Sessão Solene

Polícia Civil faz 166 anos e é homenageada pela Câmara

Sessão solene fez homenagem aos policiais civis gaúchos Foto: tonico alvares
Sessão solene fez homenagem aos policiais civis gaúchos Foto: tonico alvares

Em sessão solene realizada nesta segunda-feira (3/12) à noite, no plenário Otávio Rocha, a Câmara Municipal prestou homenagem à Polícia Civil (PC) gaúcha pela passagem do 166º aniversário da corporação. O chefe da PC, delegado Pedro Carlos Rodrigues, agradeceu a homenagem e destacou a dedicação dos funcionários à instituição. "Optei por ser policial para trabalhar pela sociedade gaúcha", disse Rodrigues. Segundo ele, dificuldades que envolvem questões salariais e condições precárias de trabalho fazem parte do cotidiano da Polícia. "Só fica na instituição aqueles que tiverem a Polícia no coração. Essa caminhada é forte e só é reconhecida quando o problema bate na porta das pessoas."

Em julho, lembrou Rodrigues, pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) considerou a Polícia Civil gaúcha a melhor polícia do país. "Ser policial civil é uma honra", disse o chefe da Polícia gaúcha, lembrando que há cerca de 20 anos a PC era "diuturnamente enxovalhada por causa de problemas no Detran (Departamento Estadual de Trânsito)".

Proponente da homenagem, o vereador Alceu Brasinha (PTB) manifestou seu orgulho e admiração pela instituição "que tanto trabalha pela comunidade". Destacando que os policiais civis são seus verdadeiros heróis, Alceu Brasinha acrescentou que os 166 anos de trabalho completados pela corporação se devem à sua grande organização. "Embora todas as dificuldades financeiras pela qual passa o Estado, a Polícia Civil realiza trabalho de primeira qualidade", disse Brasinha.

Neuza Canabarro (PDT) destacou o trabalho da Polícia Civil do Estado, "que, apesar das dificuldades históricas, tem como resultado a segurança do cidadão", e José Ismael Heinen (Dem) lamentou que os policiais não recebam as condições necessárias ao desempenho de suas funções. Bernardino Vendruscolo (PMDB) questionou se os governantes realmente não podem dar melhores condições de trabalho aos policiais civis, enquanto Elias Vidal (PPS) destacou o risco de vida iminente a que esses profissionais são submetidos todos os dias. Carlos Todeschini (PT) observou que a segurança pública é sempre um dos principais temas da sociedade atual, e Claudio Sebenelo (PSDB) lembrou o trabalho anônimo do policial, "feito nas piores condições possíveis".

Histórico

O surgimento da Polícia Civil no Brasil remonta à época da chegada de Dom João VI, em 1808, quando ele criou o cargo de "intendente-geral da Polícia da Corte e Estado do Brasil", desempenhado por um desembargador do Paço, com um delegado em cada Província.

Fundada em 19 de fevereiro de 1737 no Rio Grande do Sul, a Polícia inicialmente passou pela época das "comandanças", havendo, nesse período, os chamados "Corpos Policiais". A criação das Polícias Civis das Províncias, previstas a partir de 1832, somente foi efetivada a partir de dezembro de 1841. Nela estavam previstos os cargos de chefe de Polícia, delegados e subdelegados, existindo ainda o cargo de "inspetor de quarteirão". O primeiro chefe de Polícia do Rio Grande do Sul foi Manoel Paranhos da Silva Vellozo, que tomou posse em 18 de maio de 1842, administrando até 11 de março de 1844.

Atualmente, a Polícia Civil é responsável pela atividade de Polícia Judiciária em todo o Estado, possuindo 473 órgãos policiais em todo o Rio Grande do Sul, sendo 88 na capital e 385 no interior. O quadro de servidores da Polícia Civil atualmente é de aproximadamente 5650 funcionários.

 

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)