Comissão de Energia

CEEE sugere a comunidades entrar com ação judicial

Aurélio, da CEEE, orientou moradores sobre pedidos de ligação elétrica Foto: Bruno Todeschini
Aurélio, da CEEE, orientou moradores sobre pedidos de ligação elétrica Foto: Bruno Todeschini

O caminho mais curto para as comunidades dos loteamentos irregulares conseguirem a instalação de energia elétrica é uma ação judicial. A infomação foi repassada hoje (26/6) aos representantes das comunidades por técnicos da CEEE que compareceram à reunião da Comissão Especial da Câmara Municipal pela regularização da energia elétrica.

Conforme o advogado da empresa, Vagner Aurélio, na Vila Amazônia a CEEE instalou a rede após decisão judicial. Acrescentou que processo semelhante está sendo feito pela Vila Dom Pedro, que ainda aguarda a sentença do juiz encarregado do caso. "As comunidades dos loteamentos irregulares devem entrar com ação pedindo liminar que autorize a ligação enquanto a regularização urbanística estiver tramitando na Prefeitura", explicou Aurélio.

Rosane Soares, da área de distribuição da CEEE, aconselhou a comissão a promover quatro encaminhamentos: oficiar a Aneel para flexibilizar as regras para instalação de redes elétricas; solicitar ao Ministério Público que intervenha nos processos; pleitear à Prefeitura que declare estes loteamentos como Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS) ou de parcelamento popular; e solicitar ao Demhab que auxilie as comunidades a encontrar soluções jurídicas que agilizem as ligações.

Os loteamentos irregulares referidos pelo advogado da CEEE são o Jardim da Amizade, Dona Mariana II e Vitória da Conquista, cujos representantes participaram da reunião. Além deles, também reivindicam a instalação de energia o Jardim Marabá e as vilas da Conquista e Dom Pedro. "Espero que não ocorra uma tragédia para só depois alguma providência ser tomada", disse a representante do Jardim Amizade, Jacqueline Lautert.

A reunião foi presidida pelo vereador Ervino Besson (PDT), que lamentou a ausência de órgãos convidados, como o Demhab, que no encontro anterior prometeu enviar uma lista de comunidades cuja ligação elétrica seria priorizada. "Vou ficar muito triste se terminarmos esta comissão sem conseguir resolver o problema destas comunidades. Temos de abrir caminhos para solucionar a situação", afirmou Besson. Paulinho Rubem Berta (PPS) sugeriu que a comissão tente uma reunião com o prefeito José Fogaça, a direção da CEEE e o Ministério Público como forma de agilizar as negociações.

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

Leia mais sobre a comissão:
Comunidades pedem agilidade na implantação de energia  
PGM e CEEE: energia em vilas só chega com regularização
Cidade tem 200 áreas com energia irregular 
Regularização de energia tem requisitos, diz secretário 
Porto Alegre tem 50 mil pontos de luz ilegais  
Instalada comissão sobre energia elétrica em loteamento irregular 

Ouça:
Comunidades podem entrar na Justiça para garantir luz