Vila Amazônia pede construção de creche em área da Smic
A Associação da Vila Amazônia, situada no Porto Seco, Zona Norte, pediu, nesta terça-feira (18/6), o apoio da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab), da Câmara Municipal de Porto Alegre, para a construção de uma creche. Para atender as crianças pequenas da comunidade, a entidade reivindica a cedência para a Secretaria Municipal de Educação (Smed) de uma área de 1 mil metros quadrados pertencente à Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic ).
Sandra Regina Silva, representante da Associação, informou que vivem na Vila Amazônia 1.228 famílias, mas não há escola de educação infantil no local. Segundo ela, a demanda mínima é de 120 crianças. Muitas mães não podem trabalhar porque não têm onde deixar seus filhos, disse. Hoje temos só um prédio precário, onde conseguimos atender 10 crianças, mas apenas cuidamos, sem projeto de educação, por isso pedimos o apoio desta Casa e dos vereadores para conseguir os mil metros quadrados.
Ademir Carvalho, conselheiro do Orçamento Participativo (OP) do Eixo Baltazar, afirmou que o terreno da Smic, originalmente destinado ao Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), está abandonado, sem uso. Queremos que a secretaria libere a área para as crianças, reiterou. Carvalho também cobrou um prazo para a resolução do problema, para impedir que a comunidade perca a concretização da demanda, gravada no OP.
Promessa
O gestor geral do Centro Administrativo Regional (CAR) do Eixo Baltazar, Ramiro Rosário, e o presidente da Cuthab, vereador Delegado Cleiton (PDT), informaram que, antes da reunião, o secretário da Smic, Humberto Goulart, garantiu que, pelo menos 300 metros quadrados do terreno reivindicado já estão disponíveis para a creche. Mas, conforme Cleiton, Goulart prometeu que solicitará aos técnicos da secretaria a cedência à Smed de toda a área de mil metros quadrados.
Ana Helena Laux, assessora da Smed, afirmou que o prazo para a construção da creche, cujo projeto é padrão, é de nove meses. Alertou, entretanto, que há etapas anteriores a cumprir, como a transferência oficial da área pela Smic e a licitação, que, segundo ela, demora cerca de três meses. Sem o terreno, não temos como levar adiante o processo, disse, mas prometeu avisar os vereadores e a comunidade assim que a área esteja liberada. Ana confirmou que a construção da creche está garantida no OP.
Com base nas sugestões dos convidados e dos vereadores, o presidente da Cuthab anunciou como encaminhamento que a comissão irá manter contato com o secretário da Smic para obter uma resposta sobre a disponibilidade dos mil metros quadrados. Vamos ligar ou mesmo fazer uma visita, disse Delegado Cleiton. Também participaram da reunião os vereadores Alceu Brasinha (PTB), Cassio Trogildo (PTB), Clàudio Janta (PDT), Engenheiro Comassetto (PT), Pedro Ruas (PSOL) e Tarciso Flecha Negra (PSD).
Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)