Cedecondh

Alunos denunciam que Uniasselvi impede criação de DCE

Estudantes da comissão pela criação do DCE do Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi) no pólo de Porto Alegre denunciaram hoje (11/12) que a reitoria se recusa a permitir a criação do diretório de estudantes na instituição. Ouvido na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre, o presidente da comissão, Alexandre de Freitas, disse que ele e outros integrantes do grupo têm sido inclusive intimidados por funcionários da Uniasselvi. "Em junho de 2012 formamos a comissão, que foi rechaçada pela universidade. Nos impediram de distribuir panfletos aos colegas. Nos mandaram e-mail dizendo que a Uniasselvi nunca teve nem terá DCE. Consideramos isso uma forma de repressão aos estudantes."

O vice-presidente da comissão pró-DCE, Rafael Lapuente, observou que o objetivo dos estudantes ao criar o diretório é democratizar a gestão da instituição. Hoje, segundo ele, meia dúzia de pessoas, todas empregadas da universidade, é que ditam as regras, sem que os estudantes sejam ouvidos. Além da ausência de representantes dos alunos nas decisões da universidade, Lapuente apontou outros problemas. "Cobram R$ 50,00 do auno que precisar refazer uma prova. E nas provas finais os alunos têm acesso apenas às notas, sem direito de ver as provas."

Vereadores

Após ouvir o relato dos estudantes, os vereadores da Cedecondh, Toni Proença (PPL), Maria Celeste (PT) e Nelcir Tessaro (PSD), decidiram que serão enviadas atas da reunião à reitoria da Uniasselvi, ao Ministério Público do RS e ao MEC para que tomem conhecimento do que ocorre na universidade. "É inconcebível que uma universidade não aceite a criação de um DCE", observou Toni.

A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), que integra a Comissão de Educação (Cece) da Câmara e que solicitou a reunião na Cedecondh, lamentou a postura da reitoria da Uniasselvi em se recusar a permitir a criação do DCE. "Os fatos aqui relatados são graves e representam a violação de direitos básicos dos estudantes. Não compete à Uniasselvi decidir ou não sobre a criação de um DCE, pois tal direito está garantido pela Constituição de 1988 e por legislação federal de 1985."

Representantes da UNE e de estudantes da Ufrgs, PUC e Fadergs também participaram da reunião e manifestaram apoio aos colegas da Uniasselvi. A universidade não enviou representantes ao encontro.

Texto e edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)