Secretaria da Juventude: nove já foram indiciados pela PF
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Porto Alegre que investiga possíveis irregularidades na Secretaria Municipal da Juventude (SMJ) esteve na tarde desta quinta-feira (10/2) com o superintendente da Polícia Federal (PF) no Estado, delegado Ildo Gasparetto. Os vereadores da comissão solicitaram acesso a processo relativo ao ProJovem que tramita desde 2007. Na oportunidade foram informados de que o mesmo encontra-se atualmente no Ministério Público Federal (MPF) e que nove pessoas já foram indiciadas judicialmente.
De acordo com Gasparetto, as nove pessoas foram indiciadas por formação de quadrilha, locupletação em dispensa de licitação e dispensa indevida de licitação. Uma pessoa também foi indiciada por advocacia administrativa qualificada. Gasparetto informou ainda que em outubro de 2009 os documentos foram enviados ao MPF que solicitou duas novas diligências à PF. Cumprimos as solicitações e reencaminhamos o processo ao MPF em dezembro de 2010, informou salientando que o mesmo corre em segredo de Justiça.
Gasparetto revelou também que o MPF a partir de agora pode pedir o arquivamento das investigações, denunciar mais pessoas ou fazer novas diligências. Estamos aguardando, disse o delegado comunicando que o mesmo corre na 2ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre.
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O presidente da CPI, vereador Luiz Braz (PSDB), comunicou o próximo passo em relação às investigações. Agora vamos agendar uma ida ao MPF para saber se podemos compartilhar do segredo de Justiça, disse Braz lembrando que já estão agendados os depopimentos da deputada estadual e ex-vereadora Juliana Brizola, Alexandre Rambo e vereador Mauro Zacher, todos ex-secretários da Juventude de Porto Alegre.
Acompanharam a vista os vereadores Reginaldo Pujol (DEM), relator do processo, Mauro Pinheiro (PT), Idenir Cecchim (PMDB), Bernardino Vesdruscolo (PMDB), Fernanda Melchionna (PSOL), Paulinho Rubem Berta (PPS), Tarciso Flecha Negra (PDT) e Mário Fraga (PDT).
A CPI da Juventude investiga supostas irregularidades na SMJ e os contratos firmados com entidades privadas para gerir o PorJovem, além da contratação sem licitação de uma empresa de sonorização e o repasse de R$ 530 mil à Associação de Moradores da Vila Tronco.
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
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