Plenário

Natália Alves toma posse no Legislativo de Porto Alegre

A vereadora suplente é conselheira tutelar e líder comunitária da Zona Norte.

Vereadoras suplentes Luisa Stern e Natália Alves tomam posse. Na foto, Natália Alves
Natália Alves (PT) criticou possibilidade de terceirização na Fasc (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, na sessão desta quarta-feira (7/3), a vereadora suplente Natália Alves (PT) assumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Porto Alegre. Até sexta-feira (9/3), ela substituirá o vereador Marcelo Sgarbossa (PT), em um sistema de rodízio promovido pela bancada para marcar datas especiais. No tempo em que estiver na Casa, Natália integrará a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh).

Ao subir pela primeira vez à tribuna, Natália, que é líder comunitária na Zona Norte e conselheira tutelar, saudou a todos presentes no Plenário Otávio Rocha, “em especial às mulheres”. Destacou a importância de estar no Legislativo no Dia da Mulher e analisou: “Evoluímos muito, mas estamos muito distantes de conquistar todos os direitos”, disse, citando questões como a autonomia do próprio corpo pela mulher e a divisão das tarefas domésticas em casa - “um espaço de exercício de igualdade”.

Natália agradeceu a seu partido pela oportunidade de assumir uma cadeira na Câmara. Na sua opinião, o rodízio proporciona pluralidade e diversidade de mandatos. “Espero que esta prática seja adotada por outros parlamentos”, afirmou. Logo após, ela aproveitou para lamentar os muitos problemas enfrentados na cidade, principalmente pela periferia. “É com tristeza e desalento que vejo este momento”, disse. Na sua opinião, Porto Alegre está abandonada pela administração, com ruas esburacadas, mato alto, parcelamento de salários, falta de professores e possibilidade de privatizações de órgãos, como a Carris.

A vereadora criticou a declaração do prefeito de que pretende terceirizar os serviços prestados pela Fasc, o que, para ela, acarretará “precarização de um órgão que cuida dos mais fragilizados”. Natália ressaltou que houve o crescimento da população de rua. “Isto mostra o despreparo do atual gestor, má gestão, desumanidade. Quando a vida não é bem tratada, toda a sociedade perde”, declarou. A seu ver, há autoritarismo por parte do Executivo. “Busco sensibilizar os colegas vereadores e vereadoras para o cuidado com a vida”, finalizou. 

Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481) 

Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)