Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Na foto, vereadores Adeli Sell, Ricardo Gomes e Mauro Zacher
Vereadores Idenir Cecchim (e), Adeli Sell (de costas), Ricardo Gomes (c) e Mauro Zacher (e) no Plenário Otávio Rocha nesta segunda-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante o período de Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (5/2), falaram sobre os seguintes temas:

VETERINÁRIO - Para Rodrigo Maroni (Pode), uma das suas grandes preocupações neste ano será com o hospital público veterinário: “é uma questão muito mais complexa do que parece, foi construída uma obra faraônica com custo que podia ser dedicado à vida”. O parlamentar destaca que muitas vezes não há dinheiro nem para remédios, quanto mais para ao funcionamento do hospital. “Um animal fraturado vai lá e é feita cirurgia nele sem raio-x", lamentou o vereador ao citar que o local. basicamente só atende castrações. "É uma estrutura tão grande que não se tem dinheiro para operação", criticou e completou: "Na minha opinião, devem ser priorizadas parcerias com clínicas veterinárias”. (AM)

FUTURO - Tarciso Flecha Negra (PSD) demonstrou preocupação com a situação do país, destacando casos de violência como as que ocorrem no Rio de Janeiro e Ceará, onde, segundo ele, “os trabalhadores saem para garantir o sustendo da família e não sabem se voltarão para casa”. Tarciso lembrou que a segurança é um direito do cidadão. Além disso, citando que as crianças simbolizam o futuro do país, destacou sua luta pela educação, esporte e cultura por meio de seu trabalho no Legislativo. “Sem isso, não seremos um país de primeiro mundo”, afirmou o vereador. (AM)

GOVERNO - Marcelo Sgarbossa (PT) saudou os vereadores do bloco de oposição, formado pelo PT e PSOL, além dos demais vereadores que “pensam no bem da cidade e que se deram conta de que com o prefeito é difícil ser de sua base aliada”. Marcelo ainda chamou atenção ao que considera ações equivocadas do governo municipal, citando os R$ 134 milhões de reais do projeto dos BRTs e que foram destinados à conclusão de obras que privilegiam o transporte individual em detrimento da mobilidade urbana e do transporte coletivo. O vereador também desaprovou a situação dos fundos do idoso e das crianças e adolescentes, com recursos que estão indisponíveis por falta de paridade nos conselheiros e por falta de fiscalização e transparência. (AM)

TRANSPORTE - Aldacir Oliboni (PT) reafirmou seu compromisso com uma oposição responsável, destacando a situação da cidade: "dá a impressão de estar abandonada, com mato crescendo e falta de atenção às secretarias”. O vereador salientou a importância da tramitação, em comissão do Legislativo, de discussão sobre benefícios e isenções no transporte coletivo da capital. Para Olibonir é fundamental o acesso ao relatório desta comissão, para que seja possível se pronunciar sobre esta questão. O vereador concluiu reafirmando a posição de contrariedade de sua bancada em relação ao fim de isenções e benefícios no transporte público. (AM)

DESLEIXO – Clàudio Janta (SDD) afirmou que a cidade sofre com o do Executivo quanto aos serviços de manutenção básicos, do dia-a-dia, como o da capina e o dos serviços de preparação da merenda aos estudantes da rede municipal de ensino. Falou da falta de planejamento e equívocos, como o causado pela tentativa frustrada de contratação por pregão de funcionários para as cozinhas das escolas municipais, interrompido em juízo, por se tratar de atividade contínua. Ainda criticou a insensibilidade do governo municipal quanto ao veto à emenda de sua autoria, negociada em plenário com os vereadores e com o aval das entidades, que permitiria à prefeitura dispor de apoio em infraestrutura, como a de limpeza, ao carnaval de Porto Alegre. (MG)

CRISE - Moisés Barbosa (PSDB), reportou o atraso na capina e outros problemas apresentados à não observância de avisos feitos pelo prefeito Marchezan de que os efeitos da crise iriam afetar os serviços básicos da cidade. Disse que, no caso da capina, os contratos foram retomados e que será necessário um tempo para resolver o passivo que ficou. Sobre o carnaval, lembrou que muitos que criticam a ausência de recursos públicos para o evento de Porto Alegre, elogiam posição semelhante de outros municípios, que priorizam seus investimentos para áreas básicas como saúde e educação.  Finalizou lembrando que a perda de recursos para o projeto BRT se deu pela falta de condições em cumprir com a contrapartida do município, de cerca de R$ 1 bilhão. "É preciso acabar com a grenalização da política", salientou. (MG)

DIÁLOGO – Ricardo Gomes (PP) destacou que o Partido Progressista irá focar no diálogo com o Executivo, com os vereadores e a sociedade para garantir os avanços necessários ao combate das inúmeras dificuldades apresentadas em 2017. Disse que existem outras formas de investimento e qualificação de serviços que não o caixa da prefeitura, por meio das parcerias privadas. "O Legislativo será chamado a debater e deliberar sobre temas relevantes, entre eles o da Revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA)". Salientou ainda que caberá ao Parlamento definir que tipo de planejamento deseja para a cidade, que pode ser o de desoneração fiscal e burocrática da sociedade, permitindo a atração de novos empreendimentos e ampliando a base de arrecadação tributária, ou o contrário, de sobretaxar os cidadãos e empresários, arrochando-os e os afastando ainda mais da economia local. (MG)

RESPONSÁVEL - Fernanda Menchionna (PSol) respondeu à manifestação do vereador Ricardo Gomes (PP), dizendo que o PSol se interessa pelos interesses de classe. Disse que o partido de Gomes apoia medidas neoliberais e de ajuste dos governos federal, estadual e municipal. “Esses governos tem uma lógica em comum, que é a tentativa de repassar para as costas dos trabalhadores a conta de uma situação econômica que não foi gerada por nós.” Afirmou que, se o Brasil taxasse fortunas acima de R$ 50 milhões, o país arredaria R$ 90 bilhões a mais por ano para investir nas áreas sociais. “Estamos entre os países mais desiguais do mundo e é preciso taxar os de cima, mas vocês têm uma agenda para taxar os debaixo. Somos uma oposição responsável pelos interesses do povo.” (CC)

ESPORTES - Mauro Pinheiro (Rede), pelo bem da cidade, pediu aos vereadores esquecessem a polarização político-partidária em 2018. Informou que esteve na Prefeitura junto com o deputado federal João Derly (Rede), que conquistou R$ 828 mil por meio de emenda para execução de melhorias no Ginásio Municipal Lupi Martins. Manifestou preocupação com a situação do Ginásio da Brigada Militar, que deve ser leiloado. "Nas notícias se diz que o Corpo de Bombeiros irá para o CETE (Centro Estadual de Treinamento Esportivo). Minha preocupação é que a prática do esportes no local fique prejudicada.” Sugeriu que um grupo de vereadores vá até o governo do Estado reivindicar a manutenção do acesso do público para a prática de esportes. (CC)

INDEPENDÊNCIA - Felipe Camozzato (Novo) citou os discursos dos vereadores Ricardo Gomes (PP) e Fernanda Melchionna (PSol), lembrando sua posição de independência. “O governo precisa se mexer, especialmente porque pretende trazer a questão do aumento do IPTU”. Disse que “o caminho para que se tenha dinheiro em caixa não é única e exclusivamente taxar as pessoas, mas permitir que a cidade se desenvolva”, com redução da burocracia. Disse ainda que "oposição responsável não mente que o DMAE será privatizado” porque “não suporta que um parceiro privado ajude a universalizar a água e o esgoto”. Citou ainda os debates acerca da Carris e do transporte público. “O interesse do povo é ter passagem barata e não uma estatal deficitária.” (CC)

TRINCHEIRAS - Mauro Zacher (PDT) destacou que inicia o ano legislativo com otimismo e que espera o melhor para Porto Alegre, “embora possamos ter olhares diferentes sobre os caminhos que levarão à melhor qualidade de vida.” Disse que o momento atual envolve conflitos no município, no Estado e no país. Citou os problemas de diálogo com o governo municipal, o pacote do governo estadual e a insistência do governo federal em votar a Reforma da Previdência. Disse que as bancadas do PDT estarão “nas trincheiras lutando pelos interesses dos cidadãos, enfrentando as tentativas de desmanche do Estado brasileiro”. Finalizou dizendo esperar “que o governo municipal tenha mais sensibilidade e capacidade de ouvir” para encontrar soluções para a crise. (CC)

Textos: Alex Marchand (estagiário de jornalismo)
             Milton Gerson (reg.prof. 6539)
            Cibele Carneiro (reg. prof. 11.977)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)