Plenário

Sessão ordinária / Lideranças e Grande Expediente

Nos períodos destinados às comunicações de Lideranças e Grande Expediente, na sessão ordinária desta segunda-feira (15/12), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

COSMAM - Dr. Thiago Duarte (PDT) usou seu tempo na tribuna para fazer um relatório sobre a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre. “Nós fizemos um raio-x da saúde na Capital no ano de 2014”, afirmou. Durante o seu discurso, o vereador ressaltou a importância da realização de uma CPI da saúde e destacou os locais visitados pela comissão. “Visitamos o Hospital de Pronto Socorro, o Hospital Presidente Vargas e o pronto atendimento da Cruzeiro”, disse. Por fim, também destacou a importância dos debates da Cosmam em relação à questão ambiental, ampliação do Hospital de Clínicas e atuação frente ao assédio moral na Secretaria da Saúde. (TA)

MOÇÃO – Séfora Mota (PRB) criticou a atitude do Judiciário que, segundo ela, tenta derrubar sua moção contra o juiz de direito Paulo Irion. O juiz seria responsável por impedir a prisão preventiva de um suspeito de estuprar uma menina em Porto Alegre. De acordo com a vereadora, mesmo que o juiz tenha voltado atrás da sua decisão, mandando prender novamente o acusado, a atitude não justifica o erro. Para Séfora, o juiz prestou um desserviço à sociedade e faltou com respeito à mulher. “O estupro é um crime que vai além da pessoa violentada. Não podemos deixar que ele cometa o mesmo crime”, disse ela, pedindo apoio dos vereadores para a aprovação da moção. (TA)

COQUETEL – Alberto Kopittke (PT) prestou esclarecimentos a respeito da matéria, publicada por um jornal da Capital, sobre o coquetel do lançamento do 1º Mapa da Segurança Pública e Direitos Humanos (MapaSeg) realizado pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh). “O jornal recebeu uma denúncia de um servidor que viu caixas de salgadinhos sendo transportadas em um veículo da BM”, disse. De acordo com vereador, em uma visita ao presídio ele conheceu uma oficina de alimentação realizada no local. “Por sugestão da equipe, fiz um ofício ao diretor do presídio, mostrando a oportunidade de apresentar a ação da oficina durante nosso coquetel”, falou. (TA)

COQUETEL I - João Bosco Vaz (PDT) afirmou que a atitude do vereador Alberto Kopittke (PT) foi um erro. “Ficamos constrangidos. Kopittke não combinou nada comigo e com os outros vereadores. Ele e sua secretária tomaram a decisão sozinhos”, criticou. De acordo com o vereador, também foi um erro deixar a viatura da BM trazer a alimentação. “Que explicação vamos dar? Ninguém vai acreditar que não sabíamos. A partir de agora, gostaria que você compartilhasse tais informações conosco, vereador”, disse Bosco ao se dirigir a Kopittke. (TA)

COQUETEL II - Pedro Ruas (PSOL) entende que o vereador Alberto Kopittke sofreu uma grave injustiça ao ser acusado de ter usado alimentos e bebidas do Presídio Central para um coquetel. Ruas chama atenção para o sentido do seminário promovido pela Comissão de Direito Humanos da Câmara que discutiu o bem-estar dos presos. Condenou a forma de exploração da mídia para o tema dizendo que valorizou o “destaque na manchete com pouco conteúdo”. Finalizou prestando solidariedade em nome do PSOL ao vereador. (FD)

SINDICÂNCIA – O presidente da Casa, vereador Professor Garcia (PMDB), disse que pediu uma sindicância para apurar as denúncias contra o vereador Alberto Kopittke, lembrando que “a Casa ganhou recentemente o selo transparência do Tribunal de Contas do Estado”. (FD)

COQUETEL III – Engenheiro Comassetto (PT) disse que não há nada de errado no que o vereador Alberto Kopittke fez. “Gostaria que a Zero Hora publicasse na capa a chamada do melhor trabalho feito pela Comissão de Direitos Humanos e não comprometer o trabalho da Casa”, destacou, lembrando que parlamentar que trabalha não recebe destaque na imprensa. Aproveitou o espaço no Grande Expediente para lamentar a falta de gestão e planejamento no sistema de controle da limpeza urbana de Porto Alegre. Lembrou que há quase seis meses a Câmara aprovou o novo Código de Limpeza Urbana, que previa pesadas multas que seriam aplicadas em campanhas de educação. Disse que nada foi feito e o que se vê é cada vez mais focos de lixo espalhados pela Capital. (FD) 

LIXO I - Idenir Cecchim (PMDB) contrapôs as denúncias do vereador Comassetto dizendo que ele quer misturar o lixo da cidade com o lixo do PT nacional, “o seu partido”. Cecchim comparou que o lixo da cidade é uma consequência, é o resultado do comportamento de uma população.  “O que me impressiona mesmo não é o lixo da cidade e sim esta roubalheira nacional, isso sim é que é lixo”, protestou o vereador. (FD)

MEDULA I – Jussara Cony (PCdoB) agradeceu ao Hemocentro do RS, aos vereadores e funcionários da Câmara Municipal, secretarias municipais e estaduais e ao deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) pela participação na 1ª Semana Municipal de Doação de Medula Óssea. No primeiro dia de campanha, em quatro horas, mais de cem cadastros foram registrados, número comemorado pelo hemocentro, segundo a vereadora. “Porto Alegre está sendo referência para o Brasil, mas ainda temos muito o que fazer”, afirmou. A capital foi a primeira cidade brasileira a ter a semana municipal junto com a estadual. Cony também lembrou do sofrimento dos que esperam por medula óssea e de seus familiares, e da história de seu neto, Matheus, vítima de leucemia, e do filho de Beto Albuquerque, Pietro. (JM)

MEDULA II - Bernardino Vendruscolo (PROS) cumprimentou a vereadora Jussara Cony e o deputado federal Beto Albuquerque pelas iniciativas ligadas às semanas de doação de medula óssea. Entretanto, Vendruscolo destacou a falta de informação da sociedade sobre o tema. “Eu tenho a impressão de que 90% do povo, de maneira geral, não sabe o que é fazer uma doação de medula óssea, e se o povo não sabe, não doa”, manifestou. O vereador também leu partes de uma carta, recebida do juiz Paulo Augusto Oliveira Irion, recomendando a abstenção na votação da moção de repúdio contra ele, proposta pela vereadora Séfora Mota (PRB). (JM)

LIXO - Cláudio Janta (SDD) falou sobre os acúmulos de lixo em Porto Alegre e lembrou da oportunidade onde levou a TV Câmara para acompanhar o trabalho voluntário da população que retira tais focos de resíduos de seus bairros. O vereador afirmou que tal tema envolve questões ambientais, urbanísticas e de saúde e também falou sobre as acusações a órgãos do governo. “Não temos que crucificar secretário a ou b, temos que nos unir e apresentar soluções”, afirmou. Janta ainda pediu assinaturas para instalação da CPI da Saúde na Câmara Municipal, e disse que “a saúde pública da cidade está na UTI”.  (JM)

TERCEIRIZAÇÃO – Sofia Cavedon (PT) relatou o drama de servidoras terceirizadas na educação que não recebem seus salários em dia; não têm depositado o seu FGTS e INSS; e o vale transporte e o vale alimentação são pagos de forma parcelada. De acordo com a parlamentar, a maioria das cerca de 900 mulheres está há dois ou três anos sem férias, sem receber a multa pelo atraso, assim como a primeira parcela do 13º salário ainda não foi paga. Disse que vem denunciando o descaso e anunciou que irá priorizar a votação do seu projeto que regula as relações do Executivo com as empresas terceirizadas. Anunciou ter conhecimento de nota pública emitida pela  prefeitura cancelando qualquer pagamento à Cootrario, mas cobrou a quitação dos débitos com as servidoras, a contratação emergencial e nova licitação. (MG)

DIVERGÊNCIAS – Valter Nagelstein (PMDB) lamentou que ao chegar ao final do ano alguns vereadores estejam levando o debate para o campo pessoal e não das ideias. Disse, em crítica à manifestação do vereador Engenheiro Comassetto (PT), que se o vereador tivesse trazido apenas a questão da limpeza da cidade teria contribuído para o debate dos problemas da cidade. “Mas chamar um colega seu de lacaio, seja da tribuna ou baixinho quando o vereador passa, no estilo de quem bate e esconde a mão, não engrandece este parlamento”, ressaltou. Desejou que, “no apagar das luzes de 2014”,  2015 traga mais inspirações e o debate no campo das ideias. Agradeceu a Idenir Cecchim (PMDB), que rebateu a crítica enquanto ele estava em audiência em uma secretaria do município. (MG)

MEDICINA – Dr .Thiago Duarte destacou que há 14 anos atua na Zona Sul da capital e disse que antes de ser vereador é médico e não deixará de atender a quem mais precisa. Lembrou que no dia 13 completou 17 anos de formação médica e a promessa feita ao avô de não deixar de atender a quem necessita. Falou que a tentativa de enxovalhar e manchar a sua ficha funcional como servidor da prefeitura de Porto Alegre é uma verdadeira “lambança” e pediu que não se confunda a sua vida funcional de servidor público municipal com a atividade de vereador. Cobrou da bancada do PT o porquê de não assinar a CPI da Saúde. "Será medo de que algum companheiro seja atingido, ou a saúde está maravilhosa, ou esqueceram as denúncias, entre elas a do livro Zumbi de Pedra, trazido por integrantes da própria bancada petista?" (MG)  

Texto: Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
          Flávio Damiani (reg prof 6180)
          Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)
          Milton Gerson (reg.prof. 6539)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)