Sessão Ordinária / Lideranças
Durante o período destinado às comunicações de lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (4/7), os vereadores trataram dos seguintes temas:
VERDE - Elias Vidal (PV) disse que a Câmara Municipal deve aprovar projeto de lei de sua autoria que propõe a criação da bancada do Partido Verde na Casa. Elias Vidal, que é líder do PV na Câmara, mostrou um vídeo que demonstra problemas vividos atualmente pela cidade em relação ao meio ambiente. Entre as questões apontadas no vídeo estavam um alerta sobre a possível morte do Lago Guaíba, o abandono da orla do Guaíba, a necessidade das pessoas terem maior responsabilidade com a preservação do planeta e o uso indiscriminado de garrafas PET, que acabam sendo descartadas nos rios e lagos. (CS)
SAÚDE - Adeli Sell (PT) disse que a cidade vive momentos difíceis no atendimento básico em saúde. Segundo ele, a cada dia há maior número de reclamações. "A saúde não vai bem. Faltam médicos em vários postos de atendimento básico, como na Vila Elisabeth, Assis Brasil e na Restinga." Adeli relatou caso de usuário que levou criança com febre ao posto de saúde e teve de esperar oito horas por atendimento. "Um terço da população não consegue ser devidamente atendido. Geralmente, a queixa da maioria das pessoas é quanto à falta de médicos." Ele também apelou para que a prefeitura disponibilize mais carros nas linhas de ônibus, especialmente nas linhas tranversais, a fim de evitar os problemas de atrasos. (CS)
DENÚNCIA - Pedro Ruas (PSOL) denunciou irregularidades no contrato entre o Hospital Conceição e a empresa Plansul. Segundo ele, em dezembro de 2009, quando o contrato foi firmado, a Plansul recebia R$ 529 mil/mês, por 12 meses de contrato. Em fevereiro de 2010, relatou, houve aditamento de 10% e, neste ano, segundo Ruas, esse valor mensal teria chegado a cerca de 900 mil, totalizando aproximadamente R$ 11 milhões anuais. "A lei diz que reajuste não pode ultrapassar os 25%, mas empresa obteve aditamento superior a 73%. É um descalabro. O PSOL denunciará esses contratos ilegais ao Ministério Público Federal e ao MP Especial do Tribunal de Contas. (CS)
CRÍTICAS - João Bosco Vaz (PDT) discordou das críticas de Adeli Sell (PT) e ironizou: "Até fica parecendo que o PT não administrou a cidade por 16 anos e que, naquela época, não havia problemas com ônibus e postos de saúde. Quando o PT estava na prefeitura, só não havia problemas no (programa) Cidade Viva." Bosco acusou o governador Tarso Genro por não aplicar 12% do orçamento na saúde, obrigando o Município a aplicar 15% nesta área. "O PT teve problemas quando estava na prefeitura e perdeu duas eleições consecutivas na cidade. Os vereadores do PT só apontam problemas. Muitas vezes votei com o PT quando o partido era governo. É preciso ter grandeza e reconhecer os acertos também.", disse Bosco. (CS)
ATRASO - João Dib (PP) disse que a cidade viveu durante os 16 anos de administração do PT um período de atraso tremendo em vários setores. "Nenhuma obra viária foi planejada ou executada. O PT se gaba de ter feito a 3ª Perimetral, mas fui eu que iniciei como prefeito e Fogaça que finalizou. A única função do PT foi de dar continuidade a um projeto", argumentou. Para Dib, o pior ainda foram as centenas de cargos em comissão criados a partir da gestão do PT na prefeitura. "O PT aumentou em cinco mil funcionários o quadro do Executivo em apenas oito anos. Um absurdo", finalizou. (ES)
GESTÃO - Engenheiro Comassetto (PT) rebateu as críticas do vereador João Bosco Vaz (PDT) ao dizer que os vereadores do PT não criticam por criticar, mas fazem uma contextualização de que a gestão atual faliu enquanto administração pública. "Pode doer, mas é a mais pura verdade o fato de que o prefeito Fortunati não consegue governar a cidade porque cada secretaria faz do seu órgão uma prefeitura à parte", afirmou. Comassetto reclamou do discurso da situação de que o PT não pode criticar pelo simples fato de ter governado a cidade por 16 anos. "Daqui a pouco vão culpar Pedro Álvares Cabral pelos problemas de Porto Alegre", ironizou. (ES)
INSINUAÇÃO - Luiz Braz (PSDB) registrou que a Câmara Municipal não deve ser lugar para fazer insinuações e sim para fazer denúncias com fundamento e comprovações. Segundo Braz, o vereador Comassetto (PT) insinuou na Tribuna que para se aprovar projetos na SPM existe um meio diferente e paralelo ao da prefeitura "e que ele não divulgou qual é". Conforme Braz, Comassetto tem a obrigação de falar aqui que mecanismo é esse. "Não se pode fazer afirmações levianas sem comprovar o que é dito. Nós não estamos em um lugar sem responsabilidade, aqui todos precisam ser responsáveis", condenou Braz, ao pedir mais cautela dos vereadores de oposição na hora de fazer suas críticas. (ES)
MENTIRAS - Valter Nagelstein (PMDB) fez um pedido à Mesa Diretora da Casa para que haja uma equalização dos vencimentos dos estagiários porque há mais de cinco anos não há reajuste de salário. Além disso, afirmou que apesar de preferir não entrar em certos debates na Tribuna, é dever esclarecer mentiras que são proferidas no Legislativo. "Política também é retórica e se as mentiras não são combatidas com rigor, elas viram verdade para a sociedade", afirmou. Segundo Nagelstein, o PT reclama da falta de gestão, mas por culpa dos vereadores da sigla levou-se 10 meses para aprovar o projeto do Cais Mauá. "O projeto de revitalização da orla não teria saído se dependesse do PT." (ES)
EXPOSIÇÃO - Nelcir Tessaro (PSD) disse que denunciou ao Ministério Público (MP) a exposição Expotec que está acontecendo nas dependências do Legislativo até o dia 13 de julho por considerar propaganda eleitoral. A mostra reúne projetos e trabalhos de servidores de nível superior do Executivo da Capital. Será que esta Casa legislativa mudou para atender um único governo, questionou o vereador, ressaltando que a Casa é do povo e não de um único partido. Ele falou ainda da precariedade de algumas vias da cidade. É lamentável o que vem acontecendo com os moradores da Lomba do Pinheiro, que nesta semana chegaram a levar duas horas para poder chegar em casa. Esta gestão está causando a destruição de Porto Alegre. (RA)
CRíTICAS - João Antonio Dib (PP) disse não entender as críticas feitas pelos partido de oposição em plenário ultimamente. Quero que me digam onde está a propaganda eleitoral na Expotec aqui na Casa, questionou Dib, alertando que a exposição é resultado de trabalhos técnicos de funcionários da prefeitura da Capital. Sinceramente não vejo nenhuma irregularidade, considerou o vereador. Ele disse ainda que o PT não fez muita coisa em 16 anos que administrou a cidade e que agora cobra da atual administração. Nunca fizeram sequer um estudo para multiplicar o tratamento de água nas hidráulicas e agora querem cobrar da prefeitura. Não sei por que criticam tanto. (RA)
Redação:
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)