Plenário

Reunião da comissão representativa

Durante a reunião da comissão representativa da Câmara Municipal, nesta quarta-feira (30/7) pela manhã, os vereadores trataram dos seguintes temas:

CAMELÓDROMO - Haroldo de Souza (PMDB) defendeu a ética na campanha eleitoral e criticou o uso eleitoreiro que um candidato estaria fazendo da construção do camelódromo na Capital. "É um candidato do meu partido. A construção do camelódromo foi votada na Câmara, não tem dono. Não acho correto que alguém se arvore a dizer que resolveu o problema. É falta de ética e de moral." Ele criticou também o funcionamento das reuniões da comissão representativa, "com toda a estrutura da Casa à disposição apenas para votar moções". Questionou oss recursos públicos recebidos pelo MST e defendeu a prisão dos sem-terra João Pedro Stédile e José Rainha. (CS)

MST - Maristela Maffei (PCdoB) criticou declarações de Haroldo de Souza (PMDB) sobre o MST e disse que é preciso contextualizar historicamente os acontecimentos. Lembrou que muitas instituições do país foram feitas para defender os interesses das classes de maior poder aquisitivo. "Quando um movimento se organiza, surgem reações. Respeito a todos os vereadores e peço que o vereador Haroldo de Souza respeite a todas as ideologias. Aqui tem pessoas que se especializaram em todas as áreas." Se dizendo gramsciana, lembrou que a Casa concedeu título a Farsul e outras entidades empresariais e defendeu o direito de líderes como João Pedro Stédile também receberem homenagens da Casa. (CS)

ALVARÁ - Adeli Sell (PT) lamentou a falta de medicamentos de uso continuado nos postos de saúde da Capital, para uso desde doenças mais simples até as mais graves. Observou que alvará provisório concedido pela Smic foi implementado durante a sua gestão como secretário juntamente com a consultoria jurídica da Secretaria, que continua a mesma na atual gestão. "Não foi construção apenas do secretário." Também lembrou o processo de desburocratização ocorrido em Porto Alegre, quando se começou a fazer licenciamentos em tempo recorde durante a sua gestão na Smic. Salientou ainda ser importante se perceber que a sociedade não anda sem seu parlamento. (CS)

SEGURANÇA _ Carlos Todeschini (PT) falou sobre segurança pública que, na sua opinião, é uma das que mais aflige os porto-alegrenses no momento. Lamentou a troca do secretário de Segurança do Estado, feita recentemente. “Quero elogiar o ex-secretário Mallmann pela sua conduta frente a esta pasta, pois ninguém resolve uma questão tão séria como a da segurança em pouco tempo”. Disse estar torcendo para que o secretário Edson de Oliveira Goularte, que assumiu a área da segurança recentemente, tenha sucesso. “Mas se for seguidor da linha do coronel Mendes, tenho minhas dúvidas, pois acho que ele adota métodos equivocados achando que a paz social se consegue através da violência”.  Todeschini falou ainda sobre sua preocupação com a área da saúde. “É muito precária a situação em alguns postos que estão depredados”.  (RA)

MISSÃO  - Segundo opinião do vereador João Antônio Dib (PP),  a principal missão de um vereador é fiscalizar as leis. “Portanto, o legislador não precisa fazer leis e sim fiscalizar”. Considerou que o grande momento de um vereador é quando discute a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o Orçamento e o Plano Diretor do município”. Falou ainda que considera o recesso importante, pois é quando os vereadores podem, durante 10 minutos, discutir as questões da cidade. “Durante este período, não podemos fazer leis, mas continuamos debatendo sobre as questões da cidade”. (RA)

SAÚDE - Adeli Sell  (PT) voltou a falar sobre os postos de saúde da Capital. “Existe uma falta de medicamentos em todos os postos.” Citou como exemplo as situações que encontrou ao visitar os postos da São Cristóvão que, segundo Adeli, não têm remédios para hipertensos. “Lá não se encontra sequer diurético”. Ressaltou que na Vila Nova encontrou uma pessoa com gravíssimo problema de locomoção e que no momento que esteve lá, nenhum funcionário ou médico soube orientar esse paciente. “Já na Cruzeiro do Sul, falei com pessoas que me mostraram uma lista de medicamentos que faltavam no posto”. Segundo o vereador, há em Porto Alegre uma carência muito grande de medicamentos. (RA)

REGRAS  I – Neuza Canabarro (PDT) disse pautar sua vida com coerência e ética. Na sua opinião, se existe uma lei, esta deve ser observada e cumprida para no futuro não comprometer nenhuma candidatura. Esta semana, disse Neuza, os veículos de comunicação divulgaram matéria onde alguns candidatos pintaram muros com medida superiore à permitida e colaram cartazes, infringindo a lei. “É preciso ter cuidado, nesta eleição a Justiça está atenta, não vamos queimar na largada da campanha”, ressaltou. A vereadora solicitou ao presidente em exercício, vereador Claudio Sebenelo (PSDB), que sejam fornecidas pela Casa as regras onde todos vereadores utilizem o mesmo expediente para sua campanha. Para Neuza, qualquer irregularidade prejudica todos candidatos. "Todos devem ter o mesmo comportamento", afirmou.(RT)

REGRAS II -  Margarete Moraes (PT) lembrou que a poluição visual de Porto Alegre hoje é muito boa. Essa conquista foi pela aprovação do projeto de sua autoria e do vereador Haroldo de Souza (PMDB) que proíbe a colocação de cartazes em postes e a colocação de cavaletes nas rótulas. Na sua opinião, o eleitor deve votar pelo que significa o candidato,  o que foi realizado e seus compromissos futuros. Margarete lembrou que Porto Alegre ainda não tem as milícias dos crimes organizados, que impedem candidatos não apoiados pelos chefes de subirem nas vilas. Para ela, é preciso barrar esta prática logo. A vereadora disse também que a Escola Técnica Federal da Restinga é uma realidade, pois a prefeitura garantiu o terreno e a construção começará em breve. Os cursos foram escolhidos pela própria comunidade, oportunizando produção e conhecimento aos estudantes e dando oportunidade para seu sustento futuro. (RT)

ANÁLISE – Para o vereador João Antonio Dib (PP), o primeiro semestre da Prefeitura na questão financeira vai muito bem. Conforme Dib, o Executivo arrecadou a metade do que estava previsto para o ano todo, e no final do exercício terá um superávit primário suficiente para arcar com todas suas necessidades. Na sua opinião, todos os itens da execução orçamentária do Executivo mostram tranqüilidade e despreocupação para um bom fim de governo. Outro assunto abordado foi sobre o recesso parlamentar, que para Dib não muda em nada. "A Câmara funciona na sua plenitude, só não se votam leis. O lamentável é que alguns vereadores não comparecem em nenhuma das sessões nos meses de recesso." (RT)

REMÉDIOS - João Dib (PP) disse que Adeli Sell (PT) tem razão em reclamar da falta de remédios nos postos de saúde. Salientou, porém, que na gestão do PT na prefeitura ocorria o mesmo, apesar de a administração à época receber mais verbas federais que hoje. "A União aplica 4% em saúde, enquanto a prefeitura gasta 20% do orçamento no setor." (MAM)

COOPERATIVA - Haroldo de Souza (PMDB) pediu explicações sobre a atuação da cooperativa que presta serviços ao DMLU. Haroldo não quis dar o nome da cooperativa, mas informou que ela fica na Rua Orfanotrófio. Conforme ele, um gari recebe salário líquido de R$ 321,00, sem direito a vale-trasporte e vale-refeição. "E quando um trabalhador falta por causa de doença, é descontado em R$ 31,00. Além disso, a cooperativa desconta o uniforme fornecido. Mas isso é desumano." (MAM)


Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)