Plenário

Secretário vê mudança radical na saúde em três anos

Casartelli conversou com vereadores Foto: Elson Sempé Pedroso
Casartelli conversou com vereadores Foto: Elson Sempé Pedroso

O secretário municipal de Saúde de Porto Alegre, Carlos Casartelli, demonstrou otimismo, nesta quinta-feira (10/11), quanto ao futuro da saúde de Porto Alegre. Conforme ele, nos próximos três anos haverá uma mudança radical no sistema público de saúde da Capital, fruto de um trabalho conjunto da município, Estado e União. "Hoje, há um alinhamento no pensamento entre as três esferas de poder, o que é positivo para a implementação dos projetos."

Casartelli citou como exemplos de progresso na saúde municipal a ampliação do atendimento do Programa de Saúde da Família (PSF), que está passando de 22% para 40% da população beneficiada. Na área hospitalar, garantiu que, em três anos, serão abertos 800 leitos hospitalares, sendo 150 deles de UTI.

Além disso, revelou o secretário, o município negocia com o Hospital de Clínicas, PUC e Santa Casa a criação de 20 equipes de atendimento médico domiciliar dentro do projeto Melhor em Casa, já desenvolvido pelo Hospital Conceição. "Se cada equipe atender 60 pessoas, serão 1.200 pacientes beneficados com atendimento de médico, enfermeiro e nutricionista em suas próprias casas."

Respostas de Casartelli aos vereadores:

Instituto de Cardiologia/Imesf
– Casartelli informou que, ainda nesta semana, será assinado o contrato do Imesf. “A Procuradoria Geral do Município avalizou a documentação, e o próximo passo será a nomeação da direção executiva para, logo após, promovermos concurso público para os cargos que irão compor o quadro funcional.” Disse que, até o final do mês, será elaborado edital para a contração da empresa que vai organizar o concurso.

SUS – Na opinião do secretário, nenhum país teve a ousadia de fazer um Sistema Único de Saúde como o Brasil. Segundo ele, por ser muito complexo, faltam recursos financeiros e gestão. “Mas temos excelentes expectativas de avanços nos próximos anos”, disse, ressaltando que a baixa nas taxas de mortalidade demonstra isso. “Porto Alegre é uma das poucas capitais com menos de dois dígitos na mortalidade infantil”, exemplificou.

Investimentos – Casartelli disse que 50% do que se investe na área da saúde em Porto Alegre vêm da prefeitura, 49% da União e 1% do Governo do Estado. “Existe uma tendência de modificação desses dados, pois se percebe uma intenção de mudança por parte do Estado”, reconheceu.

Metas – Segundo o secretário, há metas que serão sempre atingidas e outras não. “Temos uma equipe que ousa em buscar metas para a área da saúde, mas sabemos que algumas nunca serão atingidas por serem ousadas demais", disse. "O que temos feito em Porto Alegre tem sido reconhecido pelo Ministério da saúde com exemplo de gestão.”

Hospital Luterano
– Casartelli informou que, até o final de janeiro de 2012, deverão ser abertos 150 novos leitos.

Hospital Vila Nova – Passará a ser 100% SUS, comunicou Casartelli.

UPAs – Previsão de mais três em Porto Alegre, segundo o secretário. 

Hospital de Pronto Socorro (HPS) – O secretário comunicou que o hospital está recebendo investimento de R$ 15 milhões, além da reposição de recursos humanos e equipamentos.

Hospital Presidente Vargas - Conforme Casartelli, o hospital perdeu 300 funcionários. “Não por culpa do Executivo, mas por conta do rompimento do convênio com a Fugast”, disse ele, informando ainda que o prédio esta recebendo reforma na rede elétrica. “São dois anos de reforma o que impede o funcionamento pleno do hospital, mas temos lá 140 leitos disponíveis. Um número maior do o HPS”.

HPS da Zona Sul – Casartelli comunicou que a verba disponível para esse hospital não pôde ser usada porque o prédio não existia do ponto de vista documental. “Precisamos fazer com que ele passasse a existir e agora estamos contratando uma empresa para fazer a reforma. A verba é de R$ 12 milhões”.

Gastos publicitários – De acordo com o secretário, foram feitas várias campanhas publicitárias na prevenção de doenças. “Fizemos campanhas sobre hepatite viral, Aids e outros assuntos de interesse da população”, afirmou.  Na opinião do secretário, foi um investimento bem feito.

Cirurgias eletivas e ortopedia – A secretaria está chamando os hospitais para que avaliem os pacientes com o objetivo de eliminar a fila, disse Casartelli. Segundo o secretário, hoje são 17 pacientes na fila de espera.

Centro de Planejamento Familiar – O secretário comunicou que estão sendo nomeados ginecologistas com a intenção de ampliar e qualificar o atendimento.

Helipontos – Existe a previsão de um heliponto no Hospital de Clínicas. Em relação ao HPS, o secretário informou que, por ser um prédio histórico, possivelmente não possa receber o heliponto. “Esta possibilidade está sendo avaliada”, garantiu. 

Vila Dique – Já foi entregue o posto de saúde para o Grupo Hospitalar Conceição, que, de acordo com o secretário, pediu 30 dias para entrega do mobiliário. “Tão esteja pronto passará a funcionar”, garantiu.

Central de marcação de consultas – De acordo com Casartelli, 50% dos leitos já estão regulados. “Até o final do ano estaremos com 100% regulados”, disse.

Hospital Parque Belém – Conforme o secretário, existe dificuldade de diálogo. “Propusemos que fosse 100% SUS o que não foi aceito pela direção”, disse, ressaltando que o hospital não tem condições de receber pacientes porque não tem respirador. “Mas vamos continuar dialogando”, afirmou.

Hospital Independência – O secretário apontou dificuldades para o inicio do funcionamento. “Tínhamos uma previsão de 90 dias, mas há problemas no bloco cirúrgico, e o tomógrafo não funciona. A previsão de gasto é de R$ 10 milhões para que fique apto”.

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)