Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

No período destinado às comunicações de Lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (10/12), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

BOLSONARO I - Fernanda Melchionna(PSOL) repudiou a fala do deputado federal Jair Bolsonaro sobre a tambémdeputada Maria do Rosário. A vereadora classificou Bolsonaro como o porta-vozdo ódio e do preconceito, e lembrou de casos de racismo e homofobia envolvendoo político e a cantora Preta Gil. “Ele incitou um crime bárbaro e violento. Foiuma violência contra todas as mulheres brasileiras”, disse Melchionna, quetambém apresentou números de violência feminina no país. “A discussão que éfeita não é sobre ensinar os homens a respeitar as mulheres e sim sobreculpabilizar as vítimas”, criticou. A vereadora ainda afirmou que Bolsonaro nãopode ocupar uma cadeira no Congresso Nacional. (JM)

BOLSONARO II - Delegado Cleiton (PDT)acredita que as críticas à manifestação de Bolsonaro são unânimes noslegislativos brasileiros. “O desrespeito com uma colega, com uma mulher, feretodos nós, que vivemos em sociedade, que respeitamos normas e leis, que temosno seio da sociedade a força da mulher”, disse. O vereador também questionou opensamento dos eleitores do político. “Será que ele representa realmente os 500mil votos dele?”, indagou Cleiton. (JM)

BOLSONARO III - Jussara Cony (PCdoB)contou sobre o ato que aconteceu hoje, na Esquina Democrática, contra asmanifestações de Bolsonaro e criticou o político. “Nós não podemos silenciarporque o silêncio é o cúmplice da violência. O lugar desse homem não é no Congresso,é na prisão”, disse. Cony também falou sobre a Moção de Apoio que seráencaminhada pelo partido, em solidariedade a Maria do Rosário e às bancadas doPCdoB e do PT no Congresso Nacional, que entrarão com uma representação contraBolsonaro. A vereadora também criticou as falas do político sobre o DiaInternacional dos Direitos Humanos, promovido pela ONU. (JM)

ESGOTO - Bernardino Vendruscolo(PROS) contou sobre sua visita a um local onde estava havendo entupimento deesgoto na Capital. O vereador reclamou da forma como é constituído o sistema dePorto Alegre, em sua grande maioria, com uma rede mista de esgotos. “Essa é umaprova das dificuldades de dar a devida manutenção ao serviço público”. Vendruscolomostrou fotos do local, que estava entupido com uma grande quantidade degarrafas PET, e agradeceu ao diretor do DEP que também acompanhou a visita.(JM)

BOLSONARO IV - “O que o deputadoJair Bolsonaro fez ontem foi um crime”, afirmou o vereador EngenheiroComassetto (PT). O vereador criticou o deputado do PP-RJ pela sua fala ofensivacontra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e pediu que todos os vereadorespresentes assinassem o pedido de cassação de Bolsonaro. “Já são 55 milassinaturas. Peço que todos colaborem. Ele deve ser cassado em nome dademocracia! Não podemos aceitar uma situação dessas.”, ressaltou. (TA) 

BOLSONARO V - Nereu D’Avila (PDT)apresentou uma moção de repúdio ao discurso do deputado Jair Bolsonaro. “Aatitude dele ofende as mulheres. É um desrespeito à democracia que queremos queseja mantida. É um desrespeito à dignidade pessoa humana.”, criticou.  Deacordo com o vereador, tal atitude não condiz com um representante dapopulação. “Nenhuma pessoa de bom senso pode aceitar que alguém ofenda osdireitos das mulheres.” (TA)

BOLSONARO VI - “Esta Câmara pode terdivergências; no entanto, podemos afirmar que aqui não se admite qualquer atode violência ou incentivo ao machismo”, ressaltou a vereadora Sofia Cavedon(PT). De acordo com ela, as Câmaras do país inteiro devem pedir a cassação domandato de Jair Bolssonaro. “Não podemos aceitar criminosos comorepresentantes. Enquanto houver falas públicas que permaneçam imunes,continuaremos com os altos índices de desrespeito à mulher”, afirmou. (TA)

PEDOFILIA - Idenir Cecchim (PMDB)pediu moção de repúdio contra o ex-padre João Marcos Porto Maciel. “Elepraticava pedofilia e foi expulso de duas igrejas. Peço uma moção simbólica.Ninguém precisa assinar.”, afirmou Cecchim. De acordo com o vereador, a intençãoé mostrar solidariedade às vítimas. “Quero dar voz a essas crianças eadolescentes. Eles precisam de proteção”, disse. (TA)

VIAGEM - Sofia Cavedon (PT) fez um registro de viagem à II Conferência Nacional de Educação, em Brasília, de 19 a 21 de novembro. O evento tratou também do Plano Nacional de Educação. “Um dos temas discutidos foi a construção dos 10% do PIB para a educação”, relatou. “Hoje temos 4,7% e precisamos pensar nas fontes de recursos. Se indica taxar as grandes fortunas, taxar os royalties de outros minérios, que são muito pouco taxados. Se indica rediscutir os percentuais de cada ente federado, aumentando para a União e os Estados”. (MM)


Texto: Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)
          Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
  Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)