Sindicato Radialistas RS lamenta desrespeito à categoria
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do Rio Grande do Sul (Radialistas RS), Antonio Edisson Peres, o Caverna, esteve presente, na tarde desta segunda-feira (22/9), na Tribuna Popular da Câmara da Capital, para ressaltar o Dia do Radialista, comemorado ontem (21/9), e falar sobre os baixos salários e a falta de registro profissional. Segundo Peres (conhecido como Caverna), a classe patronal não respeita a categoria. Essa direção vem fazer enfrentamento ao capital, à RBS e à ausência do cumprimento da lei que diz que precisamos de registro para exercer a profissão de radialista, anunciou.
A RBS é a empresa dos baixos salários, criticou o sindicalista. De acordo com ele, o primeiro objetivo é a luta pela campanha salarial. Conforme os dados trazidos pelo orador, 70% dos funcionários da companhia ganham até três salários mínimos. Como a RBS mantém o monopólio da comunicação no Estado, a empresa acaba puxando os salários para baixo, explicou.
Falta de registro
Outro problema citado por Peres diz respeito aos trabalhadores que não possuem registro profissional e trabalham em meios de comunicação. O exercício ilegal da profissão é crime. Queremos mostrar que não viemos para brincar. Não fomos eleitos para brincar com a classe de radialistas, afirmou. Alguns trabalhadores acham que podem entrar pela porta dos fundos. Conforme Peres, já houve reunião com a Polícia Civil e com o Ministério Público para tentar resolver a questão.
De acordo com ele, será feito pedido à Polícia Federal para que haja abertura de inquéritos contra empresas que acreditam que qualquer um pode ser radialista. A maioria das empresas comandadas pela RBS permite que qualquer pessoa assuma uma mesa de rádio. No entanto, isso é para profissionais. A categoria precisa ter dignidade, já que a classe patronal não faz por isso, disse.
Vereadores
O vereador Pedro Ruas (PSOL) manifestou-se em tempo de Lideranças para ressaltar que é preciso respeitar e dar proteção aos trabalhadores e ter consideração com o público ouvinte. Não é possível que o ouvinte do rádio, que é considerável parte da população, fique à disposição de quem detém o canal de rádio, afirmou. De acordo com o vereador, deve haver mais discussão. Esse tema atinge todos nós, destacou.
Ao final da Tribuna Popular, o presidente em exercício da Câmara, vereador Mauro Pinheiro (PT), agradeceu pela presença do presidente do sindicato. "Queremos também dizer que o nosso presidente, Professor Garcia (PMDB), infelizmente, fez uma cirurgia no pé e não está presente, mas, atento da sua casa, acompanha a Sessão Plenária e nos telefonou para que mandássemos um abraço ao seu amigo radialista Caverna."
Ao final da Tribuna Popular, o presidente em exercício da Câmara, vereador Mauro Pinheiro (PT), agradeceu pela presença do presidente do sindicato. "Queremos também dizer que o nosso presidente, Professor Garcia (PMDB), infelizmente, fez uma cirurgia no pé e não está presente, mas, atento da sua casa, acompanha a Sessão Plenária e nos telefonou para que mandássemos um abraço ao seu amigo radialista Caverna."
Texto: Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)