Câmara na Comunidade

Chácara do Banco reclama de falta de água, luz e área de lazer

Vereadores ouviram demandas dos moradores Foto: Jonathan Heckler
Vereadores ouviram demandas dos moradores Foto: Jonathan Heckler
Falta de luz, água, lombada, área de lazer para as crianças e asfalto. Essas são as principais carências, além de alagamentos constantes, do Loteamento Chácara do Banco, no bairro Restinga, que recebeu nesta sexta-feira (26/8) a visita do Câmara na Comunidade. A secretária da Associação de Moradores do Chácara do Banco (Amchab), Almerinda Rosa de Lima, criticou a ausência, até então, das secretarias da Prefeitura de Porto Alegre na comunidade, que é formada por mais de cinco mil famílias.

Almerinda contou que a rua Hortência Machado de Lima (antiga rua B) não tem asfalto e, quando chove, umas duas quadras ficam debaixo d’água. “Peço que as autoridades olhem para cá. Precisamos da atenção delas. A gente sofre muito aqui”, desabafou. Segundo ela, a comunidade já ganhou o asfalto no Orçamento Participativo de 2001, mas até agora nada foi feito. Representantes da Prefeitura presentes disseram ser preciso fazer uma drenagem da água da chuva no local até que o asfalto seja colocado. Para colocar o asfalto, é preciso a autorização de alguns moradores, e há dificuldades em obtê-la.

Ao lado do posto de saúde - que, segundo os moradores, tem capacidade para realizar 3.500 atendimentos e acaba fazendo 4 mil -, a grama está muito alta. “Já achamos cobras e aranhas por aqui. Falta manutenção do DMLU”, mostrou a 2ª secretária da Associação, Eulália Mattos.

Lazer

Os moradores também reclamam que não existe área de lazer para as crianças brincarem. O único local, segundo eles, é o pátio da associação. Eles querem a ajuda da EPTC para fechar a travessa Antônio Nunes Vieira aos sábados, domingos e feriados. “A ideia é transformar o espaço numa rua de recreio para nossas crianças”, sugeriu Almerinda. Ela denunciou que um vizinho, integrante da Brigada Militar, colocou pinos de ferro na calçada em frente à sua casa para espantar as crianças, além de uma lixeira e uma árvore ornamental que trancam a passagem de pedestres. “A Smov tem que tomar providências.”

A comunidade aponta ainda que, nos fundos da casa nº 406 da rua Hortência Machado de Lima, existe um valão que estaria assoreado e entupido, acumulando água e esgoto. “Fica tudo alagado e junta água podre”, disse Eulália. Eles reivindicam também uma lombada na altura do número 235 da rua Sandra Bréa. “Já ocorreram vários acidentes, pois os carros passam em alta velocidade”, contou Almerinda.

Luz e água

Em mais de um quilômetro do loteamento, a luz existente é clandestina. Mais de 100 famílias vivem nessas condições. No número 138 da rua Bartolomeu Dias (uma subida), a água só chega à noite, pois não tem força durante o dia. Segundo técnicos do Dmae, é preciso fazer uma estação de bombeamento no início da rua Dona Mariana (parte baixa), obra que deve ser demandada no OP.

Depois de conhecer de perto os problemas enfrentados pela comunidade, a presidente da Câmara Municipal, vereadora Sofia Cavedon (PT), prometeu encaminhar as demandas às secretarias responsáveis – objetivo do Câmara na Comunidade. “Vamos ver com o Dmae, por exemplo, uma maneira de solucionar a falta de água em vários locais. Talvez seja necessário um paliativo, até se conseguir o investimento grande em bombas, que é o ideal”, sugeriu.

Em relação à falta de área de lazer para as crianças, Sofia lamentou que, num lugar com tanto espaço, não tenha uma reserva para elas. “A cultura e o lazer são fundamentais para a qualidade de vida.” E elogiou a iniciativa da comunidade: “Eles querem fechar uma rua e transformá-la num espaço de recreio. É a comunidade criando suas alternativas”.

Compareceram à Chácara do Banco os vereadores Toni Proença (PPS), Mauro Pinheiro (PT) e Carlos Todeschini (PT), além de técnicos da prefeitura e lideranças comunitárias.

Darlene Silveira (reg. prof. 6478)
Assessoria de Imprensa da Presidência