Plenário

Sessão Ordinária / Comunicações Temáticas e Lideranças

Vereadores ocuparam a tribuna... Foto: Francielle Caetano
Vereadores ocuparam a tribuna... Foto: Francielle Caetano

O período de Comunicações Temáticas da sessão plenária desta quinta-feira (25/4) tratou do Conduto Forçado Álvaro Chaves. Órgãos públicos e entidades estavam presentes para falar sobre este assunto. Abaixo, as manifestações dos vereadores nas Comunicações e também nos tempos de Lideranças:

CONDUTO I - Engenheiro Comassetto (PT) falou sobre a enxurrada que ocorreu no início do ano (20/02) e que resultou em danos no Conduto Álvaro Chaves. De acordo com o vereador, este é um tema que já gerou um conjunto de controvérsias e inseguranças para a cidade. “A falta de um profissional sênior está entre as medidas que colaboraram para a fragilidade do projeto, também houve mudanças no projeto e perguntas que não foram respondidas. Se tivéssemos tido respostas antes, talvez este problema não teria ocorrido”, afirmou. (TA)

CONDUTO II - Airto Ferronato (PSB)  Disse que a população sabe da importância do Conduto Álvaro Chaves para a cidade. “Esta é a maior obra de drenagem da cidade e foi capitaneada por técnicos capacitados, treinados e competentes”. Segundo o vereador, a obra trouxe grandes avanços e melhorias para a cidade. “Esta obra é para beneficiar os cidadãos. O DEP e a prefeitura não fariam uma obra com o custo de mais de R$ 50 milhões sem a supervisão de engenheiros responsáveis”, afirmou. (TA)

CONDUTO III - Valter Nagelstein (PMDB) falou que a obra do Conduto Álvaro Chaves é de extrema importância para a cidade. “Todos lembram das tragédias que ocorreram em Porto Alegre. Em 1941, as águas do Guaíba invadiram a cidade e causaram prejuízos. A cidade padece há anos com estes problemas”. O vereador também cumprimentou os governantes que colaboraram para a realização da obra e que agora estão buscando soluções. “É um fato que a obra não resistiu, agora resta ao contratante da obra acionar os responsáveis”. (TA)

CONDUTO IV -  Mauro Pinheiro (PT)  afirmou que o Prefeito Fortunati recebeu uma “herança maldita” do governo Fogaça e está tentando buscar soluções. “O grande problema da obra não foi somente na elaboração, mas no trecho onde foi modificado.”  O vereador citou o relatório do Crea e disse que houve uma alteração no projeto original para baratear a obra. “É um dever dos vereadores fiscalizar a obra para que este tipo de problema não ocorra”, acrescentou. (TA)

CONDUTO V - Cláudio Janta (PDT) cumprimentou o diretor-geral do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), Tarso Boelter, pois “sua presença na Casa engrandece o debate”. Lamentou, no entanto, a Mac Engenharia, empresa responsável pela construção do Conduto Álvaro Chaves, não ter enviado um representante. “Já pedi na tribuna, mas a Mac não aparece. Qual o problema dessa empresa?” Janta falou que a construtora está desconsiderando a casa do povo porto-alegrense e questionou o motivo pelo qual o município não fiscalizou a obra. “O Ministério Público e a procuradoria, que muitas vezes ficam perseguindo os vereadores, têm de trazer essa empresa aqui”, finalizou. (LV)

CONDUTO VI - Marcio Bins Ely (PDT) informou que o Conduto Álvaro Chaves foi um grande investimento para a cidade, pois, além de acabar com os alagamentos, permitiu o desenvolvimento da região do 4o Distrito. Ele considera que a discussão em torno deste tema deveria ter acabado quando a Mac Engenharia assumiu o compromisso de fazer o conserto do conduto. “Resolvendo esse problema, está resolvido o problema da cidade”, conclui. (LV)

CONDUTO VII - Alberto Kopittke (PT) agradeceu a presença dos engenheiros e das autoridades da prefeitura na Câmara e reiterou o que Crea havia falado sobre a chuva que causou o acidente no conduto Álvaro Chaves. “O governo municipal veio aqui dizer que a cidade tinha sido acometida por um dilúvio. O Conselho Regional está aqui dizendo que não foi bem isso.” O vereador criticou o fato de uma obra cara cair na primeira chuva forte, mas deixou claro que esta crítica não se refere diretamente ao DEP. “Como a obra mais cara da cidade de Porto Alegre não sobreviveu ao seu primeiro teste?” (LV)

CONDUTO VIII - Reginaldo Pujol (DEM) não quis apontar um responsável pelos acontecimentos ocorridos no Conduto Álvaro Chaves e confessou que esperava mais resultados da reunião de hoje. “Houve um lamentável acidente no município que infelizmente gerou toda esta polêmica, mas, ainda bem que não gerou nenhuma consequência mais grave que agredisse a integridade física das pessoas que habitam aquela região.” O vereador aprofundou alguns comentários feitos por outros vereadores, como o de responsabilizar o acidente pelas modificações feitas ao projeto quando este estava ainda em desenvolvimento. “Temos que respeitar. Essas mudanças foram feitas com consciência”, afirmou. (LV)

CONDUTO IX – Engenheiro Comassetto (PT) anunciou que sua bancada irá enviar ao prefeito dois ofícios: cobrando resposta sobre a sindicância referente ao Conduto Álvaro Chaves e solicitando sindicância interna na gestão do DEP e do secretário que comandou e gerenciou os recursos da obra. O vereador disse que, a seu ver, o problema na obra ocorreu entre 2005 e o desabamento na Coronel Bordini. “Foi o ano em que mudaram o projeto”, disse. “Por que o custo foi aumentado em R$ 17 milhões? Por que foram utilizados materiais débeis?” Comassetto criticou a execução da obra “com dificuldades operacionais e gestão frágil”. (CB)

CONDUTO X - Idenir Cecchim (PMDB) disse que Engenheiro Comassetto não poderia falar sobre idoneidade “se faz parte de um partido comandado por uma quadrilha de ladrões, conforme foi dito pelo STF”, referindo-se ao mensalão. “O seu tesoureiro é ladrão e vem com essa cara de pau cobrar sindicância.” Segundo Cecchim, foi a gestão municipal do PT que escolheu as empresas que construíram o Conduto Forçado Álvaro Chaves. “O senhor não deveria dizer o que está certo e o que está errado”, afirmou, dirigindo-se a Comassetto. “Quando se fala de moral e vontade, tem de olhar para trás.” (CB)

CONDUTO XI - Cássio Trogildo (PTB) pediu calma e tranquilidade na apuração dos motivos do desabamento de parte do Conduto Álvaro Chaves, “um assunto de tanta relevância”. Lembrou que a obra estendeu-se por duas administrações, assim como a III Perimetral. Contou que acompanhou a obra por solicitação da comunidade da Rua Coronel Bordini, que estava preocupada com algumas árvores no trajeto do Conduto. “Naquele momento, foi feita alteração de projeto pelos mesmos técnicos contratados para fazer a obra”, disse. Na opinião do vereador, o importante é prevenir outros sinistros como o ocorrido, conhecer o laudo técnico conclusivo e estabelecer responsabilidades. (CB)

CONDUTO XII - Jussara Cony (PCdoB) garantiu que ela e seus assessores leram todo o parecer das entidades de engenharia apresentado no plenário e defendeu que sejam apuradas as responsabilidades. Jussara lamentou a ausência de representantes do consórcio de empresas que executou as obras. Na sua opinião, foi um desrespeito com a Câmara. Disse que deve ter havido negligência da prefeitura na gestão da reformulação do projeto e que os técnicos do quadro do DEP deveriam ser valorizados. “Por que o DEP não é reconhecido como órgão estratégico?”, indagou. A seu ver, a contratação de consultorias externas “fragiliza a gestão e o corpo técnico”. (CB)

CONDUTO XIII - Mario Fraga (PDT) comentou que as modificações em obra são comuns. “Neste momento, estamos numa luta ferrenha para mudar o projeto da avenida Edvaldo Pereira Paiva. Acho que ou prefeito José Fortunati aceita a mudança ou não faz a obra, e tudo continua como está. Talvez isso vá passar por aqui e nós vamos ter que decidir.” O vereador também lamentou a ausência das empresas na Câmara para explicar a situação da obra. (MM)

CONDUTO XIV - Airto Ferronato (PSB) lembrou que a obra vem sendo discutida há décadas na cidade. “Trouxe muitos resultados positivos. Essencialmente para mais de 120 mil pessoas que moram naqueles nove bairros.” O líder do governo disse, ainda, que o “acontecimento” rompeu 17 metros do conduto “num conjunto de uma extraordinária obra de 16 mil metros”, o que representa ter havido um problema localizado. Por fim, considerou necessária a realização de uma vistoria para que a administração municipal e a sociedade possam ter a garantia da segurança da obra. (MM)

CONDUTO XV - Engenheiro Comassetto (PT) ressaltou a importância do debate para que a população conheça o temperamento de alguns parlamentares. Destacou que foi o PT quem propôs a construção da obra para resolver o problema de alagamento naquela parte da Capital. E denunciou: “A investigação da operação Solidária, da Polícia Federal, aponta que um deputado federal do PMDB, com que Cecchim fez dobradinha, recebeu R$ 267 mil num cheque logo após a assinatura do aditivo do contrato para a construção do conduto. Tenho certeza de que este dinheiro faltou para a construção da obra.” Finalizou dizendo que a abertura de uma sindicância é importante para apurar responsabilidades. (MM) 

Textos: Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
            Luciano Victorino (estagiário de Jornalismo)
            Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
            Maurício Macedo (reg. prof. 9532)

Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)