Plenário

Câmara homenageia ex-combatentes da FEB

Pracinhas compareceram à homenagem Foto: Desirée Ferreira
Pracinhas compareceram à homenagem Foto: Desirée Ferreira (Foto: Desire Ferreira/CMPA)
O período de Comunicações da sessão ordinária desta quinta-feira (10/7) foi destinado a homenagear os 70 anos da participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial. Representando a Associação Nacional dos Veteranos da FEB – regional Porto Alegre, discursou o diretor-presidente, Jorge Krieger de Mello. O veterano relembrou a campanha expedicionária e contou sobre as batalhas travadas pela FEB na Segunda Guerra Mundial. “Historicamente, é necessário que relembremos da heróica participação do nosso Exército”, disse Mello.

O presidente da Casa, vereador Professor Garcia (PMDB), contou sobre o contexto histórico e político da entrada brasileira na guerra. “O envio desta força representou um importante aprendizado de novas técnicas de combate”, disse Garcia, que também destacou o valor da FEB no combate ao nazi-fascismo. O corpo efetivo da Força foi composto por 25.334 soldados. “A luta de vocês não foi em vão e produziu, ao longo desses 70 anos, um Brasil melhor”, finalizou o vereador.

Ao encerrar a sessão em homenagem aos 70 anos da FEB e aos pracinhas que lutaram na batalha de Monte Castelo, na Itália, travada ao final da Segunda Guerra, o general-de-brigada Luciano José Penna prestou, da tribuna da Câmara, um ato de continência como forma de agradecimento do Exército Brasileiro aos ex-combatentes. Elogiou a bravura dos soldados “que se adaptaram às novas armas e materiais, bem como às doutrinas e às baixas temperaturas para vencer o inimigo”, disse ele. Lembrou ainda que o Exército Nacional enfrenta suas dificuldades nos dias de hoje, mas sempre está presente onde for exigido.

Outros vereadores também se manifestaram sobre o assunto:

TRABALHO - João Carlos Nedel (PP) afirmou que é preciso divulgar o imenso trabalho que os pracinhas realizaram em favor da paz mundial. O vereador cumprimentou a Associação Nacional dos Veteranos da FEB no Rio Grande do Sul e disse que acompanhou o trabalho que o Comando Militar do Sul desempenhou durante a Copa do Mundo em Porto Alegre. "Foi um trabalho de muita inteligência e competência para garantir a segurança da nossa querida Porto Alegre", disse. Nedel agradeceu aos pracinhas e aos militares presentes pela representação significativa do Brasil na Segunda Guerra Mundial. 

IMPORTÂNCIA - Idenir Cecchim (PMDB) afirmou que não pôde servir ao Exército Brasileiro. "Mas nem por isso deixo de entender a importância das Forças Armadas", disse. O vereador ressaltou que o Exército serve ao país e não ao governo que está no poder, ou seja, "a política vigente nas Forças Armadas é a de Estado e não de Governo". Cecchim lembrou que devemos comemorar também as sete décadas em que o Brasil não se envolveu em nenhuma guerra externa ao seu território.

HOMENAGEM - Bernardino Vendruscolo (PROS) afirmou que a homenagem aos militares que participaram da Segunda Guerra Mundial também é feita pelos cidadãos de Porto Alegre, "pois sabem que estão seguros com a atuação efetiva do Exército brasileiro até os dias atuais". O vereador ressaltou que o Brasil é um país seguro por causa da existência das Forças Armadas, como um todo", Disse.  Vendruscolo ressaltou a presença do Exército na cidade de Iraí, interior do Rio Grande do Sul, que vem sofrendo com enchentes e está recebendo a ajuda das Forças Armadas brasileiras. "O Brasil sente muito orgulho do Exército e seus feitos em prol da defesa do Estado brasileiro", disse. 

HONRA - Mário Fraga (PDT) lembrou das diferenças tecnológicas existentes entre os dias de hoje e os equipamentos da época. “Se a gente voltar 70 anos, vamos ver o que essas pessoas fizeram por nós. 70 anos é uma data significativa”, lembrou. O vereador também parabenizou o capitão Adão Vieira de Aguiar, figura do bairro Belém Novo, segundo Fraga.

REFLEXOS - Guilherme Socias Villela (PP) leu passagens da Canção do Expedicionário em homenagem aos veteranos da FEB. O vereador também lembrou dos reflexos tidos no Brasil com a participação da Força na Segunda Guerra Mundial, como a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional e a Companhia Vale do Rio Doce. “Foram precursores da industrialização nacional e não podem ser esquecidos”, elogiou Villela.


Texto: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
          Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)