IMPRENSA

Nedel publica artigo sobre Transparência no Jornal do Comércio

(Foto: Luiza Dorneles/CMPA)

Na edição impressa do Jornal do Comércio, do dia 12 de setembro de 2017, foi publicado um artigo do vereador João Carlos Nedel, falando sobre transparência nas contas públicas. O texto foi motivado pela votação de um projeto de lei no Legislativo municipal que exigia que a Prefeitura colocasse todas as informações financeiras do governo à disposição da sociedade. Entretanto, conforme Nedel, há relatórios e documentos que não podem ser divulgados para não comprometer dados, negociações ou investigações da administração pública.

Leia, abaixo, a íntegra do artigo:

Transparência

Há dias, um vereador discursou, na Câmara Municipal, contra o veto total do Executivo ao PLL 241/16, que obriga a divulgação, na internet e redes sociais, dos relatórios produzidos pela Auditoria-Geral do Município. Nessa ocasião, ele afirmou: “O Vereador Nedel, toda  vez que chega um projeto de transparência, na Casa, ele não aceita, não sei por que”(sic – extraído das notas taquigráficas).  É uma pena que tenha cometido essa inverdade, publicamente, o que depõe contra ele e contra sua credibilidade. A Doutrina nos diz que transparência é a publicidade das ações dos governos, de forma clara e acessível, motivando a tomada de decisão e a divulgação dos atos, respeitando as exceções normativas. Ou seja, disponibilizar as informações desejadas, desde que não afetem os procedimentos legais e jurídicos de cada Instituição. A Lei 12.527/2011, a Lei da Transparência, em seu Art.4º, inciso I, conceitua informação como sendo “dados, processados ou não”. Observe-se que se refere a dados. E não a interpretações desses dados, como é o caso dos relatórios da Auditoria Interna. E, no mesmo Art. 4º, inciso III, aponta a existência de informação sigilosa, que é aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público. Relatórios de Controle Interno são sigilosos, pois se estendem a normas Contábeis, a recomendações de procedimentos e, inclusive, a sindicâncias que precisam ser realizadas, analisadas e comprovadas. Já o Relatório de Auditoria Externa, este sim, deve ser divulgado, pois faz parte do Balanço da Prefeitura. Isso entendido, deixo claro que sou a favor da transparência. Votei a favor da lei que instituiu o Portal Transparência de Porto Alegre (PLL 033/08), do mesmo modo que recomendei sua aprovação aos colegas e obtive a posição favorável de toda a bancada do PP. Acredito que o Vereador em questão não conheça minha trajetória Política, de mais de 20 anos de exercício de vereança. E não sabe, também, da minha experiência como Contador, Auditor e Atuário, que me permite conhecer bem as exceções normativas cabíveis, como é o caso das que estão propostas no projeto em questão.