Vila Farrapos espera centro comunitário há 20 anos, diz morador
Atitude e fiscalização por parte dos vereadores foram os principais pedidos feitos por Roni da Silva, presidente do Centro Comunitário Entrada na Cidade, que ocupou, nesta segunda-feira (8/7), a Tribuna Popular da sessão ordinária na Câmara Municipal de Porto Alegre. Ao fazer seu pronunciamento, Silva lembrou que a comunidade da Vila Farrapos, no bairro Humaitá, espera há 20 anos pela construção da sede do centro comunitário, previsto no Programa Integrado Entrada da Cidade (Piec). "Vocês têm que ter atitude. Isso vem de tempos, já passaram vários governos, vocês têm que fiscalizar a verba, pelo amor de Deus", solicitou.
Silva disse que integra o Movimento Hip Hop e que, como outros grupos da comunidade, não tem um local para desenvolver seu projetos de ação social. "Em 20 anos, mais de 500 jovens da comunidade foram mortos pelo tráfico e pela violência", lamentou. O presidente destacou ainda o fato de que uma das contrapartidas da OAS, pela construção da Arena do Grêmio, é a construção de um centro cultural, mas disse que as finalidades entre um centro cultural e um centro comunitário são diferentes. Conforme Silva, para executar sua contrapartida, a OAS deve ter um terreno próprio e não usar o que está destinado ao centro comunitário.
Ao final de sua participação na tribuna popular, Roni da Silva entregou ao presidente da Câmara Municipal, vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), cópia de toda a documentação refente ao Piec e ao projeto do centro comunitário, bem como sobre a verba existente neste programa para este equipamento. Também foi lembrado pela vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) que no dia 6 de agosto a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) realizará reunião na comunidade para tratar desta questão.
Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
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