Comunidade rejeita transferir posto do Costa e Silva para o Leopoldina
A proposta do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) de fechar o posto de saúde do Costa e Silva e transferir os atendimentos para uma unidade maior, a ser construída no Jardim Leopoldina, desagradou a comunidade do Costa e Silva. O projeto do GHC foi revelado hoje na Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre pelo representante do hospital, médico Néio Lúcio. "Precisamos de um espaço maior, que abrigue tanto a área de atendimento quanto um espaço para formação e qualificação de profissionais", explicou Néio. O médico, porém, disse que o GHC está aberto ao diálogo com a comunidade e a Prefeitura sobre a unificação dos postos.
Segundo o representante do GHC, o posto Costa e Silva tem dois problemas: o prédio, apesar de reformas que sofreu, não é adequado para as necessidades de atendimento; a localização é ruim, pois há alagamentos a cada chuva. Por causa disso, Néio acredita que a melhor opção seria transferir os serviços hoje prestados no local para a unidade em estudo no Leopoldina. "Chega de postinho para pobre", disse o médico. "É preciso investir em unidades maiores, com melhor infraestrutura, profissionais qualificados e com horário estendido à noite."
Representantes da comunidade, Darci Munhoz e Laura Machado rejeitaram o fechamento do posto. Para eles, a melhor solução é que a Prefeitura e o GHC encontrem no próprio bairro um local mais adequado para instalar o posto. Ambos sugeriram como local alternativo o Centro Vida, que seria acessível às comunidades dos dois bairros.
"Não abrimos mão de ter um posto no Costa e Silva. No máximo, uma transferência para o Centro Vida, disse Laura, que é conselheira do Orçamento Participativo da região. "Sou contra ir para o Leopoldina. Então que se coloque no Vida", acrescentou Munhoz, integrante do Conselho de Saúde da região do Costa e Silva.
Os vereadores da Cosmam também receberam com reservas a possibilidade de fechamento do posto do Costa e Silva. De forma unânime, observaram que qualquer medida deste tipo tem de ser amplamente debatida com as comunidades envolvidas. "Vamos encaminhar novas discussões com o GHC, a Prefeitura e a comunidade sobre este tema", informou a presidente da Cosmam, vereadora Lourdes Sprenger (PMDB).
Também participaram da reunião os vereadores Mário Manfro (PTB), Paulo Brum (PTB), Kevin Krieger (PP), Jussara Cony (PCdoB) e Cláudio Janta (SD).
Texto: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)