Cosmam

PAM-3 espera por reformas estruturais no prédio

Fachada CMPA Foto: Elson Sempé Pedroso
Fachada CMPA Foto: Elson Sempé Pedroso

Rede de energia elétrica com fios expostos, goteiras, infiltrações nas paredes e no telhado, problemas nas instalações hidrossanitárias e rachaduras nas paredes. Estes são alguns dos vários problemas estruturais encontrados pelos integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal ao visitarem, nesta terça-feira (2/5), o prédio do Centro de Saúde da Vila dos Comerciários, o PAM-3, localizado na Vila Cruzeiro. “Quem olha de fora tem a sensação de que o prédio está abandonado”, disse o engenheiro Sérgio Kaminski, presidente do Conselho dos Cidadãos Honorários de Porto Alegre. O presidente da Cosmam, vereador João Carlos Nedel (PP), disse que, segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde, R$ 2 milhões estariam assegurados para a execução de reformas no prédio, com recursos do governo federal. Também estavam presentes à visita os vereadores Aldacir Oliboni (PT) e Cláudio Sebenelo (PSDB).

De acordo com o engenheiro Elton Bortoncello, há dois meses trabalhando no PAM-3, o prédio nunca recebeu manutenção durante os seus mais de 20 anos de existência, havendo apenas consertos pontuais. Segundo ele, um Termo de Ajustamento de Conduta do Ministério Público exigia providências para infiltrações no telhado, revisão e conserto de instalações elétricas, janelas metálicas com risco de desprendimento e pilar com ferragem exposta, entre outros itens. “Mas apenas alguns destes problemas foram resolvidos, pois muitos deles dependem de uma reforma maior”, explicou. “Não há recursos próprios para manutenção.”

O administrador interino do PAM-3, Silvano Foresti, informou que o posto foi construído para atender até 14 leitos e possui, no momento, mais de 30. “Qualquer decisão passa pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS)”, disse Foresti, que admitiu o sucateamento do posto. O prédio, com 14 mil metros quadrados, pertence à SMS, possuindo também um posto de saúde mental que presta, em média, 45 atendimentos diários. Criado há seis anos para evitar internações, explica a psicóloga Fabiane Inês Biensfield, coordenadora do atendimento à saúde mental, o setor possui apenas cinco funcionários e três psiquiatras. “As instalações são inadequadas, pois a última reforma no prédio, em março de 2004, foi feita sem consulta aos profissionais de saúde mental.”

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)