Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Nos tempos de Lideranças na tarde desta quarta-feira (23/3), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram os seguintes assuntos:

PROJETO - Fernanda Melchionna (PSOL) falou sobre a lei que denominou a Avenida da Legalidade e da Democracia (ex-Castelo Branco), na entrada de Porto Alegre. "Esta foi uma homenagem ao maior movimento cívico, quando Brizola garantiu a posse de João Goulart, colocando a necessidade de resistir ao golpe militar." Segundo Fernanda, a ampliação da democracia é essencial para que a população tenha voz e participação na política do país. "Em momentos de crise política, nada melhor que a democracia. É preciso refundar a República", concluiu. (CPA)

LEGALIDADE - Mônica Leal (PP) rebateu as críticas sobre seu projeto de lei que resgata o nome de Avenida Castelo Branco para a atual Avenida da Legalidade e da Democracia. "Eu cumpro a lei e foi isso que aprendi dentro de casa, com o meu pai." Segundo Mônica, um estudo realizado apontou uma série de irregularidades no processo legislativo que deu origem ao nome da Avenida da Legalidade e da Democracia. "A Câmara Municipal deve ser o órgão mais interessado em cumprir leis." (CPA)

ANIMAIS - Rodrigo Maroni (PR) falou sobre as investigações da Operação Lava-Jato. "Acredito que, em determinadas áreas, o PT realizou um trabalho bom para a população, mas, na política, vivemos em altos e baixos", disse. Maroni destacou ainda que devem existir políticas públicas em prol dos animais de rua abandonados. "Muitas vezes estes animais são esquecidos. Entendo que existam diversos problemas na educação e na saúde. Mas precisamos abrir os olhos para estes seres." (CPA)

MUSEU - Tarciso Flecha Negra (PSD) destacou o projeto de lei que prevê a crianção do Museu do Negro em Porto Alegre. "É uma iniciativa muito importante. A história do negro no Rio Grande do Sul é linda. Muitas crianças serão beneficiadas com o projeto." Tarciso ressaltou a importância do apoio dos demais vereadores ao projeto e finalizou: "Somos aproximadamente 45% de afrodescendentes no Estado. O movimento negro é forte em qualquer região. Isso é um orgulho para mim." (CPA)

AMEAÇAS - Sofia Cavedon (PT) declarou repúdio veemente às ameaças em frente à casa do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Falou também sobre a médica da suplente de vereadora Ariane Leitão (PT), que se recusou a atender seu filho por causa de seu partido político: "O Brasil não merece essa discriminação, essa polarização". Abordou também a questão dos municipários, que estão temendo a redução salarial, declarando apoio ao Simpa. "Nós não aceitamos esse terrorismo", concluiu. (AZ)

AMEAÇAS II - Engenheiro Comassetto (PT) trouxe o debate sobre a atual conjuntura brasileira, sempre defendendo a Constituição, o cumprimento da lei, o estado democrático de direito e uma sociedade de paz. Reproduziu parte da carta que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou na última terça-feira, que pedia ausência de messianismo por parte do Ministério Público Federal e que a instituição não seja dominada pela paixão das ruas. Também falou sobre as ameaças de morte feita ao filho do ministro Teori Zavascki por parte de grupos oposicionistas. (AZ)

OPOSIÇÃO - Idenir Cecchim (PMDB) iniciou seu discurso questionando Comassetto: "Judiciário é bom quando é a favor deles". O vereador também disse que escuta a voz das ruas: "O povo brasileiro está se sentindo desmoralizado ouvindo mentiras todo dia", referindo-se ao atual governo federal. Apesar disso, reconheceu que todos os suspeitos de corrupção têm que ser investigados. Por fim, mencionou a polêmica do "grelo duro", expressão dita pelo ex-presidente Lula na semana passada: "Queria ouvir as mulheres daqui da Câmara falarem sobre isso". (AZ)

Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
          Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)