Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

No período destinado às Lideranças e Comunicações, na sessão ordinária realizada nesta quinta-feira (4/2) à tarde, os vereadores se manifestaram sobre os seguintes assuntos:

DEVERES - Rodrigo Maroni (PCdoB) afirmou que todos os setores da Câmara Municipal são importantes para o trabalho realizado pela Casa. "Todos devem ser mantidos em seus cargos pois cada um faz parte de um todo que faz muito bem para a cidade." O vereador destacou ainda que ano passado foi um momento de aprendizagem em sua vida, em diversos aspectos. Maroni ressaltou que ser um agente público é um dever muito digno e que, neste posto, é preciso ter contato com as dificuldades da Capital e com a sociedade porto-alegrense. "É fundamental a gente nunca perder a sensibilidade com as pessoas e com os animais e devemos destacar em nossas vidas a justiça e o bem-fazer pelos outros", afirmou. (JD)

DENGUE - Tarciso Flecha Negra (PSD) afirmou que a dengue vem sendo umas das maiores preocupações sanitárias no mundo e que se nada for feito para acabar com esta doença, muitas vidas serão perdidas. "Nós temos o dever de não deixar água parada em locais impróprios e temos de nos manter atentos a possíveis focos da doença", disse. O vereador destacou que é muito fácil cuidar apenas de suas casas e que a população deveria olhar para os seus vizinhos e constatar se há algum foco de dengue naqueles locais. "É muito importante que todos os cidadãos olhem atentamente para cidade pois a destruição que este mosquito pode trazer às nossas vidas é muito grave", ressaltou. (JD)

SAÚDE - João Ezequiel (PSOL) afirmou que, como servidor municipal, deve trazer temas à Câmara sobre este contexto. "Quero falar sobre a falta de segurança nos locais de saúde em Porto Alegre. Servidores da saúde estão sendo agredidos enquanto cumprem com a sua missão", disse. O vereador destacou que visitou um posto que foi arrombado no final de semana e que teve os seus equipamentos danificados por vândalos, tendo os seus serviços paralisados por tempo indeterminado. "Trago estes fatos pelo seguinte: nós, como vereadores desta Casa, temos dialogado com a prefeitura para que ela reavalie as suas estratégias em saúde pública, no entanto, ela não tem prestado os serviços necessários para que se tenha segurança nos postos de saúde", concluiu. (JD)

TEMPORAL - Marcio Bins Ely (PDT) afirmou que não há na política espaço para aqueles que se omitem. "Devemos nos manter informados sobre todos os assuntos para poder criticar e também ponderar sobre as questões que envolvem a vida pública e a cidade", disse. O vereador lembrou da tempestade da última sexta-feira e lamentou que diversas pessoas ainda estejam sem água ou luz em suas casas. "Quero prestar todo o meu apoio e solidariedade àqueles cidadãos que por ventura estejam fora de suas casas devido ao temporal e fico à disposição para ajudar no que for preciso", ressaltou. Bins Ely aproveitou o seu tempo de liderança para destacar a atuação do senador Lasier Martins que, segundo o vereador, vem exercendo um papel definitivo a favor da população brasileira e dos mais necessitados. (JD)   

CATÁSTROFE - Engenheiro Comassetto (PT) disse que ele e sua bancada reconhecem que o vice-prefeito agiu prontamente após o temporal. Cobrou, porém, que haja ações de prevenção contra os efeitos de novos desastres climáticos, já que esses fenômenos têm ocorrido com frequência. “Queremos fazer um debate sobre a gestão da cidade. Desde 2012, o município tinha que ter elaborado seu Plano de Defesa Civil e não elaborou”, afirmou. “O DEP paga empresas para limpar as bocas-de-lobo, mas elas não limpam. Aprovamos o novo Plano de Limpeza Urbana, mas os focos de lixo continuam. Não há educação ambiental. A equipe de áreas de risco foi desmontada.” O vereador ainda criticou os milhões pagos em aditivos às obras da Copa, que, segundo ele, já passaram dos R$ 50 milhões necessários para instalar geradores em todas as casas de bombas do Dmae. (CB)

UNIÃO - Clàudio Janta (SD) rebateu críticas ao trabalho da prefeitura pós-temporal. “Agora quem é algoz é quem ficou 16 anos no poder na Capital. Por que não fizeram nada? Também estão há 12 anos no governo federal, que não está ajudando Porto Alegre”, afirmou. “O que temos de discutir é o desemprego, que está aumentando, e as metas federais, que não foram cumpridas. Nenhuma delas.” Janta disse que não participa do governo municipal, mas constatou que a prefeitura agiu rápido após o temporal. “Faltam é equipamentos. O III Exército tomou iniciativa de ajudar por ele próprio. Não apareceu nada da União aqui. Quem fez foi a administração de Porto Alegre, a CEEE, a população. Culpado é quem não manda recursos.” (CB)

AÇÃO - Mônica Leal (PP) também rebateu as críticas contra a prefeitura depois do temporal. Ela se disse surpresa e chocada com o fato de a oposição querer responsabilizar o governo municipal pela tragédia. “O PT ficou 16 anos à frente da cidade. Quem perdeu a capacidade de administrar foi o governo federal. Perdeu a roda da economia. Os juros estão nas alturas. Os desempregados não podem consumir nada, há endividamento, escândalos. Quem vai consumir neste país? Qual empresário vai investir aqui? Isso está na mão do governo da União, de uma incompetência completa”, afirmou. Mônica ainda disse que não faltou atitude ao governo municipal de Porto Alegre frente à forte tempestade. “Mais de 450 mil moradores ficaram sem  luz e sem água e houve pronta ação comandada pelo vice-prefeito Sebastião Melo para restabelecer a normalidade.” (CB)

PARQUE BELÉM - Dr. Goulart (PTB) disse que há soluções simples contra algumas causas de morte. Segundo ele, o câncer de colo de útero pode ser prevenido com um único exame; a Aids, com o uso da camisinha; as mortes no trânsito, com atitudes como não beber e não correr quando se dirige.” Contra as dificuldades na saúde pública na Capital, Goulart disse que também existem soluções que podem ser simples. “Estamos precisando de leitos, de UTIs, mas temos centenas de leitos que poderiam receber pessoas em um hospital que está vazio, o Parque Belém”, disse. “Por que não se faz a tomada do local? No mínimo teria que ter uma intervenção da prefeitura. Precisamos intervir para dar esses quartos e UTI para a população.” (CB)

INEFICIENTE - Clàudio Janta (SD) seguiu comentando os estragos do temporal
da última sexta-feira em Porto Alegre. Desta vez, Janta se deteve no Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), ferramenta adotada por prefeituras, governos do estado
e grandes empresas que dá orientações sobre como lidar com o Estado de modo ágil e produtivo. "Isso é coisa pra inglês ver. Distribuem medalhas e prêmios, mas, num momento em que a sociedade necessitou, não teve nenhuma empresa disposta a ceder caminhões, maquinário ou mesmo diesel. No fundo, elas ganham conhecimento sobre os meandros da máquina pública e não dão qualquer contrapartida", reclamou. (CV)

DEMAGOGO - Na esteira do que disse Janta (SD), Lourdes Sprenger (PMDB) afirmou que é preciso pensar em modos de minimizar impactos de temporais, como a adoção da fiação elétrica subterrânea. Logo depois, a parlamentar rebateu os dados sobre violência animal apresentados por Rodrigo Maroni (PCdoB). "Não sou uma paraquedista da causa. Estou há 15 anos atuando nesse meio e sei que esses números são superestimados. O senhor só sabe fazer videozinho. É demagogo", definiu. (CV)

APAGADORES
 - Entendendo que os recentes eventos climáticos que atingiram a capital gaúcha são resultado da ação humana sobre o meio ambiente, Alberto Kopittke (PT) cobrou da Prefeitura planos estruturais e ações de longo prazo sobre o tema, e não apenas ações pontuais. "O vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) é um apagador de incêndios. A ação do poder público não é das melhores em função das terceirizações e excesso de CCs adotados por estes que estão no Paço Municipal há mais de uma década", apontou. (CV)

ELOGIOS - Rebatendo o que foi falado por Alberto Kopittke (PT), Kevin Krieger (PP) não poupou elogios ao trabalho de Sebastião Melo (PMDB) e lembrou que na última sexta-feira os ventos atingiram a velocidade de furacões. Kevin também justificou a ausência do prefeito José Fortunati (PDT), que estava em férias no exterior e não conseguiu retornar a tempo de acompanhar as ações de recuperação da cidade. "Se tu tem uma equipe contigo e um vice-prefeito, é nessa hora que tu vai ver a capacidade deles. Fortunati estava de férias, mas atento a Porto Alegre", assegurou, antes de cumprimentar também a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) pelo trabalho. (CV)

TEMPORAL II  - De acordo com Sofia Cavedon (PT), o tema da tempestade não pode ser tratado como política, é muito sério. “A fala dos vereadores Engenheiro Comassetto e Alberto Kopittke (ambos PT) trouxe à tona esse debate do governo federal. Porto Alegre precisa de um parlamento muito presente e propositivo. Quero lembrar do ex-vereador Beto Moesch (PP), muito polêmico, que acabou com a poda de árvores organizada e continuada realizada pela Prefeitura da Capital. Nós sabemos que existem problemas na gestão de um milhão de árvores na cidade. É preciso ouvir o secretário Municipal do Meio Ambiente. Precisamos sim de um plano de manejo a médio e longo prazo. A cidade precisa se aprofundar”, destacou Sofia, acrescentando que o tema da energia elétrica e da fiação precisa ser pensado sob a ótica de uma nova cultura. (MK)
 

TEMPORAL III - O vereador Idenir Cecchim (PMDB) reiterou que o colega Engenheiro Comassetto foi à tribuna para achar culpados dessa tormenta. “Creio que Comassetto está fazendo um carnaval antecipado, como se fosse hoje a quarta-feira de cinzas. Temos muitas plantas e muitas delas precisando de poda. Quero falar aqui para os ecologistas que não deixam podar as árvores da cidade, que agora não aparecem para ajudar a recolher essas árvores. Eu queria que eles aparecessem para ajudar”, afirmou Cecchim. (MK)

Textos: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
            Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
            Caio Venâncio (estagiário de Jornalismo)
            Mariana Kruse (reg. prof. 12088)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)