Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Na reunião ordinária da tarde desta quinta-feira (4/12), na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras falaram sobre os seguintes assuntos:

MACHISMO – “A luta das feministas jamais pode deixar de denunciar, o silêncio é cúmplice da violência.” Ao fazer a afirmação, Jussara Cony (PCdoB) revelou sua indignação por comentário feito pelo deputado Duarte Nogueira (PSDB/SP) e endereçado à deputada Manuela D’Avila (PCdoB/RS), durante reunião da CCJ da Câmara Federal sobre denúncias de corrupção e formação de cartel no metrô de São Paulo. Conforme a vereadora, após Manuela ter questionado José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça e seu ex-namorado, e ele ter informado que as informações seriam investigadas, Nogueira teria dito que “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. “O que mais odeio é o preconceito vil contra mulheres que estão em sua atuação política fazendo o que tem de fazer”, disse Jussara. (HP)

PROCEMPA – Mauro Pinheiro (PT), sobre reunião da CPI da Procempa realizada na manhã desta quinta-feira (4/12), disse continuar a não ter esclarecimentos sobre a compra do Siat (Sistema Integrado de Administração Tributária). “Continuo cada vez mais intrigado. Este sistema foi comprado em 2005, por mais de R$ 5 milhões, quando a Procempa poderia ter desenvolvido (sistema similar) praticamente a custo zero”, criticou. O vereador disse ter questionado hoje o diretor-técnico da empresa, Zilmino Jacedir Tartari, sobre a questão, mas não recebeu respostas suficientes. Conforme o vereador, o corpo técnico da Procempa esteve em Curitiba em 2007, mas o contrato de compra só foi assinado em 2009. “E o diretor não lembra o que fez em Curitiba, não sabe o que fez na reunião”, criticou. (HP)

PROCEMPA II - Bernardino Vendruscolo (PROS) lembrou também ser integrante da CPI da Procempa e disse ter compromisso de fazer justiça sobre aqueles que não honram com os seus compromissos. “Mas também temos de fazer justiça com aqueles que não cometeram nada de errado lá”, salientou. Segundo Bernardino, o vereador Mauro Pinheiro estava “virado num inquisidor” na reunião desta quinta-feira. “Mauro esqueceu de imaginar, por exemplo, que a algumas pessoas é difícil de responder de pronto questões feitas à queima-roupa”, salientou. “Zilmino Tartari trouxe informações importantes, e o mínimo que temos de ter é respeito com aquelas pessoas que suspeitamos que são honestas”, salientou. “Sou parceiro para punirmos aqueles que fizeram coisas erradas, mas precisamos ter cuidado. E, neste caso, acredito no Tartari.” (HP)

SINDICÂNCIA – Em tempo de presidência, Dr. Thiago Duarte (PDT) solicitou aos vereadores que as questões administrativas da Casa sejam encaminhadas diretamente a ele, na sala da presidência ou no próprio plenário. Sobre aparte feito por Valter Nagelstein (PMDB), na sessão de quarta-feira (3/12), quando questionou sindicância a respeito de servidora efetiva da Câmara Municipal, Thiago disse que em nenhum momento a presidência cometeu prevaricação. Conforme informou o presidente, o processo foi encaminhado para a Procuradoria-Geral do Legislativo, no dia 29 de novembro. “Mas não podemos obrigar nenhum servidor a integrar esta sindicância, se ele se diz impedido”, explicou. “O Código Penal também considera denunciação caluniosa imputar fato definido como crime”, finalizou. (HP)

PREFEITURA - Alceu Brasinha (PTB) disse que o Governo Municipal pensa para toda a cidade e que o prefeito José Fortunati é transparente. O vereador elogiou também o vice-prefeito Sebastião Melo. Brasinha salientou que Melo atendeu várias demandas dos vereadores durante este ano. Comentou que o prefeito José Fortunati nunca pensa sozinho, tem seus secretários e trabalham em conjunto. O vereador destacou que a Copa Mundo de 2014 vai trazer muitos benefícios para a cidade de Porto Alegre. (GS)

POLICIAL - Delegado Cleiton (PDT) comentou a morte de Carlos Heitor Bossle, 58 anos, policial civil do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O vereador disse que a morte do colega mexeu com a Polícia Civil gaúcha. Bossler morreu após levar três tiros ao intervir em um assalto no bairro Santo Antônio. Ele tinha 25 anos de serviços prestados à Polícia e à população gaúcha. “Era um agente muito dedicado, um investigador experiente, linha de frente, tive a honra de trabalhar com ele”, salientou o vereador. (GS)

TRIBUNA - Reginaldo Pujol (DEM) falou sobre o uso adequado da tribuna. “Os discursos passam pela visão pessoal de cada um dos que aqui a ocupam”, afirmou. Segundo o vereador, deveria haver mais sigilo na ação dos trabalhos da Casa. “Presido uma CPI e em nenhum momento vim aqui, na tribuna, para comentar sobre a investigação em andamento.” Para o vereador, comentar os depoimentos dos investigados ou convidados é um equivoco que pode comprometer todo trabalho de investigação. “Devemos preservar essa tribuna e não transformar a CPI em um objeto eleitoreiro.” (TA)

CALÇADA - Idenir Cecchim (PMDB) convidou o secretário municipal de Obras e Viação, Mauro Zacher, e os demais vereadores a um passeio em frente a Câmara Municipal, a fim de averiguar as obras da nova calçada. “A calçada está horrível, a empresa que fez isso não tem juízo. Está tão mal feito que duvido que haja fiscalização.” Segundo o vereador, a construtora responsável pelo projeto deve ser convocada para dar esclarecimentos. "Temos que ser exigentes com essas obras, pois as empresas são pagas com recursos públicos."  (TA)

AGENTES - Alberto Kopittke (PT) falou sobre as condições de trabalho dos agentes comunitários da Estratégia de Saúde da Família. Para o vereador, esta é a política mais importante que existe no país. “Infelizmente, eles não estão tendo a atenção que merecem. Quem mora na periferia sabe a importância do agente comunitário. Mas há dez anos eles não tem um norte sobre seu trabalho.”  De acordo com o vereador, em cada uma das transições de gestão eles são ameaçados de não serem contratados novamente caso busquem direitos trabalhistas ou não participem de campanhas. “Nosso sistema de saúde precisa de mais atenção, nossos agentes precisam de mais respeito.” (TA)

ILUMINAÇÃO
- Mônica leal (PP) elogiou o prefeito José Fortunati. Segundo a vereadora, foi feita a iluminação de 107 parques e praças da cidade. “Segurança se faz assim, de forma preventiva, iluminando e preservando os locais para o cidadão.” Conforme a vereadora, segurança preventiva começa com iluminação. “A boa iluminação pública é uma medida para coibir atos de criminalidade e fazer com que esses locais sejam utilizados pelo cidadão de bem, e não por marginais e vândalos.” (TA)

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
           Guga Stefanello (reg. prof. 12.315)
           Thamiriz Amado (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)