Treinamento reduziria acidentes, diz Sindimoto
O presidente do Sindicato dos Motociclistas do RS (Sindimoto), Valter Ferreira da Silva, pediu hoje (4/7) apoio da Câmara Municipal de Porto Alegre para implementação de políticas públicas de treinamento e fiscalização dos trabalhadores do setor. Segundo ele, por ocasião da Copa do Mundo de 2014, vários setores da economia têm recebido treinamento. "Estão sendo treinados os taxistas, os trabalhadores em hotéis e em restaurantes. Mas aos motociclistas nada é oferecido", observou Ferreira durante sua participação na Tribuna Popular da sessão ordinária.
Os números envolvendo acidentes com motociclistas, profissionais ou amadores, em 2013 são alarmantes, segundo o dirigente do Sindimoto. "Até o mês de julho, houve 341 acidentes envolvendo motos. E há um número desconhecido de motociclistas internados em hospitais com ferimentos e sequelas graves, a maioria jovens que poderão ficar inválidos." Conforme o Sindimoto, há 110 mil motociclistas na cidade, 20 mil deles atuando como motoboys.
Despreparo
Ferreira disse que a violência no trânsito é crescente porque a cada dia há mais pessoas sem preparação trafegando pelas ruas. "Este flagelo começa na formação dos motociclistas", que ele considera precária. A lei que regula a profissão de motoboy na cidade está parada, acrescentou, pois não houve avanço na fiscalização e na preparação dos trabalhadores. "Nos acusam de não fazer os cursos, mas se o poder público não impõe esta exigência aos motociclistas, por que vão gastar e investir?"
Ferreira disse que a violência no trânsito é crescente porque a cada dia há mais pessoas sem preparação trafegando pelas ruas. "Este flagelo começa na formação dos motociclistas", que ele considera precária. A lei que regula a profissão de motoboy na cidade está parada, acrescentou, pois não houve avanço na fiscalização e na preparação dos trabalhadores. "Nos acusam de não fazer os cursos, mas se o poder público não impõe esta exigência aos motociclistas, por que vão gastar e investir?"
A falta de estacionamentos, especialmente na área central da cidade, foi outro ponto criticado pelo dirigente do Sindimoto. "A cada vez que se altera o trânsito, é tirado estacionamento das motos. Isso ocorreu recentemente nas avenidas Otávio Rocha e Sete de Setembro." Conforme ele, a EPTC diz que não tem como abrir mais vagas para motos nas ruas, mas está sempre criando vagas para carros. "Mas só os carros têm vez na cidade?"
Vereadores de todas as bancadas da Câmara demonstraram solidariedade ao presidente do Sindimoto e prometeram apoio à categoria, através de legislação e de interlocução com o Executivo.
Texto: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
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Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
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