Renúncia é destaque nas comunicações de Lideranças
A renúncia do prefeito José Fogaça para concorrer ao cargo de governador nas próximas eleições foi o tema dominante abordado pelos vereadores de Porto Alegre nos tempos de Liderança da sessão desta segunda-feira (29/3):
RENÚNCIA - Engenheiro Comassetto (PT) leu carta dos diretórios municipal e estadual de seu partido em que o PT lamenta o fato de o prefeito José Fogaça "abandonar a cidade, deixando-a num caos". Na opinião do PT, nas gestões de Fogaça a "cidade retrocedeu" em qualidade de serviços básicos, saúde e transporte, entre outras áreas. "Não houve nenhuma grande obra viária", citou, garantindo que, no mesmo período, o governo federal comandando por Luiz Inácio Lula da Silva investiu pelo menos R$ 4,2 bilhões em Porto Alegre. (CB)
RENÚNCIA II - "Como pode alguém se candidatar a prefeito e, em menos de dois anos, abandonar o cargo?", indagou Fernanda Melchionna (PSOL), lembrando que a renúncia de um prefeito não é novidade em Porto Alegre. "Os políticos têm de parar de prometer." Segundo a vereadora, Fogaça não cumpriu diversas promessas de campanha. Prometeu, por exemplo, conforme Fernanda, 200 postos do Programa de Saúde da Família (PSF), mas vai deixar apenas 95. "E os poucos postos ainda foram fraudados pelo Sollus, que desviou R$ 9,6 bilhões", lamentou. (CB)
RENÚNCIA III - Sem defender a renúncia de Fogaça, João Antonio Dib (PP) disse que a oposição "tem o direito sagrado e o dever de criticá-la, mas as críticas deveriam ser conscientes e conscienciosas e não simplesmente lançadas ao ar". Dib lembrou que Fogaça recebeu a prefeitura do PT com um déficit milionário, tanto que não pôde contrair nenhum novo empréstimo. Ainda recordou que o Executivo abriu sindicância sobre o Sollus, que operacionalizava o PSF, e que o ex-prefeito petista Tarso Genro renunciou ao cargo no início do mandato. (CB)
RENÚNCIA IV - Airto Ferronato (PSB) afirmou que renunciar à prefeitura de Porto Alegre significa "dar pouca importância à cidade". Segundo o vereador, não haveria problema alguma em José Fogaça concorrer ao governo do Estado, mas, ao renunciar, ele relegou a capital gaúchaa um segundo plano. Na visão de Ferronato, ter sido eleito prefeito de Porto Alegre é "ter conquistado um dos mais pretendidos postos entre todos os que se pode galgar". (CB)
RENÚNCIA V Valter Nagelstein (PMDB), ao lembras ser possivelmente sua última participação como líder do governo Fogaça, agradeceu os colegas vereadores e celebrou as vitórias que obteve em plenário. Foram 80 propostas do Executivo aprovados em 2009, e destaco o Plano Diretor como um dos grandes projetos. Agradeceu também à oposição, e desejou uma boa continuidade aos trabalhos do Legislativo. Tenho certeza que temos o sentimento do dever cumprido. Valter ainda apontou serem diferentes as razões das renúncias de Fogaça e Tarso Genro, e lembrou que com a leitura da carta de renúncia de Fogaça se faz justiça com a posse de José Fortunati à prefeitura. (LO)
RENÚNCIA VI Luiz Braz (PSDB) disse que as pessoas que agora criticam a saída de José Fogaça é porque não queriam que ele saísse da prefeitura por que estava fazendo um bom governo; ou porque ele concorre nas próximas eleições e querem arranhar sua imagem. Ele ponderou que o vice que assume, José Fortunati, segue a mesma política, pois os dois administravam a cidade. Não podemos criticar Fogaça por querer fazer o melhor pelo Estado, avalia. Ele ressalta que pode-se elogiar ou criticar o que foi feito até agora por Fogaça, mas ele está no seu direito de buscar uma nova meta. (LO)
RENÚNCIA VII Nilo Santos (PTB) agradeceu ao prefeito José Fogaça. O PTB agradece Fogaça pela honestidade, integridade e um homem que cumpriu com seus acordos. Um homem tranquilo para saber que não conseguiu fazer tudo que tinha que ser feito, mas equilibrado para saber que não é perfeito, ressalta. Segundo Nilo, o prefeito Fogaça não é daqueles que acha que sabe tudo e só ele sabe fazer política. Quando ele assumiu e o povo o reelegeu, de forma inédita, a população aprovou a primeira gestão dele, e em nenhum momento disse que resolveria todos os problemas da cidade, acrescentou. (LO)
RENÚNCIA VIII- Aldacir Oliboni (PT) - afirmou que está claro do motivo pelo qual a sociedade fala mal dos políticos. "Vivemos em tempos difíceis de acreditar na política. O prefeito José Fogaça é exemplo de que a mentira faz parte da atividade política", registrou ao lembra que na campanha Fogaça prometeu cumprir seu mandato até o fim. "Assim como ele prometeu que iria municipalizar os postos de saúde do Partenon e não o fez. Até hoje a população da região sofre com essa medida". Para Oliboni, o prefeito José Fogaça não deu exemplo de conduta para a cidade e não dará exemplo na campanha ao governo do Estado. (ES)
RENÚNCIA IX - Reginaldo Pujol (DEM) - reclamou de todo o terror estabelecido pela bancada de oposição sobre a renúncia de José Fogaça do cargo de prefeito da cidade. "É um grande indício de que essa candidatura já nasce fortalecida", argumentou ao dizer que é constante a repetição dos mesmos argumentos contra o prefeito. "Nós temos claro que a grande obra do prefeito Fogaça não pode ser rebatida pela oposição, pois é uma obra que não aparece nas ruas de Porto Alegre, ela se reflete na caixa financeira da prefeitura", elogiou. Segundo ele, Fogaça conseguiu a muito custo reestruturas financeiramente as condições deixadas pelas administrações do PT. (ES)
DEP - João Pancinha (PMDB) registrou que José Fogaça tem experiência suficiente e deixou um legado de competência e credibilidade na prefeitura de Porto Alegre. "Ele levará parte disto para o governo do Estado", disse. De acordo com Pancinha, enquanto esteve à frente do Departamento de Esgotos Pluviais, ele obteve muito reconhecimento do prefeito. "Nunca se investiu tanto em drenagem urbana como durante o governo de Fogaça. O Dep estava para ser engolido pelo Dmae, mas conseguiu seu protagonismo e fez o Conduto Álvaro Chaves e promoveu a dragagem permanente no arroio dilúvio". (ES)
DEFICIÊNCIA - Luciano Marcantonio (PDT) ressaltou que, para fortalecer ainda mais sua luta pela inclusão social de pessoas com deficiência, protocolou um projeto na Câmara que visa a consolidação das leis municipais que tratam de pessoas com deficiência em Porto Alegre. "Queremos contribuir para que este segmento que representa 15% dos moradores de Porto Alegre, tenha mais acesso às leis que os protegem e os apoiam", explicou. Foi demonstrado ontem em reportagens televisivas que na prática um cadeirante tem dificuldades enormes de se locomover. "Há muita inacessibilidade para estas pessoas que acabam ficando excluídas das atividades de lazer". (ES)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)