Sessão Ordinária / Lideranças
TARSO - Lourdes Sprenger (PMDB) acredita que atrasos e parcelamentos de salários devem ser evitados por prejudicarem muitas famílias, mas, se isso ocorre em âmbito estadual, a culpa deve ser atribuída ao ex-governador Tarso Genro. "O governo Sartori atrasa salários porque o seu governo deixou dívidas milionárias", afirmou, dirigindo-se a Alberto Kopittke (PT). No município, ela sustenta que as críticas devem ser feitas ao prefeito José Fortunati (PDT) e não a seu vice, Sebastião Melo (PMDB), pois, por ser um sujeito leal, ele não faria nada além do que o mandatário de Porto Alegre o autoriza. (CV)
DILMA - Rebatendo as críticas vindas da oposição sobre as declarações de José Fortunati (PDT) de que existe a possibilidade de servidores do município de Porto Alegre terem seus salários parcelados, Kevin Krieger (PP) mirou no Palácio do Planalto, em Brasília. "Prefeito falou de um contexto geral e revelou uma alternativa, não foi um anúncio do que será feito. Mas quem é responsável pelo momento por que passa a economia do país? Quem? O PT não pode se eximir dessa responsabilidade", cobrou. (CV)
SALGADO - Nereu D"Avila (PDT) comentou a recente aprovação de projeto de lei do vereador Delegado Cleiton (PDT), com emenda de Sofia Cavedon (PT), que proíbe restaurantes de disponibilizarem a seus clientes saleiros nas mesas. A iniciativa teve grande repercussão popular, geralmente negativa. Nereu acredita que houve excessos da Câmara. "A campanha pela redução do consumo de sal é muito importante, mas, da maneira como o projeto foi aprovado, estamos tutelando o comportamento dos cidadãos", avaliou. (CV)
INSEGURANÇA - Relatando um caso de violência em frente à sua residência, na Zona Norte de Porto Alegre, Mário Manfro (Rede) se mostrou chocado com o grau de agressividade das pessoas diante da insegurança. "Ocorreu uma tentativa de assalto, muitos tiros foram disparados e, quando um dos ladrões agonizava no chão, as pessoas torciam pela sua morte", contou. Diante disso, ele fez um apelo ao governador José Ivo Sartori (PMDB): "Por favor, não economize em segurança pública e melhore as condições de trabalho dos nossos brigadianos. São vidas que estão em jogo". (CV)
ALERTA Jussara Cony (PCdoB) disse que o seu partido vinha alertando, já de muito tempo, sobre o risco de déficit orçamentário em Porto Alegre. Que a arrecadação vinha se demonstrando menor que os gastos e que isso não vinha sendo atacado ano após ano, antes mesmo da crise. Acrescentou que o PCdoB, inclusive, formulou documento apresentando a sua posição sobre a saúde financeira da capital. Cony ressaltou ainda que não há como alguns partidos se descolarem do governo Dilma, quando efetivamente participam dele. Para ela, algumas alianças, como a que existe entre o PT e o PCdoB, são estratégicas e outras são necessárias, com uma visão republicana que garante a governabilidade e a manutenção da ordem democrática de direito, importante para dar sequência ao projeto de desenvolvimento que estabelece conquistas para todos os brasileiros. (MG)
ILAÇÕES - João Carlos Nedel (PP) ironizou algumas manifestações sobre a situação financeira do município. Agora muitos se mostram entendidos, mas no fundo estão fazendo ilações distorcidas das declarações do prefeito Fortunati, que demonstrou a sua preocupação com a possibilidade de que a continuidade e o agravamento da crise, lá pelo segundo semestre, pode causar repercussões negativas ao caixa da cidade. O vereador progressista ressaltou que o prefeito colocou isso de forma condicionante e não concreta. Nedel lembrou ainda que a crise financeira começa na União e atinge, especialmente, os municípios. Destacou os atrasos no repasse de recursos à saúde, habitação e saneamento, entre outros, gastos muitas vezes cobertos por recursos próprios do município, isso sem falar que nada veio em auxílio aos estragos do temporal do dia 29 de janeiro passado, lamentou. (MG)
EXPLICAÇÃO - Cláudio Janta (SDD) lembrou que a economia da cidade tem como base o setor do comércio e serviços e o não pagamento de salários dos servidores municipais no segundo semestre trará um efeito tão negativo ou maior do que o já sentido com o recente parcelamento de salários do governo estadual. Ele protocolou convite ao secretário da Fazenda para que venha até a Câmara Municipal explicar a situação. Afirmou ter esperança que a previsão do prefeito não se confirme e, igualmente, não seja uma manobra do Executivo para dificultar o processo de dissidio e recuperação salarial dos servidores, cuja repercussão negativa sempre é maior nas áreas da educação, saúde e segurança. Por fim, criticou a tentativa da União de aprovar a CPMF, lembrando que o cidadão trabalha até o meio do ano para pagar impostos. (MG)
RESISTÊNCIA Reginaldo Pujol (DEM) disse estar preocupado com a possibilidade de atraso do funcionalismo no segundo semestre. Disse que a cidade tem resistido, mas que a crise chegou faz tempo em vários municípios. Muitos sequer conseguiram pagar o 13º salário; situação que faz os órgãos de fiscalização estudar formas de retirar a responsabilidade e tornar os prefeitos dessas localidades imunes às penalizações. Disse que na Secretaria Municipal da Cultura, administrada pelo Democratas, vários foram os cortes em projetos e programas importantes. Foi a forma de garantir a estabilidade financeira da prefeitura. Pujol lembrou ainda que aqui o prefeito não tem como dar pedaladas, como faz a presidente em âmbito nacional. Por fim ironizou lembrando que a marolinha virou um tsunami, pior que a tempestade do dia 29 de janeiro, que se prolonga e está contaminando toda a nação. (MG)
Caio Venâncio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)