Sérgio Faraco é o convidado do Jornal da Câmara hoje
Um escritor que não escreve mais, pois nada o motiva no mundo contemporâneo. Um contista cujos textos estão entre os melhores do Brasil e da América Latina, de acordo com antologias literárias. Um homem de modéstia incompatível com o tamanho da obra produzida ao longo de quase meio século. Sérgio Faraco, nada afeito a entrevistas e a compromissos sociais, aceitou falar ao Jornal da Câmara. Ele é o próximo convidado da série especial sobre a literatura de Porto Alegre. A conversa vai ao ar nesta segunda-feira (17/9), a partir das 22 horas, pela TV Câmara (canal 16 da NET).
Autor de contos como Travessia, Idolatria, Hotel Majestic e A dama do Bar Nevada, Faraco chega a dizer que seus textos são meramente legíveis. Ao longo da entrevista, porém, revela satisfação com a habilidade de produzir ficção concisa e, ao mesmo tempo, repleta de sentimentos. Emoção, aliás, é palavra-chave para a literatura de Sérgio Faraco. A capacidade empática, de se colocar no lugar do outro, isso é o escritor, afirma.
Nascido em Alegrete, em 1940, o autor se considera um porto-alegrense. A cidade permeia toda a obra de caráter urbano do escritor, em que temas sociais foram abordados a partir de uma visão política de esquerda. Na década de 60, Sérgio Faraco foi militante do Partido Comunista. Foi estudar na União Soviética, onde vivenciou o golpe que afastou o líder Nikita Kruschev do poder e tornou mais ditatoriais os contornos da vida na Rússia. Acabou internado contra a vontade em uma clínica psiquiátrica. De volta ao Brasil, em 1965, é preso pelo regime militar. Foi a partir daí, segundo o escritor, que suas convicções políticas se tornaram menos importantes.
Hoje, para além de ideologias, o autor acredita na literatura como forma de humanizar as pessoas. Sérgio Faraco não descarta a possibilidade de voltar a escrever, mas não a considera muito provável. Aos 72 anos, aproveita o tempo para ler os clássicos que lhe faltam. Sobre o papel de sua obra na literatura gaúcha, prefere não falar. Como reconhecimento, deseja apenas que ainda o leiam daqui a 50 anos. O que vale é a posteridade, conclui.
A série especial sobre a literatura da capital gaúcha vai ao ar todas as segundas-feiras, às 22h, na TV Câmara (canal 16 da NET). Durante o período eleitoral, a proposta das entrevistas é mostrar como histórias e poemas podem contribuir para pensar o futuro da cidade. A cada semana, um escritor porto-alegrense é apresentado. Nas próximas edições, as convidadas são Léia Cassol e Daniela Langer. Após a exibição, os programas ficam disponíveis no blog do canal. O programa tem apresentação e edição de Poliana Pasa.
Autor de contos como Travessia, Idolatria, Hotel Majestic e A dama do Bar Nevada, Faraco chega a dizer que seus textos são meramente legíveis. Ao longo da entrevista, porém, revela satisfação com a habilidade de produzir ficção concisa e, ao mesmo tempo, repleta de sentimentos. Emoção, aliás, é palavra-chave para a literatura de Sérgio Faraco. A capacidade empática, de se colocar no lugar do outro, isso é o escritor, afirma.
Nascido em Alegrete, em 1940, o autor se considera um porto-alegrense. A cidade permeia toda a obra de caráter urbano do escritor, em que temas sociais foram abordados a partir de uma visão política de esquerda. Na década de 60, Sérgio Faraco foi militante do Partido Comunista. Foi estudar na União Soviética, onde vivenciou o golpe que afastou o líder Nikita Kruschev do poder e tornou mais ditatoriais os contornos da vida na Rússia. Acabou internado contra a vontade em uma clínica psiquiátrica. De volta ao Brasil, em 1965, é preso pelo regime militar. Foi a partir daí, segundo o escritor, que suas convicções políticas se tornaram menos importantes.
Hoje, para além de ideologias, o autor acredita na literatura como forma de humanizar as pessoas. Sérgio Faraco não descarta a possibilidade de voltar a escrever, mas não a considera muito provável. Aos 72 anos, aproveita o tempo para ler os clássicos que lhe faltam. Sobre o papel de sua obra na literatura gaúcha, prefere não falar. Como reconhecimento, deseja apenas que ainda o leiam daqui a 50 anos. O que vale é a posteridade, conclui.
A série especial sobre a literatura da capital gaúcha vai ao ar todas as segundas-feiras, às 22h, na TV Câmara (canal 16 da NET). Durante o período eleitoral, a proposta das entrevistas é mostrar como histórias e poemas podem contribuir para pensar o futuro da cidade. A cada semana, um escritor porto-alegrense é apresentado. Nas próximas edições, as convidadas são Léia Cassol e Daniela Langer. Após a exibição, os programas ficam disponíveis no blog do canal. O programa tem apresentação e edição de Poliana Pasa.
Texto: Divulgação TV Câmara
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)