Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Durante o período destinado às comunicações de Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (16/3), os vereadores se manifestaram sobre o veto do Executivo ao projeto que cria 14 Áreas Especiais de Interesse Social (Aeis):

AEIS - Fernanda Melchionna (PSOL) afirmou que o veto do Executivo ao projeto das Aeis é um ato autoritário "de um governo que não se preocupa com a habitação na cidade". A vereadora destacou que não há planejamento para os terrenos abandonados em Porto Alegre e que as ocupações servem para mostrar que eles podem exercer a sua função social. "O governo Fortunati está mostrando que exercer planejamento de habitação é lavar as mãos e colocar a polícia para bater nos moradores, mas nós não vamos mais permitir isto", disse. Fernanda lembrou que, atualmente, milhares de famílias estão sem local para morar e que as Aeis servem como primeiro passo para a regularização de áreas que podem servir como moradia. (JD) 

VOTO - Tarciso Flecha Negra (PSD) afirmou que o seu gabinete estará sempre aberto a qualquer cidadão de porto alegre, devido ao seu respeito aos diversos interesses da população. "Mas quero dizer que ninguém vai me pressionar a votar sim ou não em qualquer que seja o projeto", disse. O vereador ressaltou que os seus votos foram sempre de acordo com a sua consciência e que se tiver de votar sim novamente ao projeto das Aeis o fará, mas sem nenhum tipo de manipulação. (JD)

DIREITOS - Jussara Cony (PCdoB) cumprimentou os companheiros de luta pela moradia e pela reforma urbana, os quais, segundo ela, garantem o direito dos trabalhadores. "Temos de buscar sempre o sagrado direito à moradia e temos de estar nas ruas por um país melhor, pois essa unidade é que forja a vitória e a garantia de direitos", disse. A vereadora ressaltou que o veto do Executivo ao projeto das Aeis será derrubado, "contanto que os vereadores sejam coerentes naquilo que declaram todos os dias na tribuna". (JD) 

DEMOCRACIA - Engenheiro Comasseto (PT) pediu para que a Câmara Municipal reafirme o seu respeito em defesa da democracia. "Peço que esta Casa confirme o seu compromisso com a democracia, assim como estão fazendo diversas entidades representativas pelo Brasil, pois temos de seguir fielmente a Constituição federal", disse. O vereador ressaltou que somente na democracia é possível que os cidadãos façam as suas reivindicações e as suas manifestações e destacou ainda que o intuito da bancada do PT também é derrubar o veto do Executivo ao projeto das Aeis. (JD)

ALTERNATIVA - Airto Ferronato (PSB) se disse amplamente favorável à democracia. Para ele, também é necessária a união contra a "roubalheira nacional". Parabenizando a manifestação dos moradores de ocupações urbanas de Porto Alegre, que lotavam as galerias do legislativo municipal, ele sugeriu uma via alternativa ao que estava sendo proposto. Para Ferronato, é necessário criar uma comissão para encaminhar projetos de Aeis e encaminhar a regularização fundiária. "Aí sim estatremos construindo algo com início, meio e fim, daí as comunidades ganham", defendeu. (CV)

PROTESTOS 
- Exibindo um vídeo da manifestação de domingo contra a presidente Dilma Rousseff em Porto Alegre, a vereadora Mônica Leal (PP) saudou os atos que tomaram conta de todo o país. "Foi um grito de insatisfação, do povo dizendo basta", analisou. Para Mônica, o Brasil passa por uma crise institucional, que atinge o legislativo, o judiciário e, sobretudo, o Executivo. A vereadora também garantiu que vai pedir a punição de seus correligionários caso seja comprovada sua participação nos desvios denunciados pela Operação Lava Jato. (CV)

PEÃO - Clàudio Janta (SDD) recordou a declaração do vereador Nereu D"Ávila (PDT) que questionava a legitimidade dos vereadores que não são bacharéis de Direito. "Se fosse assim,
eu não poderia estar aqui nesta Casa, bem como a maioria dos meus colegas", afirmou.
Janta reforçou alegando que o que é necessário para ser um representante político é a legitimidade conferida pelas urnas, pois há diversos casos de corruptos que fizeram o curso de Direito. "O povo escolheu que eu, um peão, estivesse aqui por meio dos mais de 11 mil votos que me concedeu. Não tem que ter curso nenhum, tem que ter é amor para fazer política", sustentou. (CV)

Texto: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
          Caio Venâncio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)