Plenário

Sessão ordinária / Lideranças e Grande Expediente

Nos tempos de comunicações de Lideranças e no Grande Expediente,na sessão ordinária desta quinta-feira (7/4), os vereadores trataram dosseguintes temas:

GOLPE I - Engenheiro Comassetto (PT) manifestou-se em apoio à presidente Dilma Rousseff, afirmando que a aceitação da denúncia contra agovernante, sem que haja crime de responsabilidade e dolo, é umgolpe à Constituição. Para Comassetto, ontem, ao encaminhar a defesa dapresidente no âmbito da comissão que analisa o processo de impedimento, o advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, deu uma verdadeira aula aos brasileiros.Comassetto destacou que, no Brasil, o regime não é o parlamentarista e, portanto,não há previsão legal para que um presidente possa ser destituído por questõespolíticas. Afirmou que as chamadas “pedaladas fiscais” foram cometidas pelamaioria dos presidentes, governadores e prefeitos, e, no caso de Dilma, não elevou gastos, mas remanejou orçamentos para garantir a continuidadede programas sociais como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Mais Médicos. (MG)

SAÚDE - Fernanda Melchionna (PSOL) lembrou que, na passagemdo Dia Mundial da Saúde, não há nada a comemorar em um país que destina 50% do seuorçamento para o pagamento de juros da dívida, e menos de 4% para ser aplicadona saúde da população. Alertou para o grave momento do setor, com a falta demédicos, enfermeiros, dentistas, nutricionistas e outros profissionais da áreae cobrou que o governador José Ivo Sartori pague, somente ao município de PortoAlegre, cerca de R$ 50 milhões em repasses atrasados. A vereadora sesolidarizou com a categoria na sua luta por melhores condições de trabalho. Porfim, falou ainda da luta dos estudantes que denunciam as más condições deensino público no país e também sobre a situação política nacional, afirmandoque o PSOL não defende o impeachment, mas uma maior participação da sociedadeem alternativas para tirar o país da crise econômica e política. (MG)

CAUSA ANIMAL - Rodrigo Maroni (PR) pediu a todos que se coloquem na condição dos animais. “A gente passou pelo nazismo, e teve um contraponto. Enfrentamos uma luta árdua contra o racismo, e até hoje está acontecendo”, ressaltou. Disse, ainda, que os animais não têm como falar para reclamar dos abusos que são cometidos contra eles. Criticou a existência de zoológicos que aprisionam animais em gaiolas. (MM)

GOLPE II - Clàudio Janta (SD) discordou da posição de Engenheiro Comassetto (PT) de que há um golpe em curso contra a presidente Dilma Rousseff. "Quem sofreu golpe foram os trabalhadores, que tiveram cortados os seus direitos, que estão vendo a presidente se aliando à direita - a mesma direita que fez o golpe de 1964 -, que estão vendo a presidente abandonar o povo brasileiro." Para ele, Dilma está pagando o preço por escolher andar junto com Renan Calheiros, Jader Barbalho, Eduardo Cunha, Collor e Sarney. "Impeachment não é golpe. Está previsto na Constituição", afirmou Janta. (MAM)

GOLPE III - Dr. Thiago Duarte (DEM) defendeu a realização de eleições gerais ainda este ano como forma de acabar com a crise política na qual está envolvido o governo Dilma. Ele também defendeu o processo de impeachment. "Não é golpe. Nem para o PT nunca foi", disse, lembrando dos tempos que membros do Partido dos Trabalhadores pediam o impeachment de Collor e de FHC. Acrescentou que o PT hoje busca dividir a nação para se manter no poder. "Digam que as gravações (de Lula e Dilma) são mentira. Digam que todos os delatores são mentirosos. Mas não venham utilizar técnicas fascistas pra dividir a nação." (MAM)

Texto: Milton Gerson (reg. prof. 6539)
          Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
          Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)