho das funções das forças de segurança pública. (AM) 

DESRESPEITO - Comandante Nádia (PMDB) lamentou a pesquisa de opinião sobre a Brigada Militar recentemente divulgada por um veículo de imprensa local. De acordo com a vereadora, a pesquisa dá a entender que representa a opinião dos gaúchos, quando, na verdade, pesquisou apenas porto-alegrenses. “Claramente uma falta de respeito aos moradores dos outros municípios deste Estado. Além de um desrespeito com a instituição da Brigada Militar. Essa pesquisa não condiz com a realidade. Eu confio nos homens e mulheres que dedicam suas vidas pela nossa segurança”, afirmou a vereadora. (AM)

EVA SOPHER - Mônica Leal (PP) propôs um projeto de lei para homenagear Eva Sopher, falecida na semana passada, visto sua importância cultural para o Theatro São Pedro e para a cidade, alterando a denominação do largo localizado em frente ao teatro. A vereadora lembrou a responsabilidade de Eva Sopher quando presidiu a Fundação Theatro São Pedro. Ela organizou diversos eventos e espetáculos após a reinauguração do teatro, sendo inclusive reconhecida pelos governos brasileiro, alemão e francês, que a honraram com medalhas, dada sua importância para a cultura. (AM)


Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
            Alex Marchand (estagiário de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)