Cosmam

Posto do Morro da Cruz ainda sem data para reabrir

Zilda Martins disse que 60 mil estão sem atendimento no Partenon Foto: tonico alvares
Zilda Martins disse que 60 mil estão sem atendimento no Partenon Foto: tonico alvares

O coordenador-geral da Residência Integrada em Saúde (RIS), Gustavo Soares, da Secretaria Estadual da Saúde (SES), não soube precisar quanto tempo será necessário para que seja concluída a reforma do piso na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Morro da Cruz. A resposta foi dada aos moradores do Morro da Cruz que compareceram nesta terça-feira (4/12) à reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal. Eles exigem a reabertura e ampliação da UBS nº 4, que atende aquela comunidade. Fechada para reformas há cerca de um mês, a UBS do Morro da Cruz é gerenciada pelo Centro de Saúde-Escola Murialdo, localizado no Partenon.

Soares garantiu que o Estado está empenhado em realizar as reformas o mais rapidamente possível, mas adiantou que a SES, a longo prazo, planeja a ampliação daquela UBS. Segundo os moradores, que solicitaram a reunião, a ampliação é necessária porque a UBS do Morro da Cruz, atualmente, não tem espaço físico suficiente para atender a demanda de pessoas que procuram o atendimento daquele posto.

Também esteve em pauta a discussão sobre a municipalização de seis das sete UBS instaladas no Murialdo e que ainda estão sob responsabilidade do Estado. A UBS Vila São José, também pertencente ao Murialdo, já está municipalizada. De acordo com o presidente da Cosmam, vereador Dr. Raul (PMDB), Estado e Município devem negociar um modelo de co-gestão que permita implementar a municipalização do Centro.
 
Segundo Dr. Raul, a Escola do Murialdo, que propicia residência médica, continuaria a ser gerida pelo Estado. "É preciso vontade política para resolver o problema. Nas reuniões que tive com o secretário municipal da Saúde, Eliseu Santos, alertei sobre a situação do Murialdo." James da Rosa, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), disse que é preciso intensificar as negociões com o governo do Estado no sentido de viabilizar um processo de co-gestão do Murialdo. "Faltam recursos para contratação de pessoal."
 
A presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Zilda de Moraes Martins, disse que cerca de 60 mil moradores do Partenon não têm acesso aos serviços de saúde dos postos. "Se não for possível a municipalização imediata, é preciso buscar outras alternativas para que a população seja atendida." Ela defendeu a manutenção das bolsas de estudo concedidas pelo Estado ao Centro de Saúde-Escola Murialdo e cobrou a definição de prazos para a reabertura da UBS do Morro da Cruz.
 

Diretora do Murialdo, Ângela Uglione observou que a capacidade instalada do Centro é de cerca de 20 mil pessoas, mas ele acaba atendendo toda a região, gerando demanda além da sua capacidade. Segundo ela, a reabertura da UBS nº 4 estava prevista para esta segunda-feira (3/12), mas problemas verificados no piso do posto de saúde frustraram a expectativa. "A comunidade aceitou acordo de se dar prazo maior para o conserto do piso. Não há descaso com a população do Morro da Cruz."

Para o vice-presidente da Cosmam, vereador Aldacir Oliboni (PT), a reforma da UBS do Morro da Cruz não pode ocasionar o fechamento do posto. Ele cobrou mais empenho e participação do Estado na solução do problema e sugeriu que, se necessário, sejam buscados recursos em Brasília.

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)