Cedecondh visita abrigo no Intercap
Criado para abrigar até 24 crianças que estão desvinculadas das famílias, o Núcleo de Abrigo Residencial (NAR 26), localizado no bairro Intercap, recebeu nesta terça-feira (3/3) a visita da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Com o objetivo de conhecer as instalações e condições da casa, a presidente da comissão, vereadora Juliana Brizola (PDT), destacou que mesmo tendo vínculo ao governo estadual, por intermédio da Secretaria de Justiça, é função da Cedecondh acompanhar o que acontece com crianças e jovens da Capital.
Não é apenas uma visita para apontar problemas, mas ver no que é possível auxiliar no projeto, destaca Juliana. A vereadora disse que no NAR Intercap as crianças estão bem tratadas, mesmo com carências que se tenha em órgãos públicos. Há carinho dos funcionários com as crianças, acrescenta ela.
O vice-presidente da Cedecondh, vereador Toni Proença (PPS), disse que saiu bem impressionado do encontro. Existe um corpo técnico capacitado e que possui vínculo com as crianças. Inicialmente, não há sinal de maus-tratos, declarou. Toni ressaltou que a visita aconteceu sem aviso prévio, e que o grande desafio é reinserir os jovens com as famílias.
Condições
Em depoimento aos quatro vereadores da Cedecondh também participaram da visita Ervino Besson (PDT) e Marcello Chiodo (PTB) a assistente social do abrigo, Eria Oss Emer, informou que atualmente 18 pessoas residem no local, sendo atendidas, em regime de plantão, por oito funcionários, além de cozinheira e servente. Também foi dito aos parlamentares que cerca de 30% da população do albergue é composta por adultos que portam alguma deficiência física ou mental.
A assistente social declarou haver uma grande rotatividade de abrigados, mas destacou que todos vão à escola e participam de programas e atividades extras, como por exemplo visitas às piscinas do Sesc Campestre e Clube Farrapos. Outra parceria é em atividades de recreação e lazer, que tem o apoio da Secretaria Municipal de Esportes (SME) da Capital.
Quanto a relação com familiares, foi destacado que quem determina as visitas e as orientações às crianças e adolescentes do local é o Juizado da Infância e da Juventude, com dia e hora marcados, com supervisão dos profissionais. Eria informou a Cedecondh que o maior motivo dos abrigamentos está relacionado com as drogas, em especial o crack.
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)