Vereadoras e vereadores destacam o Dia da Mulher

O período de Comunicações Temáticas da sessão ordinária desta quinta-feira (13/3) assinalou o Dia Internacional da Mulher (8 de março), com a discussão do tema As Reformas que Queremos. Abaixo, as manifestações das vereadoras e vereadores:

REFORMAS - Jussara Cony (PCdoB) disse que a reforma política é a "mãe" de todas as reformas que precisam ser feitas no país. Defendeu itens como financiamento público de campanhas eleitorais, voto em lista mista (um homem/uma mulher) e fim da cláusula de barreira, que dificulta as candidaturas por partidos pequenos. Cony destacou que a reforma urbana, com prioridade para a moradia, e a reforma da comunicação são também fundamentais para o avanço das conquistas das mulheres. "Chega de a mídia mostrar a mulher com desrespeito, de banalizar a sua dor." (MAM)

FEMININA - Séfora Mota (PRB) disse que é feminista, mas não abre mão de ser feminina. Observou que sua luta é pela mulher negra, pela mulher que sofre violência física e psicológica e contra todo o tipo de discriminação de gênero. "A violência física é terrível, mas a psicológica também causa enormes danos à mulher. Há os roubadores de alma, que nos deixam dependentes", alertou. "Sou vaidosa, luto de salto alto porque, se tiver que dar sapatada, vai doer muito mais", acrescentou Séfora. "Luto também pelas mulheres que querem ter filhos e igualmente defendo aquelas que optaram por não tê-los." (MAM)

 

CONQUISTAS - Lourdes Sprenger (PMDB) observou que o Dia Internacional da Mulher não serve apenas para medir conquistas e exaltar suas qualidades. As mulheres ascenderam a postos antes nunca alcançados, lembrou ela, citando como exemplo Dilma Rousseff, que chegou à Presidência da República. Para a vereadora, porém, muitos obstáculos ainda precisam ser superados. "A questão da igualdade precisa ser colocada em plataformas de governo. E as áreas prioritárias a serem atacadas são a pobreza, a educação, a saúde, a violência e os direitos das meninas." (MAM)

 

REFORMAS II – Sofia Cavedon (PT) também defendeu a reforma política como fundamental para consolidar as conquistas da mulher brasileira, que ainda luta para ocupar seu espaço na sociedade, entre os quais os cargos públicos. Para Sofia, outras reformas precisam efetivadas, como a urbana. Destacou a importância da democratização da mídia e ressaltou a necessidade de maior investimento em cultura e educação, base para libertação política das mulheres. Por fim, a parlamentar disse que a sua homenagem seria para as monitoras das escolas municipais, por sua luta por valorização da atividade. Sofia criticou o resultado negativo da votação de veto a sua emenda a projeto do Executivo que ampliaria a faixa salarial dessas trabalhadoras. (MG)

 

RENASCER – Mônica Leal (PP) homenageou Roseli da Silva, presidente do Centro Infantil Renascer da Esperança, localizado no bairro Restinga. Lembrou o esforço de Roseli, gari da prefeitura na sua missão de construir a entidade que hoje atende a mais de 200 jovens que encontram abrigo, alimento, educação e profissionalização no espaço. Lembrou que tudo começou com a dedicação de Roseli, que abriu mão de conquistas pessoais em busca da concretização de um sonho. Disse que nem a fome, nem o perigo das ruas, nem a violência doméstica de dois casamentos foram barreiras para que o objetivo de Roseli fosse alcançado, inicialmente em uma sede alugada, e hoje, em imóvel próprio. (MG)

 

GAÚCHA - Any Ortiz (PPS) destacou que o mundo que se quer é de igualdade entre homens e mulheres. Que todos os dias devem servir para essa reflexão e que a sua homenageada, a líder comunitária há 40 anos na Vila Gaúcha, Nora Nei da Silveira Ferreira, era um exemplo vivo dessa caminhada junto à sociedade. Lembrou que Nora está sempre engajada nas lutas sociais e que o seu trabalho é reconhecido por todos, dentro e fora da sua comunidade. Que ela abriga mulheres vítimas de violência, e que, apesar das conquistas da Lei Maria da Penha, muitas vezes se veem obrigadas a voltar para junto do agressor por não terem condições de se sustentar e a seus filhos. Por fim, citou pesquisa que aponta elevado número de agressões às mulheres dentro do seu próprio lar e que a reflexão e a luta contra esses fatos devem ser permanentes. (MG)

 

ELEITORES – Bernardino Vendruscolo (PROS) sugeriu que os homens também possam homenagear as mulheres. Destacou a importância das vereadoras, assessoras dos gabinetes e servidoras dos diversos setores da Casa. Salientou que no Legislativo da Capital não há sinais de preconceito quanto a gênero e cor da pele e disse que a reclamação de que ainda são poucas parlamentares mulheres deve ser cobrada dos eleitores, e que campanhas de conscientização do voto sejam feitas. Homenageou a todos que valorizam a mão de obra feminina em todos os setores e colocou o PROS do Rio Grande do Sul à disposição para contribuir com a luta pelos direitos das mulheres. (MG)